Descrição
Neste trecho da sua palestra “Biblical Series VIII: The Phenomenology of the Divine“, o acadêmico e psicanalista clínico canadense Dr. Jordan B. Peterson discute um dos vários pontos onde o filósofo alemão metido a economista Karl Marx errou (ou deliberadamente mentiu, o que é também muito provável), esta em relação à economia, como sempre.
Segundo o exposto, uma das premissas centrais da teoria marxista é a crença de que o capital se concentraria nas mãos de cada vez menos pessoas, levando a uma desigualdade crescente entre ricos e pobres à medida que o capitalismo se desenvolvesse. No entanto, Peterson argumenta que isso é apenas uma meia-verdade.
A distribuição de Pareto
A distribuição de riqueza, como observada por Peterson, segue o que é conhecido como a distribuição de Pareto, a qual sugere que uma pequena proporção da população acumulará a maior parte dos bens, não se restringindo apenas ao dinheiro, mas a qualquer forma de produção criativa. Economistas chamam isso de Efeito Matthew, nomeado a partir de uma passagem do Antigo Testamento:
“Ao que tem se lhe dará e terá em abundância, mas ao que não tem, será tirado até mesmo o que tem.” (São Mateus 13,12).
O canadense explica que, quando alguém começa a produzir e obtém sucesso, a probabilidade de continuar tendo sucesso aumenta, enquanto o oposto também é verdadeiro: aqueles que falham têm maior chance de continuar fracassando. Ele ressalta que essa dinâmica não é exclusiva do capitalismo, mas uma característica de todos os sistemas de produção criativa conhecidos, o que a torna praticamente uma lei natural.
Implicações sociais
A concentração de recursos nas mãos de poucos, como aponta Peterson, traz à tona a necessidade de uma perspectiva social. Se a desigualdade se tornar extrema, o sistema pode se desestabilizar. Ele sugere que deve haver discussões inteligentes sobre como mitigar os efeitos dessa concentração.
Outro ponto que Peterson destaca é que, mesmo que produtos criativos acabem nas mãos de um número reduzido de pessoas, não são as mesmas pessoas consistentemente ao longo do tempo. A distribuição é dinâmica, assim como as moléculas de água em um redemoinho – embora o redemoinho seja permanente, as moléculas que o compõem estão sempre em movimento.
Conclusão
Por fim, Peterson menciona que, na crise financeira de 2008, a afirmação de que algumas instituições eram “grandes demais para quebrar” deveria, na verdade, ser interpretada como “tão grandes que vão ter que quebrar”. Isso indica que não são as mesmas pessoas, é a mesma proporção de pessoas no topo.
P.S.: o vídeo, que está aqui traduzido e legendado em PT-BR, foi publicado pelo canal Jordan Peterson Legendado originalmente em 23 de agosto de 2017.
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Mais informações
- Duração: 04:16
- Visualizações: 4
- Categorias: Curtos
- Canal: Jordan Peterson
- Marcador(es): Comunismo, Crise de 2008, Economia, Jordan Peterson, Marxismo
- Publicado por: Equipe Direita Realista
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