Cobi Jones – Troféus são para vencedores (Vídeo)

Cobi Jones explica que troféus são para vencedores e que as crianças não devem receber troféus de participação por praticar esportes mesmo quando não ganham. Acesse aqui a descrição completa.


Descrição

Neste vídeo da Prager University, o ex-jogador americano de futebol profissional Cobi Jones explica que troféus são para vencedores e que as crianças não devem receber troféus de participação por praticar esportes mesmo quando não ganham.

O vídeo foi traduzido e legendado em português brasileiro pelos Tradutores de Direita, que também escreveram:

Encerrada a copa do mundo ainda há uma lição valiosa a ser aprendida com os esportes: troféus são para vencedores.

Afligidos com o politicamente correto, é comum que grande parte das escolas americanas dê troféus de participação, medalhas de 1º lugar para todos os participantes e propaguem o discurso “o importante é participar”.

Pois bem, Cobi Jones, ex-jogador do Vasco, tem algo a dizer sobre essa cultura que anula o poder da competividade para a formação de caráter e educação do indivíduo.

Em mais um vídeo da PragerU, a ideia de que participar é mais importante do que vencer perde de goleada.

Esta versão PT-BR do vídeo foi publicada originalmente no canal dos Tradutores de Direita em 18 de julho de 2018.

Transcrição do vídeo

Troféus de participação.

Eu não sou fã. Eles são ruins para as crianças. Ruins para os pais. Ruins para a sociedade. Tirando isso, eles são bons.

Não me entenda errado. Eu adoro qualquer tipo de competição organizada para crianças. Eu vivi e respirei baseball, basquetebol, futebol americano e futebol na infância. Se havia um esporte pra ser jogado, eu jogava. E nunca nem uma vez ninguém nunca me disse que ganhar não era importante, ou que comparecer era tudo que importava.

Mas hoje, crianças recebem uma mensagem diferente. Perder? Não é grande coisa. Comparecer? Isso merece um troféu. Uau.

Que coisa péssima pra dizer a uma criança. Ainda bem que meus pais ou treinadores nunca me disseram isso. Se eles tivessem, eu tenho certeza que eu nunca teria me tornado um jogador de futebol profissional.

Me permita te dizer o por quê. No Ensino Médio, eu era um bom jogador de futebol. Eu pensei que eu poderia jogar futebol na faculdade. Olhando pra trás, no entanto, eu simplesmente não era bom o bastante aos olhos dos treinadores da faculdade.

Eu tentei entrar no time da UCLA como um reserva. Eu consegui! Eu fui aprovado. Eu tinha chegado… No banco.

O treinador dificilmente olhava pra mim. Eu não tenho nem certeza se ele sabia meu nome. Eu sei que ele não se importava em como eu me sentia. Eu queria ser do time que começava jogando, eu queria ser um vencedor.

Eu não deveria estar satisfeito apenas por fazer parte do time? Claro que não. Isso é absurdo. Mas não é que é dito as crianças hoje? Você é um vencedor. Mesmo se você não for. Mesmo se você chegar em último. E nós vamos te dar um troféu, apenas por comparecer, só por participação.

Essa crença – que comparecer é uma realização – é autodestrutiva. Porque a dor de perder faz parte do que leva alguém a melhorar. A frustração de passar jogo após jogo sentado no banco me deixou louco.

Eu tinha de praticar mais. Eu tinha de me esforçar mais. Ou, eu tinha de desistir. E eu não queria desistir. Isso me ensinou uma importante lição: se você não se esforçar, você não vai ganhar.

E não ganhar? Bem, faz você se sentir péssimo. Então, faça um esforço. Ou vá pra casa. Então eu me esforcei. Eu me esforcei, não pra fazer o meu melhor – por que quem pode possivelmente saber qual é o “seu melhor”?

Mas, pra ser melhor. E melhor. E um dia, minha chance chegou. O treinador me pôs no jogo. Não porque eu queria muito jogar, mas porque ele precisava de mim. Eu joguei bem. Bem o bastante pra começar no próximo jogo onde eu marquei um gol, e tive uma assistência. Depois disso eu comecei em todos os jogos.

A estrada para a vitória – em esportes, nos negócios, na vida, é pavimentada com perdas, perdas dolorosas. Perdas que podem doer tanto que é difícil de respirar. Qualquer atleta profissional ou empreendedor bem-sucedido vão te dizer que isso é verdade.

Mas troféus de participação, todo mundo é o melhor estudante, e vamos todos nos dar um tapinha nas costas. Prêmios comunicam uma mensagem diferente. Eles te dizem que perder não importa – importa sim. Eles te dizem que competição é algo, na melhor das hipóteses, pouco importante, e na pior, perigoso.

Eu imagino como minha careira de futebol teria sido se eu tivesse crescido com essa ideias na minha cabeça. Eu fui cortado duas vezes durante o período de testes para as olimpíadas de 1992. Meu time de futebol profissional, o LA Galaxy perdeu três vezes no campeonato antes da gente finalmente vencer em 2002.

Advinha? Eu sobrevivi a todas essas decepções e muito mais. Elas somente fizeram a vitória muito mais doce. No mundo real, você é recompensado por conquistas, não pelo esforço. Promoções não vão aos funcionários que fizeram seu melhor. Elas vão ao funcionários que fizeram o melhor.

Mas e se as crianças não conseguem lidar com a derrota? E se for muito doloroso? Esse é o problema todo. É o seu trabalho como adulto, como pais, ajudá-los a entender que perder – que não conseguir o que quer – é uma parte da vida.

Ninguém gosta de fracassar, mas é inevitável e é o único caminho para o sucesso.

Sim, comparecer e participar é importante. Tentar o seu melhor é importante. Mas nenhum dos dois merece um troféu.

Se você quer um desses, vá ganhar algo.

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