Descrição
Na sua Homilia Diária de número 1149, o Padre Paulo Ricardo faz uma meditação sobre memória de Santo Atanásio e homenageia este Bispo e Doutor da Igreja, cujo episcopado durou 45 anos (c. 8 de junho de 328 – 2 de maio de 373), um dos mais intrépidos defensores da Fé católica no século IV.
Celebrado liturgicamente em 2 de maio, Santo Atanásio foi vigésimo arcebispo de Alexandria e sustentáculo da ortodoxia num tempo de intensa crise teológica e apostasia generalizada. Seu episcopado durou 45 anos (c. 328–373), dos quais mais de 17 anos foram passados no exílio, resistindo ao erro herético do arianismo — que negava a divindade plena de Jesus Cristo, o que alguns idiotas fazem até hoje, diga-se de passagem, embora de uma maneira muito mais burramente (igualmente soberba).
Um defensor intransigente da fé católica
Padre Paulo não hesita em afirmar: Santo Atanásio “salvou a fé”. Em sua época, até o Papa chegou a vacilar sob pressão dos poderes imperiais, e a maioria dos bispos se dobrou ao erro doutrinário. Santo Atanásio, no entanto, permaneceu firme: Jesus Cristo é verdadeiro Deus, consubstancial ao Pai.
O sacerdote traça um paralelo com os nossos tempos, em que um “pluralismo religioso” se disfarça de virtude, mas que, na prática, nega o valor absoluto da Verdade. A confissão de fé hoje em dia é vista como fanatismo: “afirmar que Jesus Cristo é o único Caminho, a única Verdade e a única Vida não rende aplausos”, mas, pelo contrário, atrai escárnio.
Sem medo de desagradar os poderes do mundo, S. Atanásio defendeu abertamente, com risco para sua própria vida, uma verdade fundamental que muitos de sua época estavam dispostos a “negociar”.
Verdade, não opinião
O Evangelho proclamado nesta celebração é o diálogo de Jesus com Nicodemos, e nele Jesus afirma vir “do alto” e estar “acima de todos”. Como lembra Padre Paulo, o mundo fala do que é da terra, e por isso não compreende as coisas do céu. Assim como no tempo de Atanásio, muitos hoje querem adaptar a fé ao politicamente correto — reduzindo o Cristianismo a uma ONG globalista ou um ecumenismo diluído.
Mas o anúncio do Evangelho, afirma com ênfase, não é feito com base em opiniões humanas ou consensos diplomáticos, mas sob um mandado expresso de Cristo: “pregai dos telhados o que vos digo ao pé do ouvido”. Não nos cabe escolher aquilo em que vamos crer nem que parte da mensagem cristã iremos anunciar: como bons fiéis, iluminados pela luz sobrenatural da fé, o único que devemos fazer é abraçar integralmente a doutrina revelada pelo Senhor e transmitida aos Apóstolos, anunciando-a ao mundo sem acréscimo nem diminuição e, acima de tudo, sem medo de desagradar as ideologias dominantes.
Atanásio: confessor da fé, mesmo sem martírio
Santo Atanásio não morreu como mártir, mas foi um verdadeiro confessor da fé: sofreu perseguições, exílios, pressões políticas eclesiais e manipulações, mas nunca se afastou da verdade revelada por Cristo. A sua luta foi pela integridade da fé, sem ceder um milímetro à heresia dominante de sua época, mesmo quando esta era endossada pela maioria.
Uma lição para os dias de hoje
O padre encerra a pregação deixando um apelo claro: devemos ser como Santo Atanásio, confiando mais em Deus do que nos poderes terrenos. A fé verdadeira não é negociável nem submetida às conveniências culturais. Ela é o artigo sobre o qual Cristo fundou a Sua Igreja — Una, Santa, Católica e Apostólica.
Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo feita para o dia 2 de maio de 2019, mas que não tem data de validade, e peçamos a Santo Atanásio, pai da ortodoxia, que interceda por nós, para que não relativizemos a fé nem temamos confessá-la com firmeza, para que sejamos fiéis à missão recebida: proclamar ao mundo inteiro que Jesus Cristo é Deus verdadeiro, Filho eterno do Pai, enviado para nossa salvação.
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- Postado originalmente em: 2 de maio de 2021
- Duração: 05:47
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- Categorias: Homilias
- Canal: Padre Paulo Ricardo
- Marcador(es): Cristianismo, Igreja Católica, Padre Paulo Ricardo, Santo católico
- Publicado por: Equipe Direita Realista
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