Bolívia expulsa delegação diplomática de Maduro (Vídeo)

Segundo o El Mundo, a Bolívia expulsa delegação diplomática de Maduro e fecha a porta para médicos cubanos, além de sair da ALBA (Aliança Bolivariana para os Povos da América) e da Unasul (União das Nações da América do Sul). Acesse aqui a descrição completa.


Descrição

Segundo o El Mundo, a Bolívia recentemente expulsou a delegação diplomática de Maduro e fecha a porta para médicos cubanos, além de sair da ALBA (Aliança Bolivariana para os Povos da América) e da Unasul (União das Nações da América do Sul).

A situação no país ainda parece tumultuada, com pelo menos cinco pessoas morrendo recentemente, aparentemente manifestantes de grupos de cocaleiros, durante tumultos perto da cidade boliviana de Cochabamba, onde houveram sérios confrontos com a Polícia e as Forças Armadas da Bolívia.

Quem faz a leitura e alguns comentários sobre esta notícia foi o Francisco Amado, editor da Revista Calibre, considerando a informação muito boa.

A notícia em texto e traduzida em português segue abaixo:

“A administração provisória de Jeanine Áñez hoje (16/11) concederá um mandato nos próximos dois a três dias à delegação diplomática venezuelana deixe o país andino , enquanto estão acelerando sua retirada da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América ( ALBA), criada por Hugo Chávez e Fidel Castro, e da União Sul-Americana de Nações (Unasul), um cadáver diplomático que mal ‘respira’ nos últimos tempos.

Uma saída precipitada das organizações bolivarianas que ocorre quando o novo governo também prepara uma queixa formal contra Caracas pela suposta participação de quatro venezuelanos nos violentos protestos dos últimos dias.

A briga diplomática com a revolução bolivariana acontece poucas horas depois que o governo de Miguel Díaz-Canel exigiu das novas autoridades da Bolívia a libertação imediata dos quatro cubanos detidos em El Alto, um município próximo à capital. Os quatro, que fazem parte das brigadas médicas no país andino, carregavam duas mochilas com 90.000 bolivianos (11.700 euros), que, em Havana, afirmam ter sido extraídos de um banco para pagar serviços básicos e aluguel dos 107 membros da Brigada Médica que trabalha em El Alto, a segunda cidade do país.

Em vez disso, as forças policiais suspeitaram inicialmente que, com esse dinheiro, pretendiam pagar manifestantes violentos a favor de Evo Morales nesta cidade, que é também uma das grandes fortalezas da revolução indígena. Arturo Murillo, ministro de estado do interior, garantiu à CNN, em suas primeiras declarações, que os cubanos garantiram que seu objetivo era rebater os movimentos sociais na região.

Cuba exige que ‘a integridade física de cada um de seus colaboradores seja garantida de acordo com as responsabilidades adquiridas pelo Estado boliviano’. Também exige que a Polícia verifique na sede da brigada médica que esse número, 90.000 bolivianos, é o usado todos os meses para pagar as despesas da delegação. ‘O Ministério das Relações Exteriores apela às autoridades bolivianas para que interrompam a exacerbação de expressões anticubanas irresponsáveis ​e odiosas, difamações e instigações à violência contra cooperadores cubanos, que deram sua contribuição solidária à saúde daquela cidade irmã boliviana’.

O Ministério das Relações Exteriores da Bolívia disse que, após uma ‘longa conversa’ com Havana, o governo de Diaz-Canel decidiu retirar os 725 funcionários do Caribe estacionados no país andino, principalmente médicos. Seria o segundo abandono maciço depois do Brasil, desde que Jair Bolsonaro assumiu o cargo. O processo de saída já começou, com prazo que se estende até quarta-feira da próxima semana (ou seja, já passou).

Os primeiros encontros do governo provisório boliviano com os grandes aliados de Evo Morales não demoraram a chegar. O reconhecimento mútuo entre Juan Guaidó e Jeanine Áñez avançou na luta com Caracas, que aumentará nas próximas horas, depois de anunciar de La Paz que outros quatro venezuelanos estão entre os presos pelos protestos. Segundo o ministro Murillo, eles foram interceptados com uniformes da polícia venezuelana. ‘Não vamos permitir sedição neste país, não parece certo desestabilizar países com terror’, acrescentou o novo chefe do interior.

Não é a única prisão ‘internacional’. A polícia confirmou que o argentino Facundo Morales, em coma após participar de tumultos e confrontar agentes, possui vários mandados de prisão em outros países  Os comandantes da polícia relacionam os feridos às FARC colombianas.”

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