Descrição
Neste trecho de uma de suas palestras datada de 18 de julho de 2017, o psicólogo e professor canadense Dr. Jordan B. Peterson dá um conselho para a vida e o desenvolvimento pessoal: pare de dizer coisas que te tornam fraco! Daí, vem a pergunta: será que após você fazer isso, lhe restará algo a dizer?
Em suma, o clipe explora a importância de alinhamento interno, autenticidade e o compromisso de evitar palavras que nos distanciem da verdade. Esse conselho nos leva a refletir sobre o que realmente resta a ser dito quando deixamos de lado o discurso superficial e nos concentramos no que é autêntico e significativo.
A observação interna e o surgimento de um “eu” crítico
Peterson descreve uma experiência pessoal que o levou a perceber a fragmentação em sua própria maneira de falar e pensar depois que começou a notar duas partes em si mesmo: uma ativa que argumentava, discutia e verbalizava ideias com entusiasmo; e outra observadora e crítica, que questionava a autenticidade do que dizia.
“Um lado meu gostava de falar e de argumentar, mas a outra parte apenas observava, neutralmente, e dizia: ‘Você realmente acredita nisso?’.”
Esse “eu crítico” se tornou um filtro para Peterson, ajudando-o a identificar quando falava apenas por hábito ou para impressionar, em vez de expressar algo verdadeiro. Esse processo de autocrítica é descrito como um exercício profundo de introspecção que desafiou sua noção de autenticidade e o fez se perguntar qual dessas partes realmente representava quem ele era.
O compromisso de não dizer o que o enfraquece
Decidido a seguir o “eu crítico,” Peterson adotou uma nova prática: evitar dizer qualquer coisa que o fizesse sentir-se fraco, o que lhe exigiu uma mudança radical, pois descobriu que precisava eliminar 95% do que costumava dizer.
- Palavras que alinham e fortalecem: Peterson destaca que, ao dizer coisas que estão em desacordo com nossa verdade interior, sentimos uma sensação de fragmentação, enquanto palavras que emergem da honestidade e do alinhamento fortalecem e solidificam o próprio ser.
- A “coerência” de Carl Rogers: o psicólogo menciona a influência do psicólogo Carl Rogers, que defendia a saúde mental como a coerência entre o eu abstrato e o eu físico, união descrita como um tipo de alinhamento psicológico, onde palavras e ações não causam conflito interno.
Esse compromisso com a verdade e a coerência é um processo gradual e desafiador que de acordo com Jordan traz uma sensação de fortalecimento e unidade.
O conceito de “madeira morta” e o processo de purificação
Ao longo de meses, Peterson percebeu que grande parte do que ele dizia era “madeira morta,” ou seja, palavras sem propósito real ou que não refletiam verdadeiramente seu ser interior. Ao eliminar essas palavras e pensamentos superficiais, experimentou um processo de purificação, comparável ao ato de queimar madeira morta para abrir espaço para o que é sólido e genuíno.
“É um choque perceber que 95% do que você diz é madeira morta…mas talvez você queira que isso aconteça para que o que reste seja autêntico.”
Esse processo é comparado a uma espécie de “fogo purificador,” onde a autenticidade e a substância pessoal surgem à medida que o desnecessário é removido. Assim, esse “5%” restante, embora aparentemente pequeno, representa um núcleo de verdade e de força, o qual vale a pena preservar.
Alinhamento como um princípio para uma vida plena
Peterson sugere que o alinhamento interno não é apenas uma técnica de comunicação, mas um princípio para uma vida íntegra e plena. Quando nossas palavras estão em sintonia com nossos valores mais profundos, experimentamos uma sensação de coerência e paz interior.
- Autenticidade e força: palavras que refletem a verdade não apenas nos tornam mais fortes, mas também nos conectam de maneira genuína com os outros. O alinhamento proporciona um senso de segurança e solidez que impede que sejamos facilmente abalados.
- Impacto no desenvolvimento pessoal: ao praticar o alinhamento entre pensamentos e palavras, passamos a viver de acordo com um princípio de responsabilidade com a própria verdade, eliminando padrões de autoengano e abrindo espaço para um autodesenvolvimento mais autêntico.
Esse alinhamento com a própria verdade se torna, então, um dos pilares do desenvolvimento pessoal, em que não apenas eliminamos o superficial, como também fortalecemos o que realmente importa.
O impacto de um discurso autêntico
A exposição de Jordan Peterson investiga a importância de um discurso verdadeiro e autêntico, o que seria promovido ao eliminar palavras que nos enfraquecem, numa direção de buscar um alinhamento com nossa própria essência. Esse exercício de autoconsciência não apenas fortalece o caráter, mas nos leva a viver uma vida de integridade e propósito.
Em última análise, o que resta a dizer, segundo Peterson, é aquilo que verdadeiramente fortalece e reflete nosso eu mais profundo, uma prática de autoconhecimento e de compromisso com a verdade pessoal.
P.S.: este vídeo foi traduzido e legendado em português brasileiro pelo canal Jordan Peterson Legendado e publicado, originalmente e nesta versão PT-BR, em 15 de setembro de 2018. Já a palestra completa (sem legendas) é a “Lecture: Biblical Series VII: Walking with God: Noah and the Flood“.
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Mais informações
- Duração: 03:32
- Visualizações: 63
- Categorias: Curtos
- Canais: Jordan Peterson Legendado, Jordan Peterson
- Marcador(es): Desenvolvimento pessoal, Jordan Peterson, Psicologia
- Publicado por: Equipe Direita Realista
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