Fiasco de Stalin: o Canal do Mar Branco e o fracasso da economia soviética

Um fiasco de Josef Stalin, o Canal do Mar Branco, exemplo trágico de como um regime socialista sacrificou vidas humanas e recursos em prol de projetos megalomaníacos, movidos pela necessidade de manter sua imagem de poder e sucesso. Acesse aqui a descrição completa.


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Descrição

Este vídeo do canal Visão Libertária, da rede ANCAP.SU, conta e comenta mais um fiasco de Josef Stalin, o Canal do Mar Branco, relacionado-o com fracasso da economia soviética em geral, que aliás sempre foi uma ideia estapafúrdia como um todo, diga-se de passagem.

A União Soviética, sob o regime megalomaníaco de Josef Stalin, construiu diversas obras faraônicas com o uso de trabalho escravo, e uma das mais notórias foi o Canal do Mar Branco. Este vídeo explica como essa obra, apesar de promovida com grande pompa pela propaganda soviética, foi um fracasso econômico e humano. Com a mesma lógica que permeou o regime de Stalin, a construção do canal teve um custo humano altíssimo e resultados econômicos duvidosos, pra dizer o mínimo.

Além do Canal do Mar Branco, Stalin também promoveu a construção de enormes siderúrgicas, fábricas de tratores e automóveis, e cidades socialistas em locais remotos, todos com a mão de obra forçada de prisioneiros dos gulags. A história do canal, no entanto, é emblemática das falhas estruturais do modelo econômico soviético.

A história e a motivação por trás do Canal do Mar Branco

A ideia de construir um canal ligando o Mar Branco ao Mar Báltico não era nova. Desde o século XVIII, o regime czarista já vislumbrava uma via para conectar essas duas regiões, facilitando o transporte de recursos naturais sem a necessidade de uma longa viagem pelo Oceano Ártico. Contudo, foi Stalin que, em meio ao frenesi de industrialização forçada, decidiu transformar esse antigo sonho em realidade.

O projeto, no entanto, foi marcado por sua pressa e ineficiência. Com prazos absurdos, Stalin queria que o canal fosse concluído em apenas 20 meses, uma meta que só poderia ser alcançada com a exploração massiva do trabalho escravo de prisioneiros dos gulags. Cerca de 100 mil presos trabalharam no projeto, enfrentando condições terríveis, com ferramentas primitivas e quase nenhum recurso moderno. O canal, quando concluído, tinha apenas quatro metros de profundidade, insuficiente para grandes embarcações, o que minou sua utilidade econômica.

O uso brutal de trabalho escravo

Os prisioneiros que trabalharam na construção do canal enfrentaram uma das realidades mais cruéis do regime soviético. Anna Applebaum, renomada historiadora, descreve em detalhes as condições desumanas nas quais os presos trabalhavam: ferramentas rudimentares como pás de madeira e picaretas, pouca ou nenhuma dinamite para romper o solo e pedras, e uma alimentação miserável. O regime oferecia apenas o básico para manter os prisioneiros vivos o suficiente para continuar o trabalho forçado, muitas vezes sem abrigo adequado e expostos ao frio congelante do norte da Rússia.

Estima-se que cerca de 25 mil prisioneiros tenham morrido durante a construção do canal, seja devido ao frio, à fome ou aos acidentes. O próprio Stalin, no entanto, não se importava com esses sacrifícios, desde que a obra fosse concluída a tempo. Para mascarar as terríveis condições, o regime promovia uma propaganda massiva, exaltando a obra como um triunfo do socialismo.

Propaganda e o fracasso econômico

O Canal do Mar Branco foi amplamente promovido pela máquina de propaganda comunista como um exemplo de como o socialismo poderia realizar grandes feitos. Maxim Gorki, um dos principais escritores soviéticos da época, foi recrutado para promover o projeto internacionalmente. No entanto, apesar de todo o discurso triunfalista, a realidade era bem diferente.

O canal nunca foi economicamente viável. Com apenas quatro metros de profundidade, esse clusterfuck não podia acomodar grandes embarcações, limitando severamente seu uso. Além disso, as condições nas quais foi construído significavam que o canal exigia constantes reparos, tornando-o ainda mais caro e ineficiente.

Apesar de todo o sofrimento humano e do colossal esforço, o canal tornou-se um símbolo do fracasso da economia soviética. A obsessão de Stalin por propaganda e a sua crença equivocada na eficácia do trabalho escravo resultaram em um projeto que servia mais como uma peça de vitrine do que como uma contribuição real à infraestrutura soviética.

Conclusão

O Canal do Mar Branco é um exemplo trágico de como o regime de Stalin sacrificou vidas humanas e recursos em prol de projetos megalomaníacos, movidos pela necessidade de manter a imagem de poder e sucesso do regime soviético. A história desse canal, marcada pela desumanidade e pela falência econômica, serve como um lembrete sombrio dos perigos do autoritarismo e da ideologia sobre a razão.


P.S.: este vídeo foi publicado originalmente em 21 de novembro de 2022.

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