Será mesmo que tem muita gente no mundo?

Vídeo do L de Liberdade que, ao fazer o questionamento "será mesmo que tem muita gente no mundo?", desafia a ideia de que o mundo está superpovoado e que os recursos da Terra não podem sustentar a humanidade, uma das narrativas mais persistentes da história moderna. Acesse aqui a descrição completa.


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Descrição

Publicado originalmente em 28 de setembro de 2023 pelo canal L de Liberdade, ao fazer o questionamento “será mesmo que tem muita gente no mundo?”, este vídeo desafia uma das narrativas mais persistentes da história moderna: a ideia de que o mundo está superpovoado e que os recursos da Terra não podem sustentar a humanidade.

O conceito de um “apocalipse malthusiano”, que prevê escassez de alimentos, água e espaço devido ao crescimento populacional, é questionado à luz da história, tecnologia e evidências recentes.

A origem do medo: o apocalipse malthusiano

A ideia de superpopulação remonta a Thomas Robert Malthus, um economista do século XVIII que publicou uma obra onde argumentava que a população crescia em progressão geométrica, enquanto a produção de alimentos aumentava em progressão aritmética. Para ele, esse descompasso levaria inevitavelmente à fome, pobreza e guerra.

Embora sua teoria fosse baseada nas condições da época, ela desconsiderava o impacto de avanços tecnológicos advindos da Revolução Industrial e inovações mais recentes como a Revolução Verde, que mais tarde transformariam a agricultura e a produção de alimentos.

Superpopulação ou má gestão?

Malthus não previu a capacidade humana de adaptar-se e superar limites aparentes. Hoje, a fome, que já foi um dos maiores desafios da humanidade, é frequentemente mais atribuída à má gestão política e econômica do que à falta de alimentos. Regiões superpovoadas como Tóquio, Manhattan e Hong Kong prosperam com infraestrutura adequada e mercados livres, enquanto países com populações menores, mas políticas ineficazes, enfrentam pobreza e caos.

O debate sobre recursos naturais

A narrativa de que os recursos do planeta estão se esgotando foi amplamente popularizada na década de 1970 por autores como Paul Ehrlich, que previam crises de escassez. No entanto, o economista Julian Simon contestou essas previsões. Em uma famosa aposta envolvendo o preço de cinco metais, Simon argumentou que a inovação tecnológica e a eficiência superariam a escassez. No final da década de 1980, Simon venceu a aposta: os preços dos metais haviam caído devido a avanços na extração e no uso.

Essa mesma lógica se aplica à agricultura. No Brasil, por exemplo, a produtividade agrícola por hectare é muito maior hoje do que há 50 anos, graças a avanços no agronegócio. A fome que persiste em algumas regiões do mundo é causada, na maioria das vezes, por governos corruptos, conflitos e intervenções econômicas desastrosas, e não pela incapacidade de produzir alimentos.

E quanto à densidade populacional?

Um dos pontos mais intrigantes levantados no vídeo é a ideia de que o planeta não está superlotado. Se toda a população mundial fosse concentrada em uma única área urbana, mantendo-se zoneamentos industriais, comerciais e residenciais, ocuparíamos apenas o equivalente ao estado americano do Texas. Para alimentar essa população, seria necessário um espaço agrícola equivalente ao tamanho da Índia — deixando o restante do planeta vazio.

Os desafios do declínio populacional

Curiosamente, um dos maiores desafios do século XXI não será o crescimento populacional descontrolado, mas sim o declínio demográfico. Países como a China, que implementaram políticas de controle populacional, já enfrentam crises econômicas devido ao envelhecimento de suas populações. Com menos jovens para sustentar os idosos, sistemas previdenciários e economias inteiras estão sob pressão.

No Brasil, a taxa de natalidade também está abaixo do nível de reposição necessário, o que agravará problemas como a crise da previdência no futuro.

O que realmente importa?

O vídeo conclui que o verdadeiro problema não é o número de pessoas, mas a arrogância fatal de tentarmos prever e controlar a dinâmica social com as mesmas ferramentas utilizadas para entender fenômenos físicos e biológicos. A história mostra que a criatividade humana e o avanço tecnológico têm sido capazes de superar desafios aparentemente insuperáveis.

A superpopulação, como ideia, parece ser mais um reflexo de narrativas alarmistas do que uma realidade concreta. A questão não é se temos “gente demais”, mas se somos capazes de gerir recursos e políticas de forma eficaz para garantir um futuro próspero para todos.

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