Olavo de Carvalho comenta sobre o movimento antipsiquiatria

Olavo de Carvalho comenta sobre o movimento antipsiquiatria, ou antimanicomial, citando Ferreira Goulart e denunciando elementos que deixam explícitas a irresponsabilidade disso e suas ligações com o esquerdismo. Acesse aqui a descrição completa.


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Descrição

Neste corte, Olavo de Carvalho (1947-2022) comenta sobre o movimento antipsiquiatria, ou antimanicomial, e suas consequências sociais. Este trecho parece ser de alguma das suas aulas do Seminário de Filosofia, provavelmente a 16ª.

Citando inclusive Ferreira Goulart, o filósofo brasileiro aponta alguns elementos que deixam explícita a irresponsabilidade deste movimento, o qual surgiu como parte da revolução cultural e para gerar caos na sociedade.

Olavo não deixa de citar como o aparato dos hospícios era (ou é) utilizado pelos governos comunistas para se livrar de opositores e que nisto está a origem destes movimentos. Ele também fala que isto não é o normal e, portanto, não justificaria colocar em risco a família e o próprio doente, colocando pessoas com transtornos mentais que podem se tornar violentos e perigosos simplesmente por causa disto.

Resumo e análise do vídeo

No vídeo, Olavo de Carvalho discute as origens e as consequências do movimento que se opõe às práticas psiquiátricas tradicionais, especialmente à internação de doentes mentais. Segundo Olavo, o movimento foi impulsionado por uma perspectiva ideológica que visava enfraquecer estruturas sociais e, em última análise, promover o caos.

A psiquiatria como aparato repressivo

Olavo expõe a ideia de que o movimento antipsiquiátrico foi fortemente influenciado por intelectuais marxistas como Franco Basaglia, cujo pensamento estava enraizado em uma crítica à psiquiatria como parte de um aparato repressivo do estado. A visão de Basaglia, de que as internações eram usadas como ferramenta para isolar indivíduos indesejados pela sociedade, foi uma das principais motivações para o movimento que ganhou força principalmente na Europa e nos Estados Unidos durante o século XX.

A crítica de foca no fato de que, ao colocar essa narrativa em prática, o movimento desconsidera a realidade das doenças mentais graves, como a esquizofrenia, e seus impactos devastadores sobre as famílias. Ele cita o caso do poeta Ferreira Gullar, que enfrentou sérios desafios ao tentar cuidar de filhos esquizofrênicos em casa, argumentando que não há como lidar de maneira eficaz com essas condições sem a estrutura adequada de internação.

O caos gerado pela desinstitucionalização

Olavo de Carvalho é incisivo ao apontar que a desinstitucionalização — o processo de remover pacientes dos hospitais psiquiátricos e devolvê-los para suas famílias — criou, em muitos casos, caos social. Ao invés de resolver o problema dos doentes mentais, essa abordagem, segundo ele, apenas deslocou o fardo para as famílias, que muitas vezes não têm condições de lidar com as complexidades da doença mental grave.

O filósofo ressalta que esse movimento não surgiu por motivos científicos, mas como parte de uma estratégia maior de guerra cultural, argumentando que o movimento antimanicomial foi uma peça fundamental dentro de uma revolução cultural mais ampla, promovida por forças que desejavam desestabilizar a ordem social e política.

A influência comunista no movimento antipsiquiátrico

A crítica de Olavo vai além da questão social e atinge o campo político, apontando que figuras como Basaglia eram agentes ligados ao comunismo e que sua agenda era, em última instância, desestabilizar o Ocidente por meio do caos gerado pela inadequação no tratamento de doenças mentais. Ele alerta que movimentos semelhantes, muitas vezes oriundos de pensadores comunistas, também foram responsáveis por políticas desastrosas em outras áreas sociais, como o narcotráfico e o aumento da violência urbana.

Olavo defende que, ao contrário da visão utópica promovida pelos defensores do movimento antimanicomial, as internações são necessárias em casos graves. Ele aponta que o sofrimento de famílias que tentam lidar com doentes mentais sem o apoio adequado leva a tragédias, como episódios de violência doméstica e até homicídios.

Conclusão

Esta análise de Olavo de Carvalho sobre o movimento antipsiquiátrico é uma crítica contundente às suas bases ideológicas e aos seus resultados práticos. Ele argumenta que esse movimento, ao se afastar de uma abordagem objetiva para lidar com a doença mental, gerou mais danos do que benefícios à sociedade. Para Olavo, a psiquiatria, quando praticada de maneira ética e científica, é uma ferramenta necessária para o bem-estar social, enquanto o movimento que a ataca é parte de uma estratégia maior de subversão e caos.


P.S.: esse vídeo foi clipado e publicado originalmente pelo canal Daniel Mota.

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