Jordan Peterson sobre revolução social: arrume a sua vida antes de querer arrumar o mundo

Jordan Peterson sobre revolução social: arrume a sua vida antes de querer arrumar o mundo. Não se pode confiar em alguém que propõe um mundo melhor, mas não consegue nem manter o seu próprio quarto em ordem. Acesse aqui a descrição completa.


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Descrição

Neste trecho de sua palestra Biblical Series VIII: The Phenomenology of the Divine, o psicanalista clínico e acadêmico canadense Dr. Jordan B. Peterson discute sobre a ideia da complexidade do mundo e da fantasia cultivada por algumas pessoas, que não conseguem nem viver a suas vidas corretamente, de transformá-lo.

A verdade é que não se pode confiar em alguém que propõe um modelo de revolução social, de mundo melhor, mas que não consegue nem manter o seu próprio quarto em ordem. Ou seja, arrume a sua vida antes de querer arrumar o mundo.

De forma resumida, Peterson afirma que é essencial começar por si mesmo e pelo que está ao seu alcance. Ele destaca a importância de atuar dentro do próprio “domínio de competência” e alerta para o perigo da arrogância e da presunção quando tentamos impor mudanças além de nossa compreensão ou habilidade.

O canadense enfatiza a humildade como uma virtude crucial, especialmente na sociedade moderna, onde muitas vezes não é promovida. Ele sugere que ser humilde é reconhecer que talvez não sejamos tão inteligentes quanto pensamos e que devemos ter cuidado com nossas ações e decisões.

Para aqueles que querem fazer o bem e promover mudanças positivas, Peterson aconselha a começar com o que realmente se entende e pode ser ajustado. Isso significa focar em aspectos pessoais que podem ser melhorados, nas coisas que não estão certas na nossa própria vida, antes de tentar corrigir os problemas de nossa família ou do mundo.

Segundo Peterson, o desafio de organizar a própria vida já é significativo, e o de melhorar uma família é ainda mais complexo. Portanto, tentar resolver os problemas do mundo, muito mais complicados, pode ser uma tarefa imprudente. Vale lembrar que, se temos dificuldades até mesmo com as pequenas mudanças em nossas vidas, devemos ser extremamente cautelosos ao propor grandes revoluções sociais. Aliás, é melhor deixar isso pra lá, se for parar pra pensar.

O psicólogo observa que muitas pessoas são mais rápidas em anunciar planos de revolução social do que em tomar medidas concretas para melhorar suas próprias vidas ou famílias. Ele sugere que isso ocorre porque, enquanto os fracassos em esforços pessoais são imediatos e visíveis, os erros em projetos sociais de grande escala podem demorar muito tempo para se manifestar, permitindo que as pessoas continuem acreditando que estão corretas, mesmo quando não estão.

A postura de propor mudanças grandiosas sem primeiro ajustar o próprio comportamento é, para Peterson, um convite à arrogância. Diante disso, há uma importante crítica especialmente às universidades por ensinarem seus alunos a se engajar em ativismo social sem primeiro desenvolver um compromisso sério com o autogoverno e a autorreflexão.

Peterson compara o ato de governar a própria vida com o governo de uma cidade, sugerindo que o primeiro é, na verdade, muito mais difícil, argumentando que controlar nossos impulsos e viver de acordo com uma estrutura ética bem organizada é um desafio significativo, e muitos falham nesse esforço, preferindo focar em mudanças externas ao invés de internas.

O acadêmico também menciona a fragmentação dentro da comunidade LGBT como um exemplo de como um grupo, inicialmente unido por características comuns de “exclusão”, pode começar a se dividir internamente à medida que a diversidade dentro do grupo aumenta. A falta de unidade em um grupo tão plural, então, poderia levar à desintegração.

Peterson conclui que, antes de buscar mudanças sociais amplas, devemos nos concentrar em ajustar e melhorar aquilo que está mais próximo de nós: nossas próprias vidas e nossas famílias. Ao fazer isso, não apenas nos tornamos mais competentes ao promover mudanças, mas também evitamos os perigos da arrogância e da ingenuidade em relação aos desafios complexos que o mundo apresenta.


Este clipe foi providenciado e legendado em português brasileiro pelo canal Jordan Peterson Legendado e publicado, nesta versão PT-BR, originalmente em 7 de setembro de 2017.

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