Morreu aos 80 anos de idade José Anselmo dos Santos, mais conhecido como Cabo Anselmo, o marinheiro que incitou revolta contra os militares em 64 — a Revolta dos Marinheiros — mas mudou de lado durante a ditadura com desilusão com o regime cubano e o pragmatismo da sobrevivência.
A notícia de seu falecimento foi confirmada por Jorge Serrão, colunista da Jovem Pan, onde consta que o ex-militar estava num sítio, onde morreu ao dia 15 de março de 2022 vítima de um mal súbito potencializado pela idade avançada, embora algumas fontes mencionem complicações de cálculo renal, algo muito terrível.
Ainda de acordo com a fonte, a informação foi repassada para poucos amigos do ex-militar, poucos amigos que o ajudaram a sobreviver por 50 anos na clandestinidade desde 1º de abril de 1964.
Nascido em 13 de fevereiro de 1942, na cidade sergipana de Itaporanga D’ajuda, Anselmo se definia como “um homem que não existe”. Se notabilizou por sua atuação durante o regime militar, período no qual atuou como agente duplo e se infiltrou em movimentos subversivos. Durante anos, o ex-militar tentou conseguir anistia e reconhecimento das forças armadas. Mas, mesmo tentando em diferentes governos, fracassou.
Sua versão da história pode ser conhecida no livro “Cabo Anselmo – Minha Verdade, Autobiografia” (Editora Matrix, 2015, 255 páginas).
Abaixo, um trecho da edição do programa Os Pingos nos Is de ontem (17), Augusto Nunes comenta sobre a notícia e o próprio Cabo Anselmo, quem considera “uma das figuras mais intrigantes das últimas décadas”. No vídeo a seguir, Nunes também fala sobre a última entrevista cedida pelo ex-militar, a qual se deu no Direto ao Ponto, programa do qual este jornalista é âncora:
Que Deus receba Cabo Anselmo.
Descanse em paz.
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- Marcador(es): Augusto Nunes, Cabo Anselmo
- Publicado por: Equipe Direita Realista
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