Os Pingos nos Is entrevista a Dr. Mayra Pinheiro

Em entrevista cedida aOs Pingos nos Is, a Dr. Mayra Pinheiro, secretária do Ministério da Saúde, fala sobre a CPI da Peste Chinesa, tratamento precoce, se vai voltar à vida política, o estudo fajuto e criminoso de Manaus etc. Clique aqui para a descrição completa.


Descrição

Em entrevista cedida ao programa Os Pingos nos Is, a Dr. Mayra Pinheiro, secretária do Ministério da Saúde, fala sobre a CPI da Peste Chinesa, tratamento precoce, vacinas e se vai voltar ou não à vida política, o estudo fajuto e criminoso de Manaus, o estudo picareta da Lancet, dentre outros assuntos relacionados.

Na entrevista, que foi retirada da edição do dia 31 de maio de 2021 do programa da Jovem Pan, a Dra. Pinheiro prestou depoimento à comissão na última semana e afirmou que a “sensação é que você já vai para lá julgada e condenada”. Também disse acreditar “que houve um entendimento, até pelo ambiente da CPI, que é extremamente tóxico, as pessoas acabam, às vezes, dando uma informação que não corresponde a aquilo que de fato aconteceu”.

Para ela, a sensação de depor à CPI foi “muito ruim” e houve uma tentativa de desconstrução da sua imagem, honra e reputação que podia ser notada ao longo de toda semana que antecedeu o depoimento. “Os jornais já reportavam que eu estava sendo levada para a CPI por uma prática de improbidade, então já havia uma condenação prévia. E a outra coisa lamentável é que se criou um apelido pejorativo, ‘Capitã Cloroquina’, porque como médica eu já tinha me posicionado a favor da instituição precoce de uma terapia em uma doença grave com um desfecho incerto.” Ela narrou que os ataques partiram não só do Estado do Ceará, onde ela nasceu, mas também de outras partes do Brasil.

Questionada sobre os pontos divergentes acerca do aplicativo “TrateCov”, que, segundo o ex-ministro Eduardo Pazuello, teria sido hackeado, lembrou que a plataforma sofreu a ação de um indivíduo que fez uma extração de dados, explicação que pode ter sido dada de forma equivocada pelo ex-ministro para explicar a leigos. A médica também disse que aquela era uma plataforma que deveria ter sido utilizada para salvar muitas vidas em Manaus e foi pensada como um auxílio ao diagnóstico.

A secretária disse que esteve na cidade de Manaus em dois momentos: do dia 3 ao dia 5 de janeiro, quando não registrou ocorrência da falta de oxigênio, e a partir do dia 10, quando retornou com outros secretários e ministros ao local. Segundo a médica, ela falou diretamente com o secretário de Saúde do Amazonas, Marcellus Campelo, quem falou: ‘Mayra, eu recebi um e-mail no dia 8 da empresa que fornecia o oxigênio, White Martins, dando conta de que havia um problema na rede. Eu pedi a cópia desse e-mail e ele me mandou a mensagem gravada de WhatsApp e essa mensagem foi entregue ao ministro. Daí a falha de comunicação. A falha foi passada para a secretaria Estadual de Saúde do Amazonas no dia 8, mas nós do ministério não recebemos essa informação no dia 8”, explicou.

Ainda de acordo com a médica, um erro interno ocorrido quando o Ministério da Saúde prestou informações ao Tribunal de Contas da União sobre a pandemia fez com que a data do e-mail enviado para a secretaria do Amazonas fosse confundida com a notificação do ministério. “Isso tudo foi comprovado através dos documentos e acho que ficou bem esclarecido para os órgãos de controle”, disse. Mayra também falou sobre as ações de logística para adquirir vacinas na pandemia e sobre as “ações de guerra” para transportar pessoas doentes em Manaus no mês de janeiro.

Questionada sobre uma possível terceira onda, disse que o futuro não é previsível, mas que o Brasil precisa de líderes capacitados para lidar com a pandemia e alguém que contabilize “as doenças mentais decorrentes dessa doença. O que a gente vem fazendo de alarme, de pânico e de medo nas pessoas”.

Pinheiro também se solidarizou com a comunidade judaica pela fala de Renan Calheiros e afirmou que acredita que ele tenha tentado fazer uma associação com médicos brasileiros e supostos testes de medicamentos na população sem comprovação. “Foi muito ruim, mas da mesma forma que é ruim, deixa exposto o objetivo da CPI, que não é apurar para a população brasileira o que foi feito ou deixou de ser feito em relação à doença, mas sim uma campanha de motivação para fazer oposição sistemática à presidência da república e ao governo federal”, disse. A médica ressaltou, ainda, que é reconhecida por pessoas na rua e recebeu apoio de colegas médicos e de outras categorias após seu depoimento.

fonte do texto acima: Jovem Pan.

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