Por que a arte moderna é tão ruim?

Descrição

Por que a arte moderna é tão ruim? A arte moderna é uma competição entre o feio e o tosco onde o mais chocante venceria. Por dois milênios, grandes artistas estabeleceram o padrão de beleza. Agora, esses padrões desapareceram. O que aconteceu? Como o belo passou a ser desprezado e o mau gosto celebrado?

Neste vídeo da Prager University, o renomado artista Robert Florczak responde estas perguntas, explicando a história e o mistério por trás dessa dinâmica e como ela pode ser interrompida e até mesmo revertida.

O trabalho foi traduzido e legendado em português brasileiro pelos Tradutores de Direita.

Transcrição do vídeo

A “Mona Lisa”… A “Pietà”… A “Moça com o Brinco de Pérola”. Através dos séculos, artistas enriqueceram a sociedade ocidental com seus trabalhos de beleza incomparável:  “A Ronda Noturna”, “O Pensador”,  “As Montanhas Rochosas”…

Os grandes mestres, desde Leonardo até Rembrandt e Bierstadt, produziram trabalhos capazes de nos inspirar, elevar e aprofundar. E fizeram isso exigindo de si mesmos o maior padrão de excelência, aprimorando o trabalho de cada geração anterior de mestres e continuando a aspirar a melhor qualidade alcançável.

Mas alguma coisa aconteceu no caminho para o século XX. O profundo, o inspirador e o belo foram substituídos pelo novo, pelo diferente e pelo feio.

Hoje em dia, a tolice, a falta de sentido e a ofensa pura são consideradas o melhor da arte moderna. Michelangelo talhou seu “Davi” em uma pedra. O Museu de Arte de Los Angeles, apenas nos oferece uma pedra – uma pedra – com todas suas 340 toneladas. Esse é o nível ao que os padrões chegaram.

Como isso foi acontecer? Como que essa evolução milenar em direção à perfeição e excelência artística se extinguiu?

Ela não foi extinta. Foi exilada. No final do século XIX, um grupo intitulado de Impressionistas se rebelou contra a Academia Francesa de Belas Artes e sua exigência pelos padrões clássicos. Independente de suas intenções, os novos modernistas plantaram as sementes do relativismo estético – a mentalidade de que “a beleza está nos olhos de quem contempla”. Hoje em dia, todos nós adoramos os Impressionistas.

E, como na maioria das revoluções, as primeiras gerações produziram trabalhos de genuíno mérito. Monet, Renoir e Degas ainda mantinham elementos de desenho e execução disciplinadas, mas a cada nova geração o padrão artístico foi caindo até o ponto de não haver mais um padrão.

Tudo o que restou foi a expressão pessoal.

O grande historiador de arte, Jakob Rosenberg, escreveu que a qualidade na arte “não é apenas uma questão de opinião pessoal, mas em alto grau, objetivamente rastreável.” Mas a ideia de um padrão de qualidade universal para a arte é, atualmente, recebida com grande resistência, quando não com escárnio.

“Como pode-se medir arte objetivamente?” sou questionado. Para responder, eu simplesmente mostro os resultados produzidos por um padrão artístico universal comparados com o que é produzido pelo relativismo. O primeiro deu ao mundo “O Nascimento da Vênus” e “O Gaulês Moribundo”, enquanto que o último nos deu “A Santa Virgem Maria”, feita de esterco e imagens pornográficas, e a “Petra”, uma escultura vencedora de prêmios de uma policial de cócoras urinando – completa com uma poça de urina sintética.

Sem padrões estéticos, não temos como determinar qualidade ou inferioridade. Esse é um teste que dou aos meus alunos de graduação, todos talentosos e bem instruídos: Por favor, analise essa pintura de Jackson Pollock e explique por que ela é boa. É só após eles darem respostas muito eloquentes que eu informo a eles que a pintura é, na verdade, um “close” do meu avental de estúdio. Eu não os condeno; provavelmente eu teria feito o mesmo uma vez que é quase impossível diferenciar os dois.

“E quem vai determinar a qualidade?” é outra pergunta que me fazem. Se nós formos manter a honestidade intelectual, todos nós sabemos as situações nas quais a análise profissional é reconhecida e necessária.

Veja a patinação artística nos jogos olímpicos, onde a excelência artística é julgada por especialistas na área. Certamente, iríamos ficar perplexos com um competidor que se atirasse de qualquer jeito sobre o gelo e exigisse que sua performance fosse aceita como tendo tanto valor quanto à de um patinador mais disciplinado.

Não apenas a qualidade da arte diminuiu, mas o assunto saiu do transcendente para o tosco. Quando antes os artistas aplicavam seus talentos para cenas com substância e integridade da história, literatura, religião, mitologia, etc. Muitos dos artistas de hoje simplesmente usam sua arte para passar uma mensagem e, em geral, nada mais do que para chocar.

Artistas do passado também tentavam passar mensagens, às vezes, mas nunca às custas da excelência visual de sua obra.

Mas a culpa não é apenas dos artistas. A culpa é também da chamada comunidade artística: os diretores de museus, os donos de galerias de arte e os críticos que estimulam e financiam a produção desse tipo de lixo. São eles que defendem a pichação e a chamam de genial, promovem o asqueroso e o chamam de significativo. São eles que, na verdade, são os imperadores nus da arte, pois quem, se não eles, gastariam 10 milhões de dólares numa pedra e ainda chamá-la de arte?

Mas por que temos que compactuar com todo esse mau gosto? Não temos.

Através da arte que nós apreciamos em museus ou compramos nas galerias, nós podemos fazer nossa opinião não apenas ouvida, mas sentida. Uma galeria de arte é, no final das contas, um negócio como qualquer outro. E se o produto não vende, ele não é produzido. Nós podemos também apoiar organizações como The Art Renewal Center que trabalha para restaurar padrões artísticos objetivos para o mundo da arte. E podemos defender o ensino de apreciação das artes clássicas em nossas escolas.

Vamos apreciar o que sabemos ser bom e ignorar o que sabemos que não é.

A propósito, esse fundo branco que você vê atrás de mim não é apenas um fundo branco. É uma pintura toda branca feita pelo reconhecido artista Robert Rauschenberg, localizada no Museu de Arte Moderna de São Francisco.

Eu sou Robert Florczak, para a Prager University.

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