Olavo de Carvalho - A comédia virou tragédia

Olavo de Carvalho explica como, no Brasil e no mundo, a comédia virou tragédia, ou melhor, a piada se torna realidade. Se outrora podíamos rir, hoje somos forçados a lidar com as consequências do deboche que virou norma. Acesse aqui a descrição completa.


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Descrição

Neste fragmento originalmente publicado em 24 de outubro de 2024, o filósofo brasileiro Olavo de Carvalho (1947-2022) explica como, em nosso país, a comédia virou tragédia, ou melhor, a piada se torna realidade, embora, se servir de consolo, a situação em outros lugares do mundo não esteja muito melhor.

É a realidade que copia a piada ou a piada que apenas se adianta ao real? No Brasil, a linha que separa o humor do absurdo é tão tênue que muitas vezes uma ironia matreira, um sarcasmo de boteco, torna-se, em poucos anos, política de Estado.

Olavo de Carvalho, com seu estilo característico, expõe essa dinâmica com um exemplo que resvala entre o grotesco e o deprimente. O deputado Tiririca, que ascendeu ao Congresso Nacional com um bordão humorístico, recebe um salário de r$ 26.700, ajudas de custo, benefícios ilimitados e um custo mensal estimado em r$ 250.000 pagos pelo contribuinte. Ou seja, o que começou como um “protesto cínico” contra a política tradicional transformou-se em um oneroso escárnio ao próprio eleitor.

Mas não é só no Brasil que as caricaturas tomam o poder. O trecho traz também um episódio inglês no qual um traficante de drogas, Ian Morris, teve sua pena revogada por decidir mudar de gênero. O juiz, comovido com sua “jornada pessoal”, libertou-o para que não precisasse enfrentar o desconforto de permanecer “preso em um corpo que abomina”. Olavo, irônico, sugere um “manual de sobrevivência”: cometa um crime, mude de sexo e saia da prisão. Depois, se cansar da identidade, volte ao gênero original e, quem sabe, consiga um novo alvará de soltura.

E, para não perder o fio da absurdidade, é mencionado o chamado “kit anti-homofobia”, que previa a distribuição de materiais de educação sexual para crianças, incluindo elementos que, segundo ele, flertavam com a erotização infantil. O ponto é claro: sob o pretexto de inclusão e tolerância, instauram-se situações que, em outro tempo, serviriam apenas como anedotas malucas.

Se outrora podíamos rir, hoje somos forçados a lidar com as consequências do deboche que virou norma. O que podemos concluir do vídeo é que Olavo argumenta que o que se apresenta como vanguarda muitas vezes não passa de um simulacro de civilização, onde a liberdade se confunde com permissividade e o bom senso é um estorvo. A piada, afinal, não só virou realidade, mas tem custado cada vez mais caro.

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