Vidas comuns na Coreia do Norte: nada a invejar

Vídeo do L de Liberdade sobre "Nada a Invejar: Vidas Comuns na Coreia do Norte", o livro escrito por Barbara Demick, fruto de entrevistas com desertores, que retrata como realmente é a existência dos cidadãos daquele lugar. Acesse aqui a descrição completa.


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Descrição

Este vídeo do canal L de Liberdade originalmente publicado em 19 de setembro de 2023 comenta sobre Nada a Invejar: Vidas Comuns na Coreia do Norte, um livro escrito por Barbara Demick, que retrata como realmente é a existência dos cidadãos daquele lugar, mostrando um quadro bem distinto daqueles apresentados por maconheiros e outros dementes sabujos de comunistas.

A obra, fruto de entrevistas com desertores norte-coreanos, revela com crueza a realidade de um dos regimes mais fechados e opressores do planeta, com uma narrativa que não apenas desmonta a propaganda oficial dos parasitas que tiranizam o local, como também escancara o grau de alienação e sofrimento vivido por seu povo, submetido a um controle totalitário e à miséria institucionalizada. Para quem ainda insiste em ver virtudes no socialismo, este livro é um tapa de realidade.

O livro e sua autora

Barbara Demick foi correspondente do Los Angeles Times e cobriu intensamente a Coreia do Norte, com Nada a Invejar sendo um resultado de uma longa apuração jornalística, baseada em histórias reais de cidadãos comuns que conseguiram escapar do país. A expressão que dá título ao livro (“nada a invejar”) é extraída de uma canção patriótica norte-coreana e representa a mensagem oficial de que o país é autossuficiente e feliz — ainda que seus cidadãos morram de fome e sejam agredidos das formas mais cruéis e insanas possíveis.

Demick, com uma abordagem humana e sensível, mostra como a propaganda se infiltra em todos os aspectos da vida e como o regime conseguiu convencer milhões de que vivem em um paraíso socialista — onde por “paraíso” leia-se buraco infernal onde falta o mais minimamente básico para a sobrevivência.

Propaganda e alienação

O conteúdo do vídeo ressalta o grau extremo de isolamento imposto à população, afirmando que na Coreia do Norte, as pessoas não têm acesso à internet, rádio ou qualquer veículo de informação que não seja controlado pelo governo. Uma criança de 5 anos no ocidente tem acesso a mais informação do que um adulto médio em Pyongyang.

A lógica é simples: se o cidadão acredita que o mundo lá fora é pior, não tem motivos para fugir. O controle da percepção é a principal barreira à liberdade neste local.

A Sra. Song: fé cega no regime

Entre as várias histórias relatadas no livro, a do drama vivido pela Sra. Song se destaca. Filha de um alto funcionário do governo, cresceu acreditando piamente no regime. Limpava com devoção os retratos dos líderes, não por medo, mas por amor sincero àqueles que julgava seus salvadores. Mesmo durante a “Marcha Árdua” — período de fome devastadora entre 1994 e 1998 — manteve sua fé no regime intacta, mesmo depois de perder o marido e um filho.

Com o tempo, passou a quebrar a lei para sobreviver, vendendo grãos ilegalmente e, mais tarde, biscoitos. Ainda assim, persistia em sua crença, tornando-se um retrato da alienação perfeita: uma mulher devota a um sistema que literalmente destruiu sua família.

Oak-hee: a filha rebelde

Em contraste com a mãe, Oak-hee sempre foi rebelde. Considerada pela Sra. Song como “uma individualista sem espírito coletivo”, enfrentou um casamento forçado com um militar agressivo e infiel, mas, em busca de liberdade, fugiu para a China, onde foi vendida como esposa, deportada de volta, e aprisionada em campo de trabalhos forçados.

Mesmo assim, manteve o desejo de escapar do regime. Foi ela quem, finalmente, preparou secretamente a fuga da mãe — que só percebeu que estava desertando quando já havia atravessado a fronteira.

O choque de realidade

Quando chegou à China, que apesar de seu regime ditatorial inútil e detestável ainda mantém um arremedo de capitalismo, a Sra. Song se deparou com algo impensável: fartura de comida, utensílios eletrônicos e liberdade, mas mesmo assim, demorou a aceitar a nova realidade. Chegou a gritar com a filha ao telefone: “Sua traidora! Você não é mais minha filha”.

Mas a exposição à vida real fora do regime, a convivência com a abundância e com as novelas sul-coreanas, lentamente a despertaram, e a mulher que jamais duvidou dos Kim, finalmente, aos 57 anos, compreendeu que havia sido enganada durante toda a vida.

O trauma da liberdade

O vídeo aponta um aspecto fundamental: sair da Coreia do Norte não é apenas cruzar uma fronteira geográfica — é também um trauma psicológico. Muitos refugiados, como a Sra. Song, ficam desnorteados diante da liberdade. Depois de uma vida toda sendo guiados e controlados pelo estado, a simples tarefa de escolher uma roupa ou decidir o que comer pode se tornar paralisante.

A transição do totalitarismo para o livre-arbítrio exige reaprender a viver — algo que muitos só conseguem com ajuda.

Um alerta aos ingênuos

O comunismo é uma fábrica de miséria, mentiras e escravidão, e quem defende regimes como o da Coreia do Norte, mesmo sob o pretexto de “justiça social”, age por ignorância, cinismo ou má-fé. Ou tudo junto. E quando alguém disser que “isso não foi socialismo de verdade”, talvez precise de uma leitura urgente de Nada a Invejar.

O vídeo também recomenda a obra a quem ainda ainda acha que há algo a aprender com ditaduras comunistas e àqueles que já sabem que a liberdade é um valor inegociável e precisa de mandar algo contundente pra quem precisa acordar.

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