Adolfo Sachsida – CPMF: um imposto ruim com fama de bom

Adolfo Sachsida, explica os motivos pelo qual a CPMF, é um péssimo tipo de imposto, embora tenha fama de bom. Impostos como a CPMF, não são apenas imorais, mas extremamente prejudiciais.


O pós-doutor em Ciências Econômicas, Adolfo Sachsida, explica os motivos pelo qual a CPMF, a famigerada Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras, é um péssimo imposto, embora tenha fama de bom para alguns (idiotas).

Num país que precisa de produzir urgentemente a fim de gerar renda e empregos, impostos sobre transações financeiras que distorcem demais a atividade econômica e punem severamente produtos com longas cadeias de produção. Ou seja, agressões a CPMF, não são apenas imorais e antiéticas, mas extremamente prejudiciais.

Não apenas a classe média será a mais prejudicada com tal imposto, mas como os mais ricos terão mais condições de escapar a mais esta agressão estatal.

Poucas ideias são tão ruins que não possam ser pioradas. Infelizmente, o sistema tributário brasileiro não é exceção à regra. Isto é, por pior que seja a estrutura tributária brasileira, ainda é possível piorá-la”. Assim o atual secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, escreveu um livro em que critica a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), em 2017. A parte que trata mais especificamente este assunto no paper é o capítulo 8.

Sachsida é um dos principais nomes da equipe do ministro da economia, Paulo Guedes. Ele também defende a simplificação de tributos e apresenta no vídeo abaixo, resumidamente, os principais pontos do livro Tributação no Brasil: estudos, ideias e propostas:

De acordo com este link do IPEA, o Brasil possui, hoje, mais de 90 formas de tributação. Sachsida lembra que, apesar de já existirem muitos tributos, discute-se no Congresso Nacional a criação de mais dois impostos: sobre movimentação financeira e sobre grandes fortunas. Para o pesquisador, “o Brasil já tem tributo demais e o nosso problema não é (criação) de imposto, e sim gastar de uma maneira mais eficiente”. Por isso, o organizador do livro defende a necessidade de uma reforma tributária. “Acredito que é muito difícil fazer uma grande reforma, mas pequenas mudanças podem gerar grandes resultados como, por exemplo, simplificar a tributação”, ressaltou.

Outro ponto enfatizado pelo pesquisador é a questão do imposto sobre grandes fortunas. Segundo ele, isso não resolverá o problema do país, pois a carga tributária acabaria recaindo sobre a classe média e não sobre os milionários e bilionários. “Quando você olha a arrecadação desse imposto – em outros países –, ela é muita baixa”, finalizou.

Além disto, em seu excelente livro, Considerações Econômicas, Sociais, e Morais sobre a Tributação, Adolfo demonstra que impostos geralmente recaem mais pesadamente nas classes médias e baixas da população, é um erro acreditar que impostos como a CPMF (ou mesmo o imposto sobre grandes fortunas) será pago apenas pelos ricos. Além disso, o livro explora a falta de justificativas morais para se tributar mais as pessoas que têm mais sucesso. Por que uma pessoa que trabalha 15 horas por dia deveria pagar mais imposto do que alguém que trabalha apenas 6 horas? Por que uma pessoa que passa o final de semana trabalhando deveria pagar mais impostos do que alguém que gasta seus finais de semana jogando bola e indo ao cinema? O Brasil precisa urgentemente parar de tributar o sucesso. Sachsida fala mais sobre isto e esta sua obra nesta entrevista cedida ao Instituto Liberal.

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