São Felipe Néri: Prefiro o Paraíso

São Felipe Néri: Prefiro o Paraíso é um filme italiano lançado para a televisão em 2010 que dramatiza eventos da vida real de São Felipe Neri, santo que viveu no século XVI, na região que iria se tornar a Itália. Acesse aqui a descrição completa.


Classificação: 5 / 5. Votos: 3

Descrição

São Felipe Néri: Prefiro o Paraíso, Saint Philip Neri: I Prefer Heaven (EUA) ou Preferisco il Paradiso (Itália), é um filme italiano lançado para a televisão em 2010 que dramatiza eventos da vida real de São Felipe Neri, santo que viveu no século XVI, na região que iria se tornar a Itália.

O roteiro do filme foi escritopor Mario Ruggeri, dirigido por Giacomo Campiotti, foi estrelado por Gigi Proietti e está aqui dublado em português brasileiro.

Lembrando que, com muitas das dramatizações sobre histórias de santos católicos, existem algumas inconsistências no filme. Por exemplo, os Oratórios não começaram com crianças, mas eram feitos em sua maioria com adultos. As reuniões de espiritualidade conduzidas pelo santo não eram “anti-intelectualistas” ou avessas ao estudo, como pinta a produção italiana, mas continham reflexões sérias e profundas, extraídas da própria sabedoria que ele adquiriu ao longo de sua vida, bem como de seus estudos universitários e do conhecimento que tinha da Suma Teológica de Santo Tomás de Aquino, a qual ele folheava com certa frequência. A trilha sonora do filme também não corresponde exatamente às músicas tocadas nas reuniões do Oratório, as quais estão mais ligadas à beleza de uma Missa Papae Marceli, a famosa composição de Giovanni Pierluigi de Palestrina.

Sinopse do filme

Felipe Néri, o santo da alegria e do entusiasmo, sonhou ser missionário na longínqua Índia. Logo, porém, descobriu que a sua Índia estava nas ruas de Roma, cuidando das crianças pobres. Sua simplicidade contagiava a todos, motivando-os com o lema “sejam bons se puderem” e ensinando-os, através do trabalho, canto e dança, a “preferir o paraíso” e a serem responsáveis em tudo.

São Felipe Néri

Nascido em 21 de julho de 1515, em San Pier Gattolino, próximo à cidade de Florença, Felipe Neri, como era chamado, cresceu durante um período em que a Igreja fora atingida por uma forte mentalidade pagã.

Tendo ido à região de Monte Cassino, ao sul de Roma, Felipe é influenciado pelos monges beneditinos e decide largar tudo e entregar-se a Deus. Ainda como leigo, ele viaja à Cidade Eterna, começando a viver como eremita, com orações, penitências e constantes peregrinações. Foi ele quem deu início ao hábito conhecido como Giro delle Sette Chiese – a “Peregrinação das Sete Igrejas” –, entre as quais a sua preferida era a Basílica de São Sebastião das Catacumbas.

Em 1544, com quase 30 anos, Felipe tem uma experiência extraordinária na vigília de Pentecostes. Enquanto reza nas catacumbas de São Sebastião, ele recebe uma grande efusão do Espírito Santo: vê entrar dentro de sua boca uma bola de fogo, a qual faz arder o seu coração e aumentá-lo consideravelmente de tamanho. De fato, uma autópsia de seu corpo revelou que o seu músculo cardíaco era maior do que o comum, tendo chegado a deslocar duas costelas para acomodar-se. Quem convivia com o santo florentino atestava uma protuberância no lugar do seu órgão vital e testemunhava que, quando ele, sentado, começava a ensinar aos filhos do seu Oratório, tal era o seu entusiasmo, que o seu coração tremia a ponto de o banco em que estava trepidar e a sala em que se reuniam tremer.

Felipe recebeu em 1551 o sacramento da Ordem, transferindo-se, desde então, à igreja romana de San Girolamo della Carità (“São Jerônimo da Caridade”), onde deu início aos primeiros Oratórios.

A fervorosa vida sacerdotal de Felipe deu-lhe o epíteto de “apóstolo de Roma”. Tendo o hábito de celebrar a Santa Missa por volta do meio-dia, o santo ficava em jejum desde a meia-noite do dia anterior, para que pudesse comungar. Sempre disponível para atender as confissões de seus filhos, pouco a pouco Felipe foi transformando a devassa e paganizada cidade de Roma e contribuindo para a restauração da Igreja. Tendo entrado em contato com Santo Inácio de Loyola, Felipe chegou a sondar a possibilidade de entrar para a Companhia de Jesus e evangelizar a região das Índias. Um monge cisterciense, porém, recebeu uma revelação de Deus, na qual Ele dizia que a sua Índia era mesmo a Cidade Eterna. Ali, o seu trabalho de evangelização começou a engendrar vocações.

Deus operava inúmeros prodígios pelas mãos de Seu servo. De todos os milagres que fez, o maior de todos foi a ressurreição do jovem Paolo Massimo. O rapaz, filho de uma importante família italiana, padecia há muito de uma grave enfermidade. No dia 16 de março de 1583, o padre Felipe acabou chegando tarde. Como quem levanta de uma noite de sono, no entanto, tão logo Felipe chamou o seu nome, Paolo despertou e, depois de receber os últimos Sacramentos, voltou a morrer.

Durante o pontificado de São Pio V, por sua fama de santidade, Felipe teve que lidar com desafetos dentro da própria Igreja. Um famoso cardeal da ilha de Ísquia, Virgilio Rosario, investigava o sacerdote florentino e lançava-lhe toda sorte de calúnias. Felipe, por sua vez, via na perseguição um instrumento da providência divina para crescer em humildade e santidade.

A 26 de maio, a santa alma de Felipe Neri também encontrou o seu descanso, na solenidade de Corpus Domini de 1595. A sua canonização não demorou muito para acontecer: em 1622, juntamente com Santa Teresa de Ávila e Santo Inácio de Loyola, o sacerdote italiano foi elevado à honra dos altares.

Sua festa litúrgica é celebrado no dia 26 de maio.

Fonte: A vida de São Felipe Neri

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