Fallout não é longe da realidade

A franquia Fallout, iniciada em 1997 com o videogame Fallout: A Post Nuclear Role Playing Game, não é longe da realidade. Segundo este vídeo, apesar de ser uma ficção, Fallout possui paralelos notáveis com eventos históricos e tendências contemporâneas. Acesse aqui a descrição completa.


Descrição

Este vídeo do canal Visão Libertária, parte da rede ANCAP.SU, busca demonstrar que a franquia Fallout, iniciada em 1997 com o videogame Fallout: A Post Nuclear Role Playing Game, não é longe da realidade, fazendo uma análise interessante deste universo pós-apocalíptico e suas conexões com o mundo real.

A série Fallout, criada por Tim Cain e pertencente à firma Bethesda desde 2008, é uma das mais icônicas no gênero de RPG pós-apocalíptico para PCs. Desde seu lançamento, a franquia construiu um vasto e complexo universo, explorando cenários e histórias que refletem tanto o medo quanto a fascinação com o apocalipse nuclear. Mas será que a visão distópica de Fallout está tão longe da nossa realidade? Segundo o vídeo, apesar de ser uma ficção, a série possui paralelos notáveis com eventos históricos e tendências contemporâneas.

De forma resumida, seguem os principais tópicos abordados neste vídeo:

A Guerra Fria e o apocalipse nuclear

O enredo de Fallout se baseia em um mundo que começa a se desintegrar na era da Guerra Fria entre os Estados Unidos e a União Soviética. Em um cenário alternativo onde a corrida nuclear e espacial dos anos 50 leva a avanços tecnológicos extremos, mas também a uma crescente tensão global, Fallout ilustra como o medo de uma catástrofe nuclear pode moldar a história. Neste universo, essa corrida culmina em uma série de eventos que resultam em um apocalipse nuclear devastador, onde a União Europeia e os americanos se envolvem em uma guerra que resulta em uma troca de bombas nucleares que dizima as principais cidades e governos.

O papel do Estado e da economia no apocalipse

No jogo, a ineficiência estatal e a má gestão de recursos são temas centrais. À medida que os Estados Unidos enfrentam escassez de recursos e uma dependência exacerbada dos combustíveis fósseis, o governo se torna um agente opressor e corrupto (ainda mais, né?), o que leva à anexação do Canadá e a uma série de conflitos internacionais. Os jogos, especialmente os primeiros, refletem a crítica ao gerenciamento estatal e à corrupção, que são problemas frequentemente discutidos em contextos políticos e econômicos reais.

A sobrevivência e o comércio no deserto pós-nuclear

Após o apocalipse, a América do Norte no universo de Fallout é um deserto radioativo povoado por mutantes e facções violentas. Os sobreviventes dependem de comércio rudimentar e da força para garantir sua sobrevivência. O uso de tampas de refrigerante como moeda e a sobrevivência através de trocas básicas são reflexos de como sociedades em colapso podem evoluir para sistemas econômicos alternativos em resposta à escassez de recursos.

Experimentos e o Enclave

Os bunkers da Vault-Tec, projetados para serem refúgios seguros, na verdade revelam intenções sombrias, como experimentos de controle social e seleção de humanos para a colonização espacial. Este conceito ecoa preocupações reais sobre a manipulação e o controle por parte de elites e a possibilidade de que projetos aparentemente altruístas possam ter agendas ocultas.

E interessante que mais ou menos recentemente, Tim Cain, cocriador da série Fallout, revelo uma teoria perturbadora sobre os Vaults do jogo. Segundo ele, Vault-Tec não construiu os 1.000 Vaults planejados, e muitos dos que foram construídos eram de qualidade inferior, sugerindo também que a Vault-Tec usou os Vaults não para proteger a população, mas como laboratórios para experimentos sociais e biológicos. A teoria aponta que, como a empresa não conseguiu cumprir o contrato e construir todos os Vaults, recorreu a manipular e examinar o comportamento humano nas estruturas já existentes. Isso se alinha com a representação dos Vaults na série como locais de experimentação sinistra e também em como o estado sempre estabelece relações espúrias com grandes corporações não apenas em obras superfaturadas, mas também para projetos ainda mais diabólicos.

Conclusão

Embora Fallout seja uma obra de ficção, os temas abordados na série não são totalmente distantes da realidade. A crítica ao estado, a gestão de recursos e as consequências de um apocalipse nuclear têm ressonâncias com os desafios e preocupações reais que enfrentamos. A franquia, com seu cenário rico e complexo, serve como uma lente através da qual podemos examinar e refletir sobre nossas próprias realidades e o potencial impacto de nossas escolhas atuais.

A série Fallout continua a capturar a imaginação dos jogadores, oferecendo uma visão sombria e, às vezes, alarmante sobre o futuro. Mas, como qualquer boa ficção, também oferece uma reflexão profunda sobre o mundo em que vivemos.


P.S.: vídeo publicado originalmente em 6 de março de 2024.

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