Podemos confiar na energia solar e eólica?

Descrição

Podemos confiar na energia solar e eólica? Seria a energia verde a solução para os nossos problemas climáticos e energéticos? Deveríamos continuar dependendo do gás natural, energia nuclear e até carvão para nossas necessidades e obrigações ambientais? Alex Epstein, do Center for Industrial Progress (Centro para o Progresso Industrial), responde tais questões neste vídeo da Prager University.

Nas últimas décadas, é comum espalhar na grande mídia, no meio acadêmico e na cultura popular que os grandes vilões contra o meio ambiente são os chamados combustíveis fósseis, mais especificamente, carvão, petróleo e gás natural.

É inegável que as matrizes renováveis certamente representam o futuro. Cedo ou tarde, tais tecnologias serão competitivas e viáveis para uma produção em larga escala. Já existem iniciativas interessantes para uso doméstico, mas, no presente, ainda existem grandes entraves para estas serem competitivas. O maior destes permaneceria na liga necessária para construir as baterias responsáveis pelo armazenamento de energia, as mesmas baterias que alimentam nossos notebooks, smartphones e demais gadgets. Essas baterias são feitas de lítio, mineral difícil de se obter e ser manufaturado. Os cartéis que controlam o fornecimento e a produção dessas baterias fazem lobby a fim de comprar o poder estatal que lhes garante o monopólio.

Existem novas ligas, muito mais baratas e eficientes em desenvolvimento, mas até que elas estejam eficientes, principalmente para os países em desenvolvimento que não dispõem de recursos para bancar todas as patentes, materiais e mão de obra especializada, estas ainda não tem capacidade de atender ao setor industrial e comercial, os principais responsáveis pelo crescimento econômico.

O vídeo foi traduzido e legendado para o português brasileiro pelos Tradutores de Direita.

Transcrição do vídeo

“Energia eólica e solar são a resposta para nossas necessidades energéticas? Há muito sol e muito vento. São grátis. São limpos. Sem emissões de CO2. Então, qual o problema?

Por que sol e vento juntos fornecem menos de 2% da energia mundial? Para responder essas questões, precisamos entender o que torna a energia, ou qualquer outra coisa, barata e abundante. Para que algo seja barato e abundante, todas as partes do processo de produção, incluindo todos os custos que entram nessa conta, devem ser baratos e abundantes.

Sim, o sol é grátis. Sim, o vento é grátis. Mas o processo de transformar essas fontes em energia utilizável em grande escala está longe de ser grátis. De fato, se comparado com outras fontes de energia – combustíveis fósseis, energia nuclear, e energia hídrica, energias eólica e solar são muito caras.

O problema básico é que a luz do sol e o vento são, ambos, fontes de energia fracas (o termo mais técnico é “diluídas”) e não confiáveis (o termo mais técnico é “intermitentes”). Coletá-las e concentrá-las demanda uma grande quantidade de recursos, e ainda mais recursos para torná-las disponíveis em larga escala. Esses são chamados problemas de diluição e problema de intermitência.

O problema de diluição é que, diferente do carvão, o sol e o vento não vêm como energia concentrada – o que significa que você precisa de muito mais recursos adicionais para produzir uma unidade de energia. Para a energia solar, tais materiais incluem silício de alta pureza, fósforo, boro e uma dúzia de outros componentes complexos como dióxido de titânio. Todos esses materiais deve ser minerados, refinados e/ou manufaturados para se fazer painéis solares. Esses processos industriais consumem muita energia.

Para a eólica, os materiais necessários incluem componentes de alta performance para as lâminas das turbinas e o metal de “terras-raras” neodímio para ímãs leves e específicos, bem como o aço e o concreto necessários à construção de estruturas – milhares delas – da altura de arranha-céus.

E por maior que seja o problema da diluição, ele não é nada comparado ao da intermitência. Isso não é nenhuma novidade, mas o sol não brilha direto. E o vento não sopra direto. A única forma de o sol e o vento serem realmente úteis seria se pudéssemos estocá-los para que estivessem disponíveis quando precisássemos deles.

Você pode armazenar petróleo num reservatório. Onde você coloca energia eólica ou solar? Tal sistema de armazenamento em massa não existe. Que é o porquê de, em todo o mundo, não haver uma, real ou proposta, planta de energia solar ou eólica autossuficientes, independentes. Todas necessitam de reserva. E adivinhem o que essa reserva vem a ser: combustível fóssil. Eis com o que eletricidade solar e eólica parecem na Alemanha, que é a líder mundial em “renováveis”. A palavra “errante” salta à mente.

O vento está sempre variando, às vezes desaparecendo completamente. A a solar produz pouco nos meses de inverno quando a Alemanha mais precisa de energia. Portanto, alguma fonte confiável de energia é necessária para se fazer o trabalho pesado. No caso da Alemanha essa energia é o carvão. Assim, enquanto a Alemanha vem gastando dezenas de milhões de dólares para subsidiar painéis solares e hélices, o uso do combustível fóssil na nação não diminuiu, aumentou – e menos de 10% de toda a energia deles é gerada por sol e vento.

Além disso, alternar direto entre solar e eólica e carvão para manter um fluxo estável de energia é dispendioso. As contas de energia para o alemão mediano cresceram tanto que “pobreza de energia” se tornou um termo popular para descrever aqueles que não podem pagar – ou mal o podem – suas contas de luz. Se essas contas um dia baixarem, a razão não será mais energia solar e eólica, mas preços mais baixos de petróleo e carvão.

Não existe comida de graça. E não existe energia de graça. E isso muito inclui energia altamente dispendiosa do sol e do vento.

Eu sou Alex Epstein do Centro de Progresso Industrial, Universidade Prager.”

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