Bernadette (Vídeo)

Bernadette é um filme francês de 1988 que dramatiza a vida de Santa Bernadette Soubirous até as aparições de Nossa Senhora de Lourdes, na França. Santa Bernadette Soubirous é a santa do dia 16 de abril. Acesse aqui a descrição completa.


Descrição

Bernadette é um filme francês de 1988 que dramatiza a vida de Santa Bernadette Soubirous até as aparições de Nossa Senhora de Lourdes, na França.

A obra, elogiada pelo Vaticano como “um retrato sensível de uma história muito comovedora que merece um público mais amplo”, foi dirigida por Jean Delannoy (Além da Vida, O Corcunda de Notre Dame), escrita por Robert Arnaut e Jean Delannoy e estrelada por Sydney Penny, Jean-Marc Bory e Jean-Marie Bernicat.

O filme conta “com sensibilidade os mistérios ocorridos em Lourdes e presenciados pela pastora Bernadette. Baseado em fatos verídicos, Delannoy narra a polêmica sobre o caso que despertou o interesse da medicina, dos políticos, e da Igreja. Os milagres constatados levaram multidões à Gruta dos Porcos, onde teria acontecido, por consecutivas vezes, a aparição da Virgem da Imaculada Conceição. Todo o drama de Bernadette foi acompanhado, desde suas visões até toda a pressão com a qual sofreu depois de revelá-las, indo morar em um convento isolado, e tendo uma prematura morte aos 36 anos de idade”.

Lançado em fevereiro de 88, Bernadette está aqui em sua versão dublada em português brasileiro.

Sinopse

Em 1857, um moleiro desempregado e sua esposa, uma humilde lavadeira, muda-se com a sua família para uma moradia sombria. Em fevereiro de 1858, na gruta de Massabielle, sua filha asmática e analfabeta de 14 anos, Bernadette, vê uma luz que depois distingue como uma bela jovem. A menina conversa com a mulher durante os próximos meses. As multidões seguem-na e as pessoas são curadas pelas águas de uma mola que Bernadette limpou. As autoridades seculares são ameaçadas pelos encontros populares e submetem a menina ao inquérito policial e médico. O monsenhor local também é cético até que então se torna campeão de Bernadette. Ela mantém a sua simplicidade franca mesmo com a sua inexplicável sabedoria.

Santa Bernadette Soubirous

Nascida em Lourdes, no dia 7 de janeiro de 1844,  Marie-Bernard Soubirous foi a primeira filha, entre nove irmãos, de um pobre oleiro chamado Francisco Soubirous e de Luísa Castèrot.

Durante os seus dez primeiros anos, a menina morou no moinho de Boly, onde foi lhe dada a luz, e trabalhou como pastora e criada doméstica na infância. O pai esteve preso sob a acusação de furto de farinha, contudo foi absolvido, mas a família passava por graves dificuldades financeiras, sendo obrigada a mudar para Lourdes. Lá, viviam em condições bastante precárias, morando no prédio abandonado da antiga cadeia municipal, no andar superior do edifício. Era o lugar menos insalubre do local, onde viviam com o primo do pai de Bernadette.

Devido a estas condições de habitação, Bernadette sempre teve a saúde debilitada. Nos primeiros anos de vida, inclusive, contraiu cólera, o que a deixou extremamente enfraquecida. A sua condição física foi agravada pelo frio intenso do inverno, que a fez desenvolver asma, aos 10 anos de idade. Bernadette também tinha dificuldades de aprendizagem formal e na catequese, o que fez com que permanecesse analfabeta até os 14 anos e sua primeira comunhão fosse atrasada.

No dia 11 de fevereiro de 1858, em Lourdes, cidade com então cerca de quatro mil habitantes, Bernadette teve a aparição de uma senhora envolta em luz na gruta denominada Massabielle (“pedra velha” ou “rocha velha”), junto à margem do rio Gave. Outras aparições aconteceram, até que Bernadette perguntou à senhora quem ela era. A resposta foi: “Sou a Imaculada Conceição”. Isto causou espanto e comoção ao Pe. Dominique, pároco local, pois a moça não poderia estar inventando. Bernadette não tinha nenhum conhecimento do significado de suas palavras e muito menos sabia do dogma “Imaculada Conceição”, que havia sido promulgado, pelo Papa Pio IX (em sua bula Ineffabilis Deus) há apenas poucos anos do ocorrido.

Enquanto o assunto era submetido à hierarquia eclesiástica, que tratava do assunto com um salutar e prudente ceticismo, curas cientificamente inexplicáveis começaram a ser verificadas na gruta onde Bernadette teve sua visões. Em 25 de fevereiro de 1858, na presença de uma multidão, surgiu, sob as mãos da moça, uma fonte que jorra água até os dias de hoje, cerca de cinco mil litros por dia.

Bernadette teve 18 visões da Virgem Maria, na gruta de Massabielle, entre 11 de fevereiro e 16 de julho de 1858. Ela defendeu a autenticidade das aparições com uma firmeza incomum para uma adolescente humilde, com temperamento modesto e obediente e precário nível de instrução. Manteve sua posição com virtude heróica, mesmo diante da opinião de sua família, de parte do clero e das autoridades públicas. Foi submetida, pelo estado, a interrogatórios, constrangimentos e intimidações inadmissíveis. Mas nunca vacilou em afirmar, com toda a convicção, a autenticidade das aparições, algo que fez até a sua morte.

Em 1860, para escapar do assédio e da curiosidade das pessoas, Bernadette refugiou-se, como pensionista indigente no Hospital das Irmãs da Caridade de Nevers, em Lourdes. Ali, ela recebeu instrução e, em 1861, fez de próprio punho o primeiro relato escrito das visões de Nossa Senhora. No dia 18 de janeiro de 1862, o Monsenhor Bertrand Sévère Laurence, Bispo de Tarbes, reconheceu pública e oficialmente a autenticidade das aparições.

Em julho de 1866, Bernadette inicia o noviciado no convento de Saint-Gildard e, em 30 de outubro de 1867, torna-se religiosa da Congregação das Irmãs da Caridade de Nevers. Dedicou-se à enfermagem até ser imobilizada, em 1878, pela doença que lhe causou a morte. Isto ocorreu aos 35 anos, no dia 16 de abril de 1879, em Nevers.

Uma grande multidão assistiu ao seu funeral apenas três dias depois, tendo sido adiado por causa da grande afluência de pessoas. Em 20 de agosto de 1908, o Monsenhor Gauthey, bispo de Nevers, constituiu um tribunal eclesiástico para investigar o caso.

Bernadette foi beatificada em 12 de Junho de 1925, pelo Papa Pio XI e canonizada, por este mesmo santo padre, no dia 8 de dezembro de 1933. Sua festa litúrgica é no dia 16 de abril (na França, dia 18 de fevereiro), e ela é a padroeira das pessoas doentes e pastores.

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