A Casa Grande – Nacionalismo, a idiotice útil

A Casa Grande é um vídeo do L de Liberdade que examina o valor e a utilidade do nacionalismo como o conhecemos, considerando-o uma idiotice útil, questionando as origens, incluindo a construção mística do nacionalismo de Hegel, e transformações da ideia de nação. Acesse aqui a descrição completa.


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Descrição

A Casa Grande é título de um vídeo do canal L de Liberdade publicado originalmente em 4 de novembro de 2023 — que não sabemos se faz alusão à obra Casa-Grande & Senzala, de Gilberto Freyre — que examina as origens e transformações da ideia de “nação”, questionando o valor e a utilidade do nacionalismo como o conhecemos, considerando-o uma idiotice útil.

Desde sua etimologia latina até a manipulação moderna dos estados, o nacionalismo é apresentado como um conceito construído para manter as massas unidas, mas controladas. O vídeo critica a artificialidade do sentimento nacional e sugere uma nova forma de organização coletiva, livre do que considera um “culto” à ideia de estado. A seguir, tentamos analisar e resumir os principais pontos abordados.

O conceito de “nação” e sua transformação histórica

O vídeo começa explicando que a palavra “nação” vem do latim natio, que significava originalmente um grupo que compartilha o mesmo local de nascimento e idioma. Esse sentido evoluiu ao longo dos séculos XVIII e XIX com a independência dos Estados Unidos e a Revolução Francesa, gerando o conceito de nação como conhecemos hoje: um estado soberano com fronteiras, governo e identidade coletiva.

“A ideia de nação não se desenvolveu naturalmente,” comenta o narrador, “mas foi forjada para sustentar o poder centralizado.”

Essas transformações desencadearam movimentos de independência e unificação, como os de Itália e Alemanha, redefinindo regiões com tradições distintas sob a bandeira de estados-nação.

O nacionalismo como ferramenta de controle estatal

O vídeo sugere que o nacionalismo se tornou uma ferramenta poderosa de controle, usada pelos governos para criar uma “identidade nacional” e unificar territórios que possuíam, originalmente, identidades próprias. Na Europa, por exemplo, regiões como Catalunha e Nápoles resistem até hoje à incorporação forçada, enquanto movimentos separatistas emergiram em diferentes partes do mundo, inclusive no Brasil Imperial, com revoltas como a Guerra dos Farrapos.

Essa “criação de estados nacionais” é criticada como uma forma de anular a diversidade cultural em nome de um projeto estatal, onde identidades distintas são suprimidas para fortalecer o poder central.

A construção mística do nacionalismo: Hegel e o tripé “terra, raça e sangue”

O vídeo menciona o papel do filósofo Hegel, que reforçou a ideologia nacionalista ao propor um destino histórico para cada nação, baseado em valores como terra, raça e sangue, visão criticada como uma “pseudofilosofia” que justifica guerras e expansões territoriais em nome do sucesso do estado. Para Hegel, uma nação sem um estado unificado não tem relevância histórica, e o sucesso de um estado se mede por sua capacidade de prevalecer sobre os demais.

“O nacionalismo hegeliano,” argumenta o vídeo, “justifica o roubo de uma nação pela outra em nome de um destino glorioso”. Essa ideologia está na raiz tanto do fascismo quanto do socialismo, ambos herdeiros de Hegel – com o primeiro exaltando o estado nacional forte, e o segundo buscando a abolição de estados nacionais sob uma bandeira socialista.

O mito da democracia e o cárcere estatal moderno

O vídeo aponta que, mesmo nas democracias modernas, o nacionalismo serve como ferramenta de controle. As chamadas “democracias de direito” diferem das sociedades fechadas apenas no método de coerção: uma usa a força explícita, enquanto a outra emprega métodos legais e financeiros para subjugar os cidadãos. O nacionalismo seria então um mecanismo para criar uma falsa sensação de liberdade e identidade, enquanto os cidadãos são mantidos “presos” pelas instituições estatais.

“As nações modernas não passam de currais,” afirma o narrador, “onde os cidadãos são condicionados a obedecer ao comando dos políticos e banqueiros”. A diferença entre um estado “democrático” e um estado autocrático é, segundo o vídeo, apenas uma questão de método: ambos compartilham o mesmo desejo de controlar e explorar a população.

A economia nacional como ilusão de prosperidade

O vídeo também critica a noção de “prosperidade nacional,” sugerindo que ela serve para mascarar o crescimento do poder estatal, pois, em vez de celebrar a autonomia e o sucesso individual, as estatísticas econômicas são usadas para justificar a “competência” dos governos, criando uma dependência psicológica na população. Essa “maquiagem econômica,” segundo o canal, desvia o crédito do verdadeiro responsável pela prosperidade: o trabalho e a iniciativa das pessoas.

“A prosperidade de uma nação não reflete o sucesso do governo, mas sim o esforço do seu povo.”

Ao focar no “sucesso da máquina pública,” a população acaba por atribuir ao estado um mérito que deveria ser creditado aos indivíduos que realmente movem a economia.

Desconstruindo o mito nacionalista

O vídeo conclui que o nacionalismo não passa de uma invenção útil aos interesses dos poderosos, e que a verdadeira identidade de um povo não deve estar vinculada ao estado. É também proposta uma nova maneira de pensar a sociedade: através de comunidades regionais, onde os laços são baseados em cultura e esforço compartilhado, e não em bandeiras e hinos.

“A nação não está nas instituições estatais, mas onde as pessoas fincam seu pé e derramam seu suor.”

Essa abordagem subversiva sugere uma “contra economia” e uma resistência silenciosa ao sistema centralizado, voltando-se para iniciativas regionais e locais, a verdadeira autonomia, onde o povo se une em torno de projetos comuns e constrói uma identidade livre do controle estatal.

Conclusão

O vídeo do canal L de Liberdade nos desafia a repensar o valor do nacionalismo, apresentando-o como uma “idiotice útil” que mantém o poder central e limita a liberdade individual e traçando um paralelo entre o conceito original de “nação” e sua versão moderna. A exposição sugere que o verdadeiro valor de uma comunidade está em seus costumes e em seu esforço comum, não em um estado que a representa. Libertar-se deste dogma nacionalista moderno, segundo o canal, seria então o primeiro passo para construir uma sociedade verdadeiramente livre e consciente.

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