Papa confia estudo do Sínodo da Amazônia ao Cardeal Sarah

O Papa Francisco confia estudo do tal "rito amazônico", algo pedido pelos bispos do Sínodo da Amazônia, ao Cardeal Sarah, quem é bastante reconhecido por seu grande zelo pela tradição doutrinal e litúrgica da Igreja.


O Papa Francisco confia estudo do tal “rito amazônico”, algo pedido pelos bispos do Sínodo da Amazônia, ao Cardeal Sarah, o prefeito da Congregação para o Culto Divino bastante reconhecido por seu grande zelo pela tradição doutrinal e litúrgica da Igreja.

Há poucos dias se encerrou o Sínodo da Amazônia, em Roma, e, em seu relatório final, os bispos sinodais pedem ao Papa a elaboração de um rito inculturado que expresse a visão de mundo e os costumes ancestrais dos povos amazônicos.

Esta solicitação se fundamenta no justo conceito de inculturação, pelo qual a Igreja Católica, desde os seus primórdios, selecionou aspectos positivos da cultura pagã, os purificou e os integrou ao cristianismo.

Entretanto, dentre várias outras propostas do Sínodo, este rito está provocando mais dúvidas e preocupação entre os católicos, temendo que a Igreja pudesse aprovar um rito pagão ou avacalhado. Entretanto, quem vai estudar e dar um parecer sobre o rito amazônico é o Cardeal Robert Sarah, quem é conhecido por ter posições firmes, de acordo com a tradição da Igreja Católica.

Em resposta ao apelo pela criação do rito amazônico, o Papa Francisco disse:

“Falou-se de uma reforma ritual, de se abrir aos ritos, isto é da competência da Congregação para o Culto Divino, e pode fazê-lo de acordo com os critérios e sei que o podem fazer muito bem, e apresentar as propostas necessárias que a inculturação exige. Mas é preciso olhar sempre em frente, sempre além. Não apenas organização ritual, mas também organizações de outros tipos que o Senhor inspirar. Das 23 igrejas com o seu rito que foram mencionadas no documento, ou pelo menos no pré-documento, acredito que pelo menos 18, talvez 19, são Igrejas sui iuris e começaram do nada, criando tradições até onde o Senhor nos levar, para não ter medo das organizações que preservam uma vida especial. Sempre com a ajuda da Santa Mãe Igreja, Mãe de todos, que nos guia neste caminho para não nos separarmos. Não tenhais medo delas.” (Discurso de Encerramento do Sínodo)”.

Com o Sarah, cardeal nascido na República da Guiné (África) e prefeito da Congregação para o Culto Divino, a expectativa é de que se realmente for aprovado um rito amazônico, não será acatada a inserção de elementos estéticos e folclóricos que não comuniquem sacralidade e transcendência.

No vídeo abaixo, do canal Observatório Católico (fonte da notícia), comenta-se sobre a medida do Papa Francisco:

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