Servidor do TSE responsável pela programação das rádios é exonerado e denunciou possível esquema à Polícia Federal (Vídeo)

Peter Turguniev (ANCAPSU) comenta o caso do servidor do TSE responsável pela programação das rádios que foi exonerado e denunciou um possível esquema de crime eleitoral à PF. Valida as denúncias? Acesse aqui a descrição completa.


Descrição

Neste vídeo, Peter Turguniev, do ANCAP.SU, explica e comenta o caso do servidor do TSE responsável pela programação das rádios que foi exonerado e, agora, denunciou um possível esquema de crime eleitoral à Polícia Federal.

Segundo a Jovem Pan, Alexandre Gomes Machado afirma ter sido demitido ‘sem que houvesse nenhum motivo aparente’, diante da denúncia da campanha de Jair Bolsonaro sobre fraudes nas inserções das propagandas políticas nas rádios. Quando denunciou, o TSE o demitiu e escoltou para fora do prédio. Ele fez denuncia na PF “por ter se sentido vítima de abuso de autoridade e por temer por sua integridade física ou que lhe sejam imputados fatos desabonadores para desviar o foco de provem fiscalização de inserções por parte do TSE”.

A demissão foi publicada hoje (26), no DOU. Em depoimento à PF, o ex-servidor alega ter sido demitido “sem que houvesse nenhum motivo aparente”, após tomar conhecimento sobre suposto erro nas inserções de peças eleitorais do Bolsonaro, candidato à reeleição, em uma rádio. “O declarante, na condição de coordenador do pool de emissoras do TSE, recebeu um e-mail emitido pela emissora de rádio JM On Line na qual a rádio admitiu que, dos dias 7 a 10 de outubro, havia deixado de repassar em sua programação 100 inserções da Coligação Pelo Bem do Brasil, referente ao candidato Jair Bolsonaro”, diz trecho do depoimento.

O documento, disponível nO Antagonista, ainda diz: “Até a data de hoje estava ocupando a função de assessor do gabinete da Secretaria Judiciária do TSE; que na data de hoje, sem que houvesse nenhum motivo aparente, foi exonerado do cargo e conduzido por seguranças para o exterior do tribunal, tendo ainda que entregar seu crachá de servidor. Que acredita que a razão da sua exoneração seja pelo fato de que desde o ano de 2018 tenha informado reiteradamente ao TSE de que existem falhas de fiscalização e acompanhamento na veiculação de inserções da propaganda eleitoral gratuita. que a fiscalização seria necessária para o fim de saber se as propagandas de fato estariam sendo veiculadas”.

A exoneração de Alexandre Gomes Machado acontece dias após a campanha de Jair Bolsonaro, nas pessoas de Fábio Faria e Fabio Wajngarten, denunciar supostas irregularidades em inserções do candidato em rádios do Norte e Nordeste. Segundo eles, uma auditoria contratada pela campanha flagrou irregularidades nas inserções publicitárias do candidato, com o atual presidente tendo 154.085 inserções a menos que seu concorrente: “só no Nordeste, na semana de 7 a 14 de outubro, foram 12 mil inserções a menos. E na semana seguinte, dos dias 14 a 21, foi para mais de 17 mil. O lugar mais forte disso é o Estado da Bahia. Só na primeira semana, foram mais de 7 mil a mais para Lula”, defenderam.

Peter argumenta que esta exoneração pode simplesmente ter validado o caso. Mas será? Pode ser que Alexandre Gomes Machado, quem foi nomeado pela rosa Weber para a comissão de segurança da informação do TSE, acabou de implicar todo o TSE nesse possível esquema. De quebra, ainda confirmou que as rádios não estavam divulgando as propagandas de Bolsonaro.

É curioso também ver como a mídia se comporta. Praticamente nenhum órgão grande da imprensa, até o momento, escreveu nem uma linha sobre o depoimento, nem sobre sua exoneração.

Segundo O Antagonista, o presidente se pronunciou diante do caso, alegando manipulação eleitoral e afirmando que o PT e o TSE devem explicações: “Deixo bem claro, é um assunto do momento, mais uma do TSE. Vocês estão acompanhando as inserções do nosso partido que não foram passadas em dezenas de milhares de rádios pelo Brasil. Sou vítima mais uma vez. Onde poderiam chegar as nossas propostas, nada chegou”, disse.

Bolsonaro ainda complementou: “não será demitindo um servidor do TSE que o TSE vai botar uma pedra nessa situação. Aí tem dedo do PT. Não tem uma coisa errada no Brasil que não tenha dedo do PT. O que foi feito, comprovado por nós, pela nossa equipe técnica é interferência, é manipulação de resultado. Eleições têm que ser respeitadas, mas lamentavelmente, PT e TSE têm muito que se explicar nesse caso”.

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