José Monir Nasser – Horizonte de consciência

O professor José Monir Nasser explica em cerca de 13 minutos o que é horizonte de consciência ao analisar este aspecto nos personagens do romance "Moll Flanders", do autor de "Robinson Crusoé", Daniel Defoe. Acesse aqui a descrição completa.


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Descrição

Neste trecho de uma aula sobre o romance Moll Flanders (1722), de Daniel Defoe, o saudoso professor e economista José Monir Nasser (1957 – 2013) explica o que é horizonte de consciência, ao analisar este aspecto nesta obra literária. Em cerca de 13 minutos, é desenvolvida uma reflexão profunda sobre a perspectiva dos personagens e como o horizonte de consciência influencia suas decisões e moralidade.

Trata-se de uma rica exposição sobre o conceito de horizonte de consciência e sua relevância tanto na literatura quanto na vida cotidiana. Ao estudar os personagens da obra de Daniel Defoe — que inclusive é o autor também de Robinson Crusoé — Monir nos leva a refletir sobre as limitações que cada um de nós enfrenta em nosso entendimento do mundo e como essas limitações podem ser superadas através da busca constante por conhecimento e autodesenvolvimento.

O que é horizonte de consciência?

De acordo com José Monir Nasser, horizonte de consciência é o conjunto de limitações e possibilidades cognitivas que moldam a forma como um indivíduo enxerga o mundo ao seu redor. Trata-se do “limite” do que uma pessoa consegue perceber, compreender e processar em termos de ideias, ética e relações sociais. Esse conceito é fundamental para analisar não apenas os personagens de Moll Flanders, mas também as pessoas no mundo real.

Aplicação no romance Moll Flanders

No contexto de Moll Flanders, o horizonte de consciência dos personagens está ligado diretamente às suas experiências de vida, ambições e capacidade de entender as consequências de suas ações. Moll, a protagonista, vive em um mundo onde as escolhas morais são frequentemente ofuscadas pela necessidade de sobrevivência. Seu horizonte de consciência é moldado pelas limitações sociais e econômicas que a cercam, além das normas morais da época.

Monir explica que, em obras como esta, os personagens muitas vezes operam dentro de um horizonte limitado, não por falta de inteligência, mas porque estão presos às condições e circunstâncias de seu ambiente. Em Moll Flanders, essa restrição é evidente na forma como a personagem principal navega por dilemas morais sem uma visão clara de virtude ou arrependimento — o que reflete uma consciência condicionada por suas lutas pessoais e o contexto social em que está inserida.

Comparações com o mundo atual

Monir utiliza o conceito de horizonte de consciência para fazer paralelos com o mundo moderno, destacando que muitas das ações humanas, mesmo nos dias de hoje, são moldadas por esse mesmo princípio. Assim como os personagens de Defoe, as pessoas muitas vezes operam dentro de horizontes limitados, sem plena compreensão das consequências de suas ações, especialmente quando fatores econômicos e sociais restringem suas visões de mundo.

A importância do horizonte de consciência

O professor também destaca a importância de ampliar o horizonte de consciência ao longo da vida, principalmente através do autoconhecimento, do estudo e da reflexão filosófica. Ao aumentar nossa capacidade de perceber e processar informações, ampliamos nossa consciência, o que nos permite fazer escolhas mais informadas e, muitas vezes, mais morais.

No caso de Moll Flanders, o horizonte de consciência da protagonista poderia ter sido expandido caso ela tivesse tido acesso a mais recursos, educação ou experiências que a tirassem das circunstâncias limitantes em que vivia. Monir sugere que, para os personagens e para as pessoas reais, expandir o horizonte de consciência é uma tarefa difícil, mas essencial para o crescimento individual.


P.S.: este clipe foi providenciado pelo canal Ewerton Kleber e publicado originalmente em 21 de maio de 2018.

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