Guilherme Freire – A falência da educação moderna

Neste vídeo, Guilherme Freire aborda a falência na educação moderna, oferecendo uma análise crítica sobre suas causas e propondo reflexões sobre o futuro deste aspecto, um problema multifacetado: a educação precisa reavaliar sua abordagem. Acesse aqui a descrição completa.


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Descrição

Neste vídeo originalmente publicado a 19 de janeiro de 2020, Guilherme Freire aborda a falência na educação moderna, oferecendo uma análise crítica sobre suas causas e propondo reflexões sobre o futuro deste aspecto.

Chamando a atenção para a necessidade de uma reflexão mais profunda sobre o papel e a prática da educação na formação de indivíduos e na sociedade, Freire destaca três principais raízes para tal crise: a perda da autoridade, a crise da tradição e a crise da religião. Abaixo, temos esses pontos e os argumentos apresentados:

Crise de autoridade

Freire começa sua análise discutindo a crise de autoridade no contexto educacional, criticando a ideia de que a relação entre professores e alunos deve ser de igualdade total, sem uma clara distinção de papéis. Segundo ele, essa abordagem enfraquece a capacidade do professor de introduzir o aluno ao conhecimento e à tradição cultural. A perda de autoridade resulta na incapacidade de estabelecer uma estrutura que permita aos alunos aprender de forma significativa, o que é ilustrado com a observação de que a falta de autoridade pode levar à desordem e ao caos nas salas de aula.

Crise de tradição

A segunda crise discutida é a crise de tradição. Freire argumenta que a educação moderna se afastou dos legados culturais e do conhecimento acumulado ao longo da história. Em vez de se basear em tradições estabelecidas, a educação moderna muitas vezes valoriza a experimentação e a experiência contemporânea. Isso leva ao desprezo pelos clássicos e ao relativismo cultural, onde todas as obras são vistas como igualmente válidas, independentemente de seu valor histórico ou perene. Guilherme critica essa abordagem por negligenciar o “tesouro nacional” do conhecimento acumulado e por não promover uma seleção criteriosa do que é realmente valioso.

Crise de religião

A terceira crise abordada é a crise de religião, interpretada no vídeo como uma ausência de uma visão clara sobre a origem e o propósito da educação. Ele faz uma analogia com a importância da religião na formação das sociedades antigas, como a Roma antiga, que tinha um sentido de origem e destino. A falta de uma base espiritual ou filosófica na educação moderna, segundo Freire, resulta em uma educação que carece de um propósito claro e de um senso de significado mais profundo.

Pragmatismo e tecnocracia

O Guilherme também faz considerações sobre a abordagem pragmática e tecnocrática da educação moderna, que tende a focar na eficiência e na formação de habilidades técnicas em vez de uma formação integral e holística, argumentando que a educação não deve se restringir apenas a preparar alunos para o mercado de trabalho, mas também promover uma formação completa que inclui aspectos éticos e intelectuais.

Além disso, o apresentador menciona que a educação atual frequentemente prioriza métodos pedagógicos que podem ser manipulativos e ideologicamente direcionados, em vez de se basear em conteúdos e currículos sólidos.

Conclusão

Em suma, Guilherme Freire vê a crise na educação moderna como um problema multifacetado que resulta da perda de autoridade, da desconexão com a tradição e da falta de uma base espiritual ou filosófica sólida, propondo que, para resolver esses problemas, a educação precisa reavaliar sua abordagem e retornar a uma forma de ensino que valorize a tradição, a autoridade legítima e um propósito mais profundo e significativo.


Guilherme Freire é um professor, mestre, conferencista e palestrante em filosofia brasileiro. Dentre outras atividades, já foi Secretário Adjunto da Secretaria Nacional da Juventude do Governo Federal e atuou na Secretaria do Planejamento do Governo do Estado do Paraná.

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