Descrição
Neste vídeo, que parece ser comporto de clipes de alguma aula ou palestra, Olavo de Carvalho (1947-2022) aborda a burrice intelectual de pensadores como os de 68, expondo, a partir disso, qual é a fórmula infalível de como se tornar indelevelmente um idiota.
Olavo analisa a alienação existencial que caracteriza esses pensadores e demonstra como suas ações e teorias foram cooptadas por forças econômicas poderosas, levando-os a trabalhar inadvertidamente em prol dos interesses do grande capital.
As ideias de 68 remontam às ideias desenvolvidas na década 1910, por György Lukács. Posteriormente a ele, veio a Escola de Frankfurt, que só fez sucesso nos Estados Unidos, nunca na Alemanha. A única coisa que podemos afirmar a respeito de toda essa massa, mais ou menos uniforme, é que nenhum de seus membros sequer tinha noção da própria situação existencial. Eram muito burros e não sabiam.
A alienação dos Intelectuais de 68
Olavo inicia sua análise desmistificando a reputação de pensadores como Michel Foucault e Pierre Bourdieu, afirmando que eles não tinham noção da própria situação existencial. Eles ignoravam completamente quem estava no controle, quem financiava suas ideias e quais os resultados práticos de suas ações. Ele traça as origens dessas ideias até György Lukács, na década de 1910, e a Escola de Frankfurt, que, segundo Olavo, só ganhou notoriedade nos Estados Unidos, uma vez que na Alemanha seus membros não tinham grande relevância.
Defesa das minorias e a inversão de valores
Um dos pontos mais críticos abordados por Olavo é a defesa das minorias, uma bandeira comum entre os intelectuais de esquerda, argumentando que, embora essas ideias pareçam virtuosas em sua superfície, na prática, são incapazes de transformar a sociedade sem o uso de instrumentos de poder reais. Enquanto Lênin tomou o poder político e usou o estado para moldar a sociedade, os intelectuais da geração de 68 tentaram agir diretamente sobre a cultura, mas sem a capacidade de realmente transformar a sociedade. Quem, de fato, detém o poder são as grandes fortunas, os metacapitalistas, que tomaram o controle do processo, deixando os intelectuais trabalhando para seus interesses.
Karl Marx, ideologia e poder
Olavo também discute a ideia de ideologia proletária proposta por Karl Marx, mostrando como, na prática, essa ideologia foi criada por intelectuais burgueses e não pelos próprios proletários. Ele expõe a contradição em que os intelectuais, que supostamente representariam os interesses das classes trabalhadoras, na verdade estão desconectados da realidade e atuam em um mundo idealizado de conceitos abstratos. Olavo vai além, afirmando que muitos desses intelectuais estão apenas repetindo erros históricos, como ocorreu na Revolução Francesa, onde a ideologia burguesa foi construída por intelectuais de classe média e não pelos próprios burgueses.
Horizonte de consciência e a ignorância existencial
Outro conceito central abordado por Olavo é o horizonte de consciência, descrito como os limites do que um indivíduo pode compreender. Ele destaca que, no caso desses intelectuais, há elementos essenciais que ignoram completamente. Um exemplo é o caso de Maquiavel, que escreveu fórmulas sobre como alcançar sucesso político, mas foi um fracassado político durante toda a sua vida. Olavo sugere que Maquiavel nunca se questionou sobre sua própria incapacidade de aplicar suas teorias, o que o torna, na visão de Olavo, um burro existencial com diminuto horizonte de consciência.
Sócrates e Eric Voegelin
Para contrastar, Olavo cita Sócrates e Eric Voegelin como exemplos de filósofos que tinham plena consciência de sua própria condição existencial. Sócrates, em especial, sabia exatamente quem era e quais seriam as consequências de suas ações, algo que os intelectuais de 68, segundo Olavo, nunca conseguiram compreender. Voegelin, por sua vez, entendia a impotência de um cientista político para realmente mudar o cenário político, demonstrando uma lucidez que falta aos intelectuais modernos.
Conclusão
Olavo de Carvalho conclui que os intelectuais de 68, ao contrário do que muitos acreditam, são incapazes de perceber o impacto real de suas teorias e ações, pois vivem num mundo idealizado, enquanto o verdadeiro poder é exercido por aqueles que detêm os instrumentos econômicos e políticos. A burrice intelectual que Olavo denuncia não é apenas uma falha cognitiva, mas uma alienação existencial que impede esses pensadores de verem além das palavras que usam e das ideias que defendem.
Minutagem do vídeo
00:00
– Os intelectuais de 68;00:42
– George Lukacs;01:10
– Ignorância existencial ;10:30
– Defesa das minorias ;02:20
– Quem tem o poder;03:30
– Karl Marx e ideologia;04:50
– Os instrumentos do poder;06:00
– Horizonte de Consciência e Maquiavel;07:18
– Sócrates;07:50
– Eric Voegelin.
P.S.: este vídeo foi publicado originalmente em 22 de maio de 2024.
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Mais informações
- Duração: 08:47
- Visualizações: 3
- Categorias: Curtos
- Canal: Olavo de Carvalho
- Marcador(es): Escola de Frankfurt, Filosofia, Marxismo, Olavo de Carvalho, Sócrates
- Publicado por: Equipe Direita Realista
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