Credo de Santo Atanásio

Credo de Santo Atanásio, com as suas 41 frases, reafirmando a fé católica no Deus Trino, o que é também um reflexo de sua defesa diligente e irredutível do trinitarismo contra o arianismo.


Credo de Santo AtanásioQuem quiser salvar-se deve antes de tudo professar a fé católica.

Porque aquele que não a professar, integral e inviolavelmente,

perecerá sem dúvida por toda a eternidade.

A fé católica consiste em adorar um só Deus em três Pessoas e três Pessoas em um só Deus.

Sem confundir as Pessoas nem separar a substância.

Porque uma só é a Pessoa do Pai, outra a do Filho, outra a do Espírito Santo.

Mas uma só é a divindade do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo, igual à glória,

coeterna a majestade.

Tal como é o Pai, tal é o Filho, tal é o Espírito Santo.

O Pai é incriado, o Filho é incriado, o Espírito Santo é incriado.

O Pai é imenso, o Filho é imenso, o Espírito Santo é imenso.

O Pai é eterno, o Filho é eterno, o Espírito Santo é eterno.

E, contudo, não são três eternos, mas um só eterno.

Assim como não são três incriados, nem três imensos, mas um só incriado e um só imenso.

Da mesma maneira, o Pai é onipotente, o Filho é onipotente, o Espírito Santo é onipotente.

E, contudo, não são três onipotentes, mas um só onipotente.

Assim o Pai é Deus, o Filho é Deus, o Espírito Santo é Deus.

E, contudo, não são três deuses, mas um só Deus.

Do mesmo modo, o Pai é Senhor, o Filho é Senhor, o Espírito Santo é Senhor.

E, contudo, não são três senhores, mas um só Senhor.

Porque, assim como a verdade cristã nos manda confessar que cada uma das Pessoas é Deus e Senhor,

do mesmo modo a religião católica nos proíbe dizer que são três deuses ou senhores.

O Pai não foi feito, nem gerado, nem criado por ninguém.

O Filho procede do Pai; não foi feito, nem criado, mas gerado.

O Espírito Santo não foi feito, nem criado, nem gerado, mas procede do Pai e do Filho.

Não há, pois, senão um só Pai, e não três Pais; um só Filho, e não três Filhos;

um só Espírito Santo, e não três Espíritos Santos.

E nesta Trindade não há nem mais antigo, nem menos antigo, nem maior, nem menor,

mas as três Pessoas são coeternas e iguais entre si.

De sorte que, como se disse acima,

em tudo se deve adorar a unidade na Trindade e a Trindade na unidade.

Quem, pois, quiser salvar-se, deve pensar assim a respeito da Trindade.

Mas, para alcançar a salvação, é necessário ainda

crer firmemente na Encarnação de Nosso Senhor Jesus Cristo.

A pureza da nossa fé consiste, pois, em crer ainda

e confessar que Nosso Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, é Deus e homem.

É Deus, gerado na substância do Pai desde toda a eternidade;

é homem porque nasceu, no tempo, da substância da sua Mãe.

Deus perfeito e homem perfeito, com alma racional e carne humana.

Igual ao Pai segundo a divindade; menor que o Pai segundo a humanidade.

E embora seja Deus e homem, contudo não são dois, mas um só Cristo.

É um, não porque a divindade se tenha convertido em humanidade, mas porque Deus assumiu a humanidade.

Um, finalmente, não por confusão de substâncias, mas pela unidade da Pessoa.

Porque, assim como a alma racional e o corpo formam um só homem,

assim também a divindade e a humanidade formam um só Cristo.

Ele sofreu a morte por nossa salvação, desceu aos infernos e ao terceiro dia ressuscitou dos mortos.

Subiu aos Céus e está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso, donde há de vir a julgar os vivos e os mortos.

E quando vier, todos os homens ressuscitarão com os seus corpos, para prestar conta dos seus atos.

E os que tiverem praticado o bem irão para a vida eterna, e os maus para o fogo eterno.

Esta é a fé católica, e quem não a professar fiel e firmemente não se poderá salvar”.

Amém!


A oração que temos acima é o Credo de Santo Atanásio, com as suas 41 frases, reafirmando a fé católica no Deus Trino, o que é também um reflexo de sua defesa diligente e irredutível do trinitarismo contra o arianismo.

Declarado Doutor da Igreja, Santo Atanásio foi o vigésimo arcebispo de Alexandria e um líder da comunidade de Alexandria no século IV. Ele defendeu abertamente, com risco para sua própria vida, uma verdade fundamental que muitos de sua época estavam dispostos a “negociar”: Jesus Cristo é verdadeiramente Deus, e é apenas nele, e em ninguém mais, que se encontra a nossa salvação.

Sua festa litúrgica é celebrada ao dia 2 de maio.

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