Descrição
Neste trecho de alguma das edições do seu saudoso podcast, True Outspeak, o também saudoso filósofo brasileiro Olavo de Carvalho (1947-2022) argumenta que o feminismo, na verdade, retirou direitos das mulheres, ao contrário do que o senso comum acredita.
Além de denunciar tal movimento como coisa pra enganar incautas, como vários outros do gênero, afirma também que não passa de uma estratégia para aumentar ainda mais o estado. Em suma, a tese é que vez de libertá-las, o feminismo teria enfraquecido a proteção da figura feminina dentro da família e ampliado o controle estatal sobre as mulheres, as crianças e os lares.
O feminismo e a perda do direito de não trabalhar
Olavo destaca que, antes do advento do feminismo, uma mulher, ao se casar, adquiria o direito social e legal de não trabalhar fora de casa, tendo o marido como provedor por obrigação. Esse dever legal do homem foi eliminado:
“Antigamente, quando a mocinha casava, ela tinha o direito de ficar em casa, e o marido era obrigado a sustentar. Agora, acabou.”
Ao conquistar o “direito de trabalhar”, as mulheres perderam a possibilidade de escolher não trabalhar. Em um país com legislação feminista, mesmo com vários filhos, a mulher pode ser compelida pelo marido ou pela realidade econômica a trabalhar fora, ou seja, o que se interpretava como um avanço teria sido, na verdade, uma derrota disfarçada.
A verdadeira intencionalidade do feminismo: mais arrecadação
Olavo afirma que o feminismo não foi um movimento orgânico de emancipação feminina, mas uma estratégia deliberada de aumento de arrecadação fiscal:
“Um dos ideólogos declarou: fomentamos o movimento feminista e duplicamos o número de contribuintes.”
Na prática, o que se vende como progresso seria apenas um mecanismo estatal para aumentar o controle e os impostos sobre a população, o mau e velho estatismo.
O enfraquecimento da autoridade paterna
Com a perda da obrigatoriedade do homem como provedor e defensor legal da família, Olavo argumenta que a autoridade natural do pai de família foi se transferindo para o estado, que, por sua vez, ganhou enorme poder sobre mulheres e crianças, retirando dos pais a função de protetores.
“O estado foi desarmando os pais e passando a autoridade à polícia. Agora, é o estado que manda nas crianças.”
Olavo relembra, inclusive, o caso extremo da Venezuela, onde segurança, sustento e formação são atribuídos quase integralmente ao governo, sendo os pais substituídos pelo aparato estatal.
A destruição da proteção cultural da mulher
O filósofo também critica como a proteção à mulher foi gradativamente abolida, argumentando que “na Idade Média, os homens morriam para defender mulheres e crianças. Hoje, você pode até mandar a mulher na frente e isso é chamado de direito adquirido“.
O feminismo teria acabado com essa proteção simbólica e prática, deixando a mulher mais vulnerável — inclusive em tempos de guerra e conflito. Bem feito.
Engenharia social para enfraquecer a família
Olavo conclui que o feminismo, assim como outros movimentos identitários modernos, é uma peça de uma engrenagem maior de engenharia social cujo objetivo é enfraquecer a família tradicional, criar uma população atomizada e dependente do estado e seus capangas. As mulheres, de acordo com o velho, seriam as maiores vítimas, enganadas por uma falsa promessa de liberdade:
“Vocês vão se ferrar com essa brincadeira. Vocês estão se entregando de corpo e alma ao estado.”
Para ele, toda a cultura da feminização e da igualdade forçada só beneficia as elites parasitárias burocráticas, nunca a mulher comum.
Esse trecho do True Outspeak ajuda a entender como Olavo de Carvalho via o feminismo: não como um movimento de emancipação, mas como uma engrenagem do crescimento estatal, da manipulação ideológica e da destruição da família. O que é verdade.
P.S.: este vídeo foi publicado no canal Direita Realista originalmente em 25 de outubro de 2016.
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Mais informações
- Postado originalmente em: 25 de outubro de 2016
- Duração: 05:45
- Visualizações: 488
- Categorias: Curtos
- Canais: Olavo de Carvalho, Direita Realista
- Marcador(es): Engenharia social, Estatismo, Feminismo, Mulheres, Olavo de Carvalho
- Publicado por: Direita Realista
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