Guilherme Freire – Livros para crianças e jovens

O Professor Guilherme Freire dá algumas indicações de livros para crianças e jovens, tanto em idade de alfabetização ou já alfabetizados. Ele fala sobre Tolkien, Lewis, Júlio Verne etc. Acesse aqui a descrição completa.


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Descrição

Neste vídeo originalmente publicado em 1º de fevereiro de 2021, Guilherme Freire dá algumas indicações de livros para crianças e jovens tanto em idade de alfabetização ou já alfabetizados — abordando nomes do gabarito de Tolkien, Lewis, Chesterton ou Júlio Verne —, e fala sobre como os pais devem acompanhar seus filhos nessas atividades.

Freire enfatiza que a leitura deve ser uma prática cotidiana e compartilhada, sendo que não basta oferecer livros: os pais devem participar ativamente do hábito de leitura. Isso significa reservar um tempo todos os dias para ler com os filhos, especialmente os que ainda não sabem ler sozinhos.

Segundo ele, essa é uma das experiências mais valiosas que se pode transmitir a uma criança: a formação do imaginário, da linguagem e da atenção — tudo através da convivência afetiva com os livros.

Aventuras que educam: livros clássicos para jovens leitores

Freire inicia suas recomendações com clássicos da literatura de aventura:

  • A Ilha do Tesouro, de Robert Louis Stevenson, como uma narrativa de amadurecimento e lealdade.
  • Volta ao Mundo em 80 Dias, de Júlio Verne, pela riqueza imaginativa e exploração do mundo.
  • 20.000 Léguas Submarinas e Viagem ao Centro da Terra, também de Verne, são apontados como portas de entrada ideais para leitores curiosos.

Ele também destaca edições ilustradas antigas da Melhoramentos como excelentes para cativar crianças, pelo cuidado gráfico e riqueza visual.

Tolkien e Lewis: mitos para o coração infantil

Entre os autores que mais valoriza, Freire coloca J. R. R. Tolkien no topo. O Hobbit é sugerido como obra introdutória ideal, tanto pelo seu tom leve quanto pela riqueza simbólica.

As Crônicas de Nárnia, de C. S. Lewis, também ocupa espaço privilegiado e, mesmo com algumas críticas pessoais à obra, Guilherme reconhece seu potencial de formação e encantamento. O personagem Aslam, por exemplo, tem impacto profundo nas crianças, que são tocadas por seu sacrifício e coragem.

Chesterton, santos e heróis: leituras com densidade simbólica

Freire recomenda também os contos do Padre Brown, de G. K. Chesterton que, apesar de escritos para um público mais maduro, podem ser compartilhados com crianças mais velhas, com mediação adequada dos pais.

Outro destaque é O Livro dos Santos e Heróis, do autor irlandês William Canton, obra que apresenta histórias de santos em linguagem acessível, abrindo espaço para atividades em família baseadas em valores e virtudes.

Obras brasileiras e hispânicas: um imaginário mais próximo

Freire também indica livros nacionais, como A Borboleta Marieta Vai para o Culto, uma obra simples, ilustrada e com mensagem positiva.

Entre os livros em espanhol, menciona uma edição infantil sobre São José Maria Escrivá, com ilustrações belíssimas, e cita autores como Antonio Machado e a obra Marcelino Pão e Vinho como fontes de conteúdo católico sensível e impactante. Existe uma emocionante adaptação cinematográfica desta última, diga-se de passagem.

Tolkien para os pequenos: obras menos conhecidas

Freire chama atenção para outros livros menos lembrados de Tolkien, mas criados específica e carinhosamente para o público infantil, todos eles com edições belamente ilustradas, ideais para os mais novos:

  • Cartas do Papai Noel;
  • As Aventuras de Tom Bombadil;
  • Senhor Boaventura de Bolsão.

A Bíblia como fonte de cultura e beleza

Ele também recomenda Bíblias ilustradas, como a edição infantil publicada pelo Padre Reginaldo Manzotti. Além do texto, as ilustrações de qualidade ajudam a envolver as crianças nas histórias bíblicas.

Sugere também uma edição apenas com imagens, usada em sua casa para estimular a contemplação durante momentos de oração.

Quadrinhos com conteúdo: Tintim, Asterix e a formação por imagens

Freire recomenda os quadrinhos de Tintim como excelente ponto de partida para crianças, especialmente pelos seus bons valores e riqueza narrativa, destacando o volume Tintim no País dos Sovietes pelo valor histórico e crítico. Complementaríamos dizendo que o desenho animado é também agradabilíssimo e pode ajudar a estimular o interesse dos pequenos para as revistinhas.

Menciona também Asterix, embora com menor entusiasmo. Em qualquer caso, vale o alerta: quadrinhos devem ser um complemento, não substituto da leitura de livros com texto corrido.

Conclusão: leitura como projeto formativo

Guilherme Freire argumenta que a leitura deve ser encarada como um projeto de formação, e os pais devem fazer mais do que entregar livros: devem ler junto, pedir que os filhos anotem suas impressões, recontem o que leram e, acima de tudo, vivam esse momento de maneira ativa.

Ler com os filhos é uma forma de cultivar imaginação, memória, linguagem e laços afetivos — elementos essenciais para o crescimento de qualquer criança.


Guilherme Freire é um professor, mestre, conferencista e palestrante em filosofia brasileiro. Dentre várias outras atividades, já foi Secretário Adjunto da Secretaria Nacional da Juventude do Governo Federal e atuou na Secretaria do Planejamento do Governo do Estado do Paraná.

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