Descrição
Publicado originalmente a 23 de janeiro de 2024, este vídeo do canal L de Liberdade discorre sobre para o que realmente serve o sindicalismo, algo aparentemente inútil, mas que desgraçadamente assola em maior ou menor grau praticamente todas categorias de trabalhadores brasileiros.
Segundo o vídeo, o nosso querido Brasil tem 16.431 sindicatos, fora as confederações, federações e centrais sindicais e, se existe algo que sustenta o Leviatã no poder, esse algo com certeza passa por esses antros, definidos pelo narrador como “a ponta da chibata que açoita os trabalhadores sob a justificativa de protegê-los”.
Não é que a existência dos sindicatos per se seja ruim, mas, no Brasil, um estado sindicalista por excelência (o que é muito mau), estes servem apenas como um criadouro de políticos esquerdosos. A exposição promete explicar um pouco mais sobre como funciona esse sistema nefasto.
Um número absurdo de sindicatos
Os primeiros sindicatos do mundo apareceram na Europa, mas, mesmo lá, apesar do grande poder que conquistaram, não encontraram um terreno tão fértil quanto no Brasil. Para efeito de comparação, o Reino Unido possui 168 sindicatos, o que representa um sindicato para aproximadamente 400.000 pessoas. Já no Brasil, há um sindicato para cada 13.000 habitantes.
Historicamente, os sindicatos surgiram no final do século XIX, quando operários migrantes se uniram para defender seus interesses, pois, naquela época, a mão de obra era farta, a automação ainda estava em seus primórdios e os trabalhadores eram facilmente substituíveis. Com o passar dos anos e a sofisticação dos postos de trabalho, a relação entre empregado e empregador se transformou radicalmente, até chegando ao quadro atual, onde mercado está mais especializado, e os mais qualificados têm maior poder de negociação individual.
Não à toa, surgiram diversos benefícios que vão muito além do salário: vale-academia, crédito para férias, planos de saúde, vale-manicure, entre outras “esquisitices”, e nada disso é fruto da pressão sindical.
O que os sindicatos fazem, então?
Simples: nivelam os empregados conforme seus interesses, muitas vezes agindo como verdadeiras máfias ou “feudos” concentradores de poder, de onde saem figuras como Maria do Rosário (apoiada pelo sindicato dos professores), pinguços (Metalúrgicos), Paulinho da Força, entre outros.
Os sindicatos negociam reajustes salariais anuais por meio de convenções coletivas, mas os bastidores dessas negociações são, no mínimo, nebulosos. O narrador do vídeo relata já ter presenciado negociações fechadas com “distribuição de vinhos importados” para a diretoria sindical, e também há relatos de exigências de que uma unidade da cesta básica dos trabalhadores seja entregue à sede do sindicato para “avaliar a qualidade” dos produtos fornecidos.
Além disso, muitas convenções prejudicam os trabalhadores em vez de protegê-los. Por exemplo, um sindicato de comerciários de uma estância turística proíbe o funcionamento do comércio em datas comemorativas, impedindo os comerciários de faturar com o fluxo de turistas, o que é uma burrice de nível satânico.
Sindicalismo: apenas um esquema de poder
Outro problema são as contribuições compulsórias, que muitas vezes os trabalhadores têm dificuldade de recusar. Recentemente, enormes filas se formaram em São Paulo com trabalhadores da saúde tentando entregar cartas de recusa de contribuições impostas em acordo coletivo. Um antro desses aí chegou a lançar um disque-denúncia para relatar casos de “coerção” para que os trabalhadores não entregassem tais cartas!
Casos de corrupção, festas regadas a bebidas, jogatinas e até tiroteios em eleições sindicais são comuns. Em 2012, por exemplo, a eleição do sindicato dos motoristas de São Paulo terminou em tiroteio — e não foi a única vez que isso aconteceu. O pior é que isso não é nem a coisa mais perniciosa que acontece nesses covis de vilania.
Na prática, os sindicatos disputam entre si a representação de certas categorias apenas pelo direito de arrecadar contribuições. Quando um RH entra em contato com sindicatos para saber qual deles representa um determinado grupo de trabalhadores, por exemplo, muitas vezes termina o dia com vários sindicatos exigindo o direito de representação (e, claro, dos repasses financeiros).
Existe saída?
O vídeo encerra reforçando que, enquanto libertários, não são contra a associação voluntária de trabalhadores e que o problema está na obrigatoriedade da vinculação sindical, que cria um sistema injusto e voltado apenas para os interesses dos próprios sindicalistas. Atualmente, muitos trabalhadores já conseguem negociar melhores condições individualmente e, se pudessem se organizar sem obrigação, poderiam conseguir ainda mais.
A pergunta que fica é: se os sindicatos realmente fossem benéficos para os trabalhadores, por que precisariam ser obrigatórios? Bom, no Brasil, o primeiro passo seria exorcizá-los, inclusive literalmente.
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- Duração: 10:20
- Visualizações: 2
- Categorias: Comentários
- Canal: L de Liberdade
- Marcador(es): Estatismo, Socialismo
- Publicado por: Equipe Direita Realista
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