Eslen Delanogare – Os perigos da pornografia

O psicólogo clínico e neurocientista Eslen Delanogare alerta para os graves perigos da pornografia, argumentando que acessar esse tipo de conteúdo causa um efeito similar ao consumo e dependência de drogas no cérebro humano. Acesse aqui a descrição completa.


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Descrição

Neste corte de algum dos podcasts do Flow, o psicólogo clínico e neurocientista Eslen Delanogare alerta para os graves perigos da pornografia, argumentando que acessar esse tipo de conteúdo (mesmo que não explicitamente pornográfico, como perfis de vadias de Instagram), causa um efeito similar ao consumo e dependência de drogas no cérebro humano.

Em certo momento, ele dá uma bronca no Igor, que estava rindo de um negócio muito sério.

O vídeo traz uma discussão sobre como o consumo de pornografia pode se tornar um vício prejudicial, criando um mecanismo de dependência comparável até mesmo a substâncias como cocaína. A análise se concentra nos mecanismos cerebrais envolvidos no desenvolvimento dessa dependência, destacando o papel da dopamina e como seu excesso afeta as funções inibitórias do cérebro.

Pornografia e dependência

de acordo com o vídeo, ao longo dos últimos dez anos, o aumento do consumo de pornografia tornou-se uma questão significativa nos consultórios psicológicos. Se explica que o acesso fácil e frequente ao material pornográfico cria um estímulo contínuo, levando à ativação das mesmas regiões cerebrais associadas ao vício em drogas. Por exemplo, se menciona que é mais fácil tratar um viciado em cocaína do que alguém dependente de pornografia, pois este último se tornou algo extremamente acessível e está sempre à disposição do usuário.

Ciclo de recompensa e dopamina

O cérebro reage à pornografia da mesma maneira que a outras formas de vício, liberando dopamina, um neurotransmissor associado ao prazer e à motivação. O problema, segundo o corte, é que o consumo constante de pornografia, motivado muitas vezes por tédio, acaba sendo um ciclo automático: o indivíduo busca pornografia não por desejo sexual, mas para aliviar o desconforto causado pela falta de dopamina. Isso leva à criação de uma “rede do vício” no cérebro.

Neuroplasticidade e vícios

A pornografia provoca alterações na estrutura cerebral, um processo conhecido como neuroplasticidade. As áreas do cérebro responsáveis pelo controle de comportamentos e hábitos, como o estriado dorsal, tornam-se sobrecarregadas, dificultando o controle voluntário do comportamento de consumir pornografia. Esses hábitos podem se formar de maneira inconsciente, comparando a automatização do vício ao ato de dirigir: assim como não prestamos atenção ao dirigir depois de nos habituarmos, o consumo de pornografia se torna automático e inconsciente

Impactos funcionais e pessoais

Se relata exemplos clínicos de indivíduos que chegam a consumir pornografia a ponto de não conseguirem manter suas rotinas diárias, como trabalho e relacionamentos. O vício também provoca uma diminuição da capacidade do cérebro de frear o comportamento, intensificando o ciclo vicioso. O vídeo sugere que, assim como ocorre com outras drogas, a pornografia altera o número de receptores de dopamina no cérebro, criando uma necessidade crescente de mais estímulos para alcançar o mesmo nível de prazer.

Discussão científica e critérios de vício

Embora o consumo de pornografia compartilhe mecanismos neurológicos com o uso de substâncias, ainda há debates na comunidade científica sobre se ela deve ser classificada formalmente como um vício. Se menciona que, independentemente da nomenclatura, o impacto disfuncional é claro, especialmente quando os indivíduos preferem a pornografia a outras atividades ou precisam de quantidades crescentes para alcançar o mesmo efeito prazeroso.

Análise

Eslen Delanogare adota uma abordagem bastante científica para discutir a pornografia, baseando-se em estudos sobre o funcionamento cerebral. Ele trata o tema com seriedade, usando exemplos clínicos e referências a pesquisas sobre dopamina e neuroplasticidade para fundamentar seus argumentos. A apresentação coloca a pornografia no mesmo patamar de outros vícios e explica como o cérebro humano se adapta de forma negativa a comportamentos repetitivos e recompensadores.

O uso constante de pornografia, segundo Eslen, não está apenas relacionado ao prazer sexual, mas também à necessidade de compensar o tédio e a falta de estímulos prazerosos no cotidiano, sugerindo que a facilidade de acesso à pornografia exacerba esse ciclo, criando um problema de saúde mental que afeta o desempenho pessoal e profissional de muitos indivíduos.

Além disso, o vídeo também aborda os desafios no tratamento desse vício, mostrando que a pornografia, por sua natureza acessível e onipresente, torna-se uma fonte constante de tentação e de estímulo para o cérebro, dificultando ainda mais o processo de superação.

O principal argumento de Eslen Delanogare é que a pornografia pode escravizar quanto qualquer droga, e os mecanismos que a tornam viciante são bem documentados em estudos sobre dependência. Se conclui que o tratamento desse tipo de vício por parte do profissional exige uma compreensão profunda dos processos cerebrais e uma abordagem consciente para lidar com a automatização desses comportamentos. Existem também estratégias que o indivíduo pode empregar neste sentido.

Além dos indiscutíveis prejuízos à alma e o que foi discutido no vídeo, existem pontos baseados em observações de estudos e debates sobre o tema que podem complementar o assunto tratado no corte. Alguns foram até debatidos, diga-se de passagem:

  • Alterações nos circuitos de recompensa – A pornografia pode levar a mudanças nos circuitos de recompensa do cérebro, aumentando a necessidade de estímulos mais intensos para obter o mesmo nível de prazer.
  • Dependência – O uso excessivo pode levar à dependência, semelhante a outras formas de vício, onde o indivíduo sente uma necessidade compulsiva de consumir pornografia.
  • Redução da sensibilidade – A exposição frequente pode diminuir a sensibilidade a estímulos sexuais normais, dificultando a obtenção de satisfação em relações reais.
  • Impacto nas relações – Pode prejudicar a intimidade e a satisfação em relacionamentos reais, criando expectativas irreais sobre o sexo.
  • Problemas de saúde mental – Pode estar associada a sentimentos de culpa, vergonha, ansiedade e depressão.

P.S.: este vídeo foi publicado originalmente ao dia 13 de dezembro de 2022.

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