Sérgio Moro aceita ser ministro da justiça em governo Bolsonaro

Sérgio Moro aceita ser ministro da justiça no futuro governo de Jair Bolsonaro, afirmando que irá se afastar das audiências da Lava Jato, em virtude disto.


Sérgio Moro aceita ser ministro da justiça no futuro governo de Jair Bolsonaro, afirmando que irá se afastar das audiências da Lava Jato, em virtude disto.

O convite foi aceito nesta quinta-feira, confirmado por meio de uma nota divulgada pelo próprio juiz federal, após uma reunião na casa do presidente eleito, na Barra da Tijuca.

Responsável pela operação Lava Jato na 1ª instância, Moro também disse que vai deixar novas audiências para “evitar controvérsias desnecessárias” e que a operação vai continuar em Curitiba, com “valorosos” juízes locais.

A confirmação pode ser vista no Twitter oficial de Jair Bolsonaro:

O magistrado decidiu aceitar o convite do capitão do Exército pela possibilidade de implementar uma “forte agenda anticorrupção e anticrime organizado”.

Bolsonaro já havia anunciado que vai unificar os ministérios da Justiça e da Segurança Pública a partir do ano que vem, e é este superministério que Moro deverá assumir. Com isso, as atribuições que haviam sido separadas pelo presidente Michel Temer voltarão a ficar sob o mesmo guarda-chuva. Entre as atribuições do Ministério da Segurança Pública que ficarão a cargo do ministro da Justiça, estão o comando da Polícia Federal, do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), da Secretaria de Segurança Pública e da Polícia Rodoviária Federal.

Segundo consta, a nota oficial de Sérgio Moro foi a seguinte:

“Fui convidado pelo Sr. Presidente eleito para ser nomeado Ministro da Justiça e da Segurança Pública na próxima gestão. Após reunião pessoal na qual foram discutidas políticas para a pasta, aceitei o honrado convite. Fiz com certo pesar pois terei que abandonar 22 anos de magistratura. No entanto, a perspectiva de implementar uma forte agenda anticorrupção e anticrime organizado, com respeito a Constituição, a lei e aos direitos, levaram-me a tomar esta decisão. Na prática, significa consolidar os avanços contra o crime e a corrupção dos últimos anos e afastar riscos de retrocessos por um bem maior. A Operação Lava Jato seguira em Curitiba com os valorosos juízes locais. De todo modo, para evitar controvérsias desnecessárias, devo desde logo afastar-me de novas audiências. Na próxima semana, concederei entrevista coletiva com maiores detalhes.” Curitiba, 01 de novembro de 2018 – Sergio Fernando Moro

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