Guilherme Freire - Decadência das cidades no Brasil

Guilherme Freire sobre a grave decadência das cidades no Brasil, demonstrando que, no passado, a realidade foi bem diferente do caos urbano atual, marcado pela violência, desorganização e arquitetura decadente —, um símbolo de desordem. Acesse aqui a descrição completa.


Classificação: 0 / 5. Votos: 0

Descrição

Nesta live realizada ao dia 18 de junho de 2024, Guilherme Freire comenta sobre a grave decadência das cidades no Brasil, demonstrando que, no passado, a realidade foi bem diferente do caos urbano atual, marcado pela violência, desorganização e arquitetura decadente,

Freire analisa registros históricos e compara imagens antigas e atuais de cidades como Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Brasília e Recife, revelando um declínio acentuado na qualidade de vida urbana. Sua exposição tem o sentido de destacar que as cidades brasileiras — ao contrário do que muitos acreditam —, já foram lugares de ordem, beleza arquitetônica e segurança, mas um conjunto de fatores sociais, culturais e políticos transformou o cenário.

A transformação do Rio de Janeiro: de cidade-modelo a símbolo da decadência

O caso do Rio de Janeiro é um dos mais emblemáticos. Registros dos anos 1930 mostram uma cidade limpa, segura e organizada, onde as pessoas caminhavam tranquilamente pelas ruas, vestiam-se com elegância e interagiam com respeito.

Hoje, a realidade é oposta: a violência tomou conta de várias áreas da cidade; a arquitetura clássica foi substituída por prédios sem identidade e mal conservados; e o espaço público foi degradado, com pichações, lixo e insegurança.

O Rio de Janeiro, que já foi uma inspiração para cidades estrangeiras e até a capital de uma nação européia, tornou-se um símbolo de desordem urbana.

A crise arquitetônica e urbanística

Outro ponto analisado é o declínio arquitetônico e urbanístico. Cidades brasileiras que antes tinham espaços públicos bem planejados e edifícios de grande valor estético foram substituídas por um urbanismo sem identidade. Freire critica a arquitetura moderna predominante, descrevendo-a como “caixas de concreto sem alma”, em contraste com os estilos tradicionais que valorizavam beleza e funcionalidade.

É também ressaltado que a destruição de prédios históricos para dar lugar a construções burocráticas e impessoais reflete uma mentalidade de desprezo pelo patrimônio cultural. Um exemplo marcante disso foi a demolição do Palácio Monroe, um dos marcos arquitetônicos do Rio de Janeiro, para dar lugar a uma área sem qualquer valor estético.

A sociedade mudou junto com as cidades

Não foi apenas a arquitetura que se deteriorou: a postura e os hábitos das pessoas também mudaram drasticamente, e o Guilherme destaca diferenças marcantes no comportamento da população:

  • Postura e vestimenta: antigamente, até os mais humildes se vestiam com elegância e mantinham uma postura ereta e disciplinada. Hoje, a moda tornou-se desleixada e a postura das pessoas reflete um desânimo generalizado.
  • Relacionamento com o espaço urbano: antes, as ruas eram espaços de convivência social e lazer. Agora, tornaram-se lugares hostis, evitados sempre que possível.
  • Respeito à ordem: a disciplina e a organização deram lugar ao caos urbano, com trânsito descontrolado, desrespeito às regras e espaços públicos deteriorados.

O impacto da política na decadência urbana

Freire aponta que essa decadência não aconteceu por acaso, mas foi impulsionada por mudanças políticas e culturais que enfraqueceram valores fundamentais para a manutenção da ordem e da qualidade de vida. Entre os fatores que contribuíram para essa transformação, se destaca:

Esses elementos criaram um ciclo de degradação progressiva, onde a decadência de um aspecto da cidade leva ao colapso de outros setores.

A saída: reconstrução cultural e urbanística

Para reverter esse quadro, Freire propõe uma reconstrução cultural e urbanística baseada nos seguintes pilares:

  1. Resgate da arquitetura tradicional — Restaurar prédios históricos e adotar modelos arquitetônicos que valorizem a identidade e a beleza das cidades.
  2. Ordem e segurança — Políticas que garantam o cumprimento das leis e a recuperação dos espaços públicos.
  3. Valorização dos costumes e da disciplina — Incentivar hábitos que fortaleçam a civilidade e o respeito pelo espaço coletivo.
  4. Descentralização política — Reduzir o poder de burocracias centralizadas e devolver a autonomia para as comunidades locais.

Ainda há esperança para as cidades brasileiras?

Apesar da degradação evidente, Freire acredita que a reconstrução das cidades brasileiras é possível. Para isso, é preciso abandonar o conformismo e rejeitar as narrativas que normalizam o caos urbano.

A transformação começa pela conscientização e pelo desejo de mudança. Se o Brasil já teve cidades limpas, seguras e bem estruturadas no passado, não há razão para aceitar a decadência como um destino inevitável.

Conteúdo relacionado

Mais informações

Disclaimer: exceto quando explicitado na publicação, não temos nenhuma ligação com o conteúdo divulgado ou seu(s) criador(es). É também interessante notar que, apesar do nome do site, nem todo conteúdo publicado aqui pode ser rotulado como "de direita" ou de algo que o valha. Pode ser simplesmente algo interessante e/ou edificante que mereça ser arquivado ou pra realizar um simples registro histórico. Saiba mais sobre o Direita.TV aqui.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *