Descrição
Neste vídeo originalmente publicado a 24 de dezembro de 2020, o professor de filosofia Guilherme Freire explica e detalha brevemente a origem dos símbolos do Natal, como o Presépio, a Árvore de Natal, os sinos, as luzes e o Papai Noel.
A exposição é muitíssimo interessante, mostrando como cada elemento carrega uma rica tradição e um valor simbólico que transcende o tempo, ajudando-nos a compreender melhor o verdadeiro sentido dessa celebração.
O presépio: microcosmo da realidade divina
Guilherme Freire descreve o presépio como o mais poderoso dos símbolos natalinos, pois representa o nascimento de Cristo, o centro de toda a criação. Nele, vemos refletida a ordem hierárquica do universo:
- Os Reis Magos, simbolizando os pagãos que se ajoelham diante do Messias.
- Os pastores, representando os cidadãos comuns.
- Os anjos, louvando o Salvador.
- Os animais, reconhecendo sua submissão ao Criador.
No centro, a Sagrada Família: Maria, mãe do Salvador, imaculada e centralizada no presépio; São José, protetor e condutor da família, descendente de Davi; e, claro, o Menino Jesus, Alfa e Ômega, começo e fim de todas as coisas.
Os presentes dos Reis Magos – ouro, incenso e mirra – são carregados de significados: a realeza de Cristo, a elevação espiritual e a unção que remete ao sacrifício redentor.
A árvore de Natal e suas raízes históricas
A árvore de Natal, uma versão mais atenuada do presépio, também carrega simbolismo profundo. Com origem na Livônia medieval e na Alemanha de São Bonifácio, simboliza a eternidade e a ordem divina. Sua forma triangular remete à Trindade, e a estrela no topo lembra a Estrela de Belém, que guiou os Magos.
Na base, os presentes reforçam a ideia de potencialidade e generosidade, conectando-se tanto à Sagrada Família quanto à tradição de São Nicolau, o próximo símbolo discutido.
São Nicolau e a verdadeira história do Papai Noel
São Nicolau, bispo de Mira, é a origem do Papai Noel. Conhecido por sua caridade e defesa da fé, é lembrado por salvar três mulheres da miséria e da perspectiva de uma vida escandalosa, oferecendo-lhes ouro como dote, e por resgatar marinheiros em perigo.
Freire explica como a figura de São Nicolau foi transformada ao longo do tempo, perdendo muito de seu simbolismo original, mas ainda carregando a essência da generosidade e do cuidado pelos necessitados.
Os sinos e as luzes: anunciadores da Redenção
Os sinos, presentes em tantas celebrações natalinas, têm um papel especial: anunciar a chegada de Cristo e guiar os fiéis à oração. Desde o som que marca a consagração na missa até o chamado para o Ângelus, eles simbolizam o Evangelho como um anúncio de salvação.
As luzes de Natal, por sua vez, representam a vitória da luz sobre as trevas. Freire cita Bento XVI, que descreve a luz como um sinal da verdade e da presença divina. Acender velas ou decorar a casa com luzes é um lembrete do nascimento de Cristo, o Sol nascente que ilumina o caminho para a Redenção.
Reflexões sobre o Natal
Mais do que um tempo de festas e presentes, o Natal é a celebração do maior ato de humildade: Deus se fez homem, nascendo em uma manjedoura, gesto que nos chama a refletir sobre nossa própria dureza de coração, que muitas vezes não deixa espaço para o Salvador.
Freire conclui convidando os espectadores a celebrarem o Natal com significado: trocando presentes em comunhão, colocando a estrela no topo da árvore e reunindo a família em torno do verdadeiro motivo da festa – o nascimento do Messias.
Guilherme Freire é um professor, mestre, palestrante e conferencista em filosofia. Dentre outras ocupações, além da publicação de conteúdos interessantes como esse e os cursos que atualmente ministra, já atuou nas esferas federal e estadual da educação e planejamento.
Mais Natal
Mais informações
- Duração: 13:51
- Visualizações: 55
- Categorias: Comentários
- Canal: Guilherme Freire
- Marcador(es): Cristianismo, Guilherme Freire, Natal, São Nicolau de Mira, Simbologia
- Publicado por: Equipe Direita Realista
Disclaimer: exceto quando explicitado na publicação, não temos nenhuma ligação com o conteúdo divulgado ou seu(s) criador(es). É também interessante notar que, apesar do nome do site, nem todo conteúdo publicado aqui pode ser rotulado como "de direita" ou de algo que o valha. Pode ser simplesmente algo interessante e/ou edificante que mereça ser arquivado ou pra realizar um simples registro histórico. Saiba mais sobre o Direita.TV aqui.