Descrição
Lançado em 2011 por mif2000 como um jogo gratuito para navegadores (em Flash), Running Men é um quebra-cabeças que propõe uma experiência desconcertante: você assume o papel de um gerente em treinamento dentro de uma mega corporação global, conduzindo experimentos de “desenvolvimento profissional” em cobaias humanas. Sim, cobaias. Sim, humanas.
Por trás de uma estética minimalista e aparentemente inofensiva, Running Men remete ao metacapitalismo e às engrenagens frias de globalistas, seus mecanismos de controle. O jogo não se limita a ser um quebra-cabeças com boas ideias, mas esbarra em temas como engenharia social, despersonalização e o esvaziamento moral.
Trata-se de um game que insinua — sem dizer — que por trás da lógica da eficiência e do progresso, pode haver algo perverso: uma visão de mundo onde o ser humano é apenas um recurso descartável, uma estatística a ser manipulada.
O título remete, inevitavelmente, ao The Running Man (1987) — O Sobrevivente, no Brasil — a adaptação de um romance do autor americano Stephen King na forma de um filme de onde prisioneiros participam de um game show mortal transmitido como entretenimento para as massas. Embora sejam obras bem distintas, em ambos os casos, o que está em jogo em The Running Man e Running Men é a espetacularização da violência e a redução do indivíduo a peça de um sistema que se alimenta de submissão e obediência. Neste videogame, essa crítica é conduzida de forma silenciosa, perturbadora — e absurdamente eficaz.
Em suma, Running Men tenta propor uma questão do tipo: e se boa parte das estruturas que aceitamos como “normais” forem, na verdade, apenas versões mais polidas de um sistema distópico em andamento?
Para quem se interessar por essas temáticas, a leitura de Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley, é quase obrigatória. Publicado em 1932, o livro antecipa com precisão inquietante um mundo em que o controle social não se dá pela repressão, mas pelo condicionamento e pelo conforto. Diferente da brutalidade de regimes autoritários, Huxley nos apresenta uma distopia onde todos “escolhem” ser submissos — e isso, talvez, seja ainda mais perturbador.
Instruções
- O mouse controla tudo neste game.
- Este jogo deve ser adequado apenas para desktop.
Informações e conteúdo relacionado
Mais informações
- Categorias: Jogos
- Autor e/ou editor: mif2000
- Marcador(es): Games, Globalismo
- Publicado por: Direita Realista
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