Descrição
Neste vídeo, o finado e saudoso professor e economista brasileiro José Monir Nasser (1957 – 2013) explica, em poucos minutos e com incrível raciocínio lógico e organizado, o que é o politicamente correto, expondo como o objetivo fundamental disso é aumentar ainda mais o poder estatal, a um nível totalitário, inclusive. Ou seja, todo lacrador que você já teve o desprazer de conhecer, sem exceções, não passa de uma cadelinha do estado.
A estratégia do incendiário que posa de bombeiro
Monir começa desmascarando uma lógica comum a muitos sistemas estatais modernos: o governo cria o problema para depois oferecer a solução, encarnando, ao mesmo tempo, o incendiário e o bombeiro. Gera crises artificiais — econômicas, culturais, sociais — para então justificar sua ampliação de poder e arrecadação (aka. roubo). O estado aparece então como uma entidade que alega ser vítima do próprio crime que cometeu, como alguém que mata pai e mãe e depois pede clemência por ser órfão.
O politicamente correto como engenharia de conflito
O coração da crítica de Monir está na seguinte constatação: o politicamente correto é uma ferramenta de engenharia social usada para fomentar divisões artificiais entre grupos sociais e justificar a existência de leis, estatutos e agências reguladoras. Para os parasitas alcançarem seus objetivos maléficos, é preciso criar um cenário em que todos são, supostamente, inimigos de todos: brancos contra negros, negros contra brancos, homens contra mulheres, mulheres contra homens, jovens contra idosos, patrões contra empregados, consumidores contra empresas.
São divisões que, muito embora não reflitam a realidade concreta da maioria das relações humanas, são estimuladas para legitimar uma presença cada vez mais invasiva do estado em todos os aspectos da vida civil. Quando tudo é motivo de conflito, o estado aparece como o árbitro necessário — com novos impostos, novas agências, novos “direitos” e, invariavelmente, mais controle.
A infantilização da sociedade
Para Monir, o politicamente correto transforma os adultos em crianças tuteladas pelo Leviatã que, em vez de enfrentar com maturidade situações naturais da vida — um atendimento ruim, uma cantada indesejada, uma piada de mau gosto —, são ensinados a recorrer ao estado, como se isso fosse uma babá onipresente.
A consequência direta disso é uma sociedade passiva, medrosa e incapaz de agir por si mesma, onde tudo tudo precisa ser regulado, protegido, mediado. Qualquer coisa corriqueira e trivial que surge é motivo para um novo “estatuto”, uma nova “lei de proteção”, um novo mecanismo de controle sobre a fala, o comportamento e até os pensamentos.
Totalitarismo suave, mas onipresente
Ao contrário das ditaduras explicitas, com caráter militar, que reprimem comportamentos externos, o totalitarismo do politicamente correto, age por dentro, tentando moldar a alma, o espírito, a consciência do cidadão. Não se trata apenas de controlar o que você faz, mas de ditar o que se pode pensar, escrever, sentir ou desejar.
Esse é o modelo que George Orwell descreveu em 1984: um controle psicológico, simbólico, linguístico, ou seja, um literal Big Brother cultural, que não se contenta com a obediência física, mas exige submissão interior.
Hipnose
Monir afirma que é necessário sair da hipnose coletiva, acordar desta ilusão pusilânime, cretina e abjeta de que mais leis e mais controle significam mais justiça ou civilidade. O finado professor argumenta que é gravemente necessário pensar por si mesmo, resistir à infantilização e, sobretudo, reconhecer o politicamente correto como aquilo que de fato é: um dispositivo sofisticado de poder estatal disfarçado de benevolência.
Achamos que este precioso trecho deve ter sido extraído de alguma das edições do extinto programa Mídia sem Máscara na TV, o qual contava regularmente com a presença também do professor Olavo de Carvalho. O clipe foi publicado originalmente no canal VERDADE MESMA, em 6 de agosto de 2017.
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Mais informações
- Postado originalmente em: 22 de agosto de 2021
- Duração: 06:58
- Visualizações: 44
- Categorias: Curtos
- Canal: Olavo de Carvalho
- Marcador(es): Engenharia social, Estatismo, Guerreiros da Justiça Social, José Monir Nasser, Politicamente correto
- Publicado por: Direita Realista
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