Descrição
Neste fragmento de suas palestras a respeito do seu best-seller 12 Regras para a Vida: Um Antídoto para o Caos publicado originalmente em 22 de março de 2021, o psicanalista clínico e acadêmico canadense Dr. Jordan B. Peterson explica em que homens e mulheres são semelhantes psicologicamente, abordando quociente de inteligência (QI), aptidão para matemática e outras questões relacionadas.
Segundo Peterson, apesar das percepções populares sobre diferenças psicológicas entre homens e mulheres, as pesquisas mostram que as semelhanças são muito maiores do que as diferenças. Estudos sobre personalidade indicam que, em praticamente todos os traços psicológicos, a sobreposição entre os sexos é significativa.
Existem, no entanto, algumas diferenças estatísticas importantes, especialmente quando se observa os extremos da distribuição de certos traços.
QI e a Hipótese da Variabilidade Masculina
Um dos pontos abordados por Peterson é a relação entre inteligência e gênero, afirmando que o QI médio de homens e mulheres é essencialmente o mesmo, mas a distribuição estatística apresenta diferenças:
- A curva de distribuição do QI masculino é mais achatada do que a feminina.
- Isso significa que há mais homens tanto nas faixas de inteligência muito alta quanto nas de inteligência muito baixa.
Essa ideia é conhecida como Hipótese da Variabilidade Masculina, que sugere que os homens têm maior dispersão estatística em relação à inteligência e outras características cognitivas. Esse fenômeno pode explicar, por exemplo, por que há mais homens entre os superdotados, mas também mais homens com dificuldades de aprendizado.
Aptidão para matemática e escolha profissional
A questão do desempenho matemático entre os gêneros também é explorada. Peterson destaca que:
- Meninas e meninos com alto desempenho matemático têm habilidades equivalentes no ensino médio.
- Porém, meninas que se destacam em matemática geralmente também possuem alta aptidão verbal, enquanto meninos tendem a ter aptidão verbal mais baixa.
- Como resultado, as mulheres altamente capacitadas em matemática possuem maior leque de escolhas profissionais, o que pode levá-las a buscar carreiras fora das áreas de STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática).
Essa maior flexibilidade profissional pode ajudar a explicar por que, mesmo em países com alta igualdade de oportunidades, há proporcionalmente menos mulheres escolhendo carreiras em STEM.
Diferenças de personalidade
Peterson também menciona os cinco grandes traços de personalidade (Big Five) e aponta que as maiores diferenças psicológicas entre homens e mulheres aparecem em dois aspectos principais:
- Neuroticismo (negatividade emocional) – Mulheres tendem a pontuar mais alto nesse traço, o que significa que, em média, são mais sensíveis ao estresse e à ansiedade.
- Agradabilidade (tendência a ser cooperativo e empático) – Mulheres também apresentam escores mais altos nesse traço, o que pode influenciar preferências por carreiras mais voltadas ao cuidado e ao relacionamento interpessoal.
Essas diferenças começam a surgir na puberdade, sugerindo que fatores biológicos, como os hormônios sexuais, podem desempenhar um papel fundamental.
Igualdade de oportunidades e escolhas diferentes
Um dos achados mais intrigantes mencionados por Peterson é que quanto mais igualitários são os países, menos mulheres escolhem carreiras em STEM, efeito mais evidente em países escandinavos, onde há maior liberdade para que homens e mulheres sigam suas preferências naturais.
Isso contraria a expectativa de que a igualdade de oportunidades levaria a uma distribuição mais equilibrada entre os sexos em todas as áreas profissionais. Em vez disso, a maior liberdade parece amplificar diferenças de interesse e vocação.
Semelhanças, diferenças e escolhas
A explicação de Peterson reforça que homens e mulheres são, na maioria dos aspectos psicológicos, mais semelhantes do que distintos. Entretanto, as pequenas diferenças nos extremos das distribuições e nas preferências pessoais levam a escolhas de vida distintas.
Esses achados desafiam narrativas simplistas sobre desigualdade de gênero, mostrando que diferenças estatísticas não significam desigualdade forçada, mas sim reflexo de interesses e habilidades variadas.
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- Categorias: Curtos
- Canal: Jordan Peterson
- Marcador(es): Jordan Peterson, Mulheres, Psicologia
- Publicado por: Equipe Direita Realista
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