Olavo de Carvalho – Masturbação mental de Kant e Descartes

Olavo de Carvalho faz uma crítica ao pensamento filosófico de Immanuel Kant e René Descartes. O eu existe e o resto é duvidoso? Este vídeo instigante oferece uma análise crítica dos pilares do pensamento moderno. Acesse aqui a descrição completa.


Classificação: 0 / 5. Votos: 0

Descrição

Olavo de Carvalho (1947-2022) faz uma crítica ao pensamento filosófico de Immanuel Kant e René Descartes, neste trecho que parece ter sido retirado de uma de suas aulas do Seminário de Filosofia.

O eu existe e o resto é duvidoso?

Este vídeo instigante oferece uma análise crítica dos pilares do pensamento moderno e levanta questões fundamentais sobre a maneira como compreendemos a realidade e o conhecimento. Nele, Olavo de Carvalho explora a natureza do pensamento de dois grandes expoentes da filosofia moderna: Immanuel Kant e René Descartes. No clipe fornecido pelo canal Daniel Mota a 9 de março de 2019, o filósofo brasileiro lança críticas contundentes às armadilhas intelectuais que ambos os pensadores estabeleceram para si mesmos, e também para os seus seguidores. A partir de uma análise aprofundada, Olavo argumenta que os métodos filosóficos de Kant e Descartes são essencialmente exercícios de “masturbação mental”, ou seja, reflexões que geram mais confusão do que clareza, afastando o indivíduo da verdadeira percepção da realidade.

As inversões filosóficas de Descartes e Kant

No início do vídeo, Olavo explica como os filósofos, a partir de Kant e Descartes, subverteram o modo como o ser humano lida com o conhecimento e a realidade. Kant, por exemplo, introduziu a ideia de que a percepção humana da realidade é limitada pelas categorias da mente, criando uma barreira entre o mundo real e o que a mente humana pode entender dele. Isso, segundo Olavo, seria uma “inversão da ordem real da experiência”, uma vez que a experiência humana sempre foi baseada na interação direta com o mundo exterior. Descartes, com sua famosa frase “Penso, logo existo”, colocou a dúvida sistemática no centro da filosofia, abrindo um campo vasto para o ceticismo e a introspecção exagerada, o que Olavo também coloca nessa categoria de onanismo intelectual.

A alienação da realidade

De acordo com o exposto, essa ruptura com o mundo exterior, em favor de sistemas fechados de pensamento, é a principal “loucura” de Kant e Descartes. Segundo Olavo, esses filósofos criaram uma realidade artificial, baseada em abstrações verbais, onde o pensamento se distancia cada vez mais da experiência concreta. Para Olavo, tal abordagem não só é intelectualmente insatisfatória, como também prejudica a formação de uma consciência plena da realidade, algo que ele considera essencial para qualquer ser humano.

A densidade do real e a honestidade intelectual

Um ponto-chave levantado por Olavo é a “densidade do real”. Para ele, a filosofia deveria ser uma busca constante pela percepção e aceitação da realidade em sua totalidade. Ao contrário dos exercícios intelectuais promovidos por Kant e Descartes, que alienam o indivíduo do mundo, Olavo defende que a filosofia deveria ajudar o ser humano a estar mais consciente de sua presença no mundo e da densidade da realidade. É nesse sentido que vai critica à desonestidade intelectual dos filósofos modernos, que, segundo ele, fingem entender o que não entendem, ou fingem desconhecer o que sabem.

Kant, Descartes e a confusão psicológica

Olavo também aborda como os métodos introduzidos por Kant e Descartes contribuíram para a confusão que permeia as abordagens psicológicas modernas. Ele aponta que, devido à complexidade crescente dessas teorias, as pessoas perderam a clareza sobre suas próprias ações e pensamentos, algo muito mais simples para as gerações passadas. Segundo Olavo, essa multiplicidade de abordagens psicológicas, ao invés de facilitar o autoconhecimento, cria uma barreira ainda maior entre o indivíduo e a sua própria consciência.

Conclusões sobre a masturbação mental filosófica

Por fim, Olavo conclui que a “masturbação mental” promovida pelos sistemas filosóficos de Kant e Descartes criou uma espécie de prisão intelectual. Em vez de ajudar o ser humano a lidar com os desafios da existência, esses sistemas afundam o indivíduo em uma confusão abstrata, afastando-o da verdade e da realidade concreta. Para Olavo, a filosofia exercida de um modo ordenado deve ser um instrumento de clareza e não um mecanismo de alienação.

Conteúdo relacionado

Mais informações

Disclaimer: exceto quando explicitado na publicação, não temos nenhuma ligação com o conteúdo divulgado ou seu(s) criador(es). É também interessante notar que, apesar do nome do site, nem todo conteúdo publicado aqui pode ser rotulado como "de direita" ou de algo que o valha. Pode ser simplesmente algo interessante e/ou edificante que mereça ser arquivado ou pra realizar um simples registro histórico. Saiba mais sobre o Direita.TV aqui.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *