De acordo com o Instituto Pasteur, a ivermectina reduz a gravidade da infecção da Peste Chinesa

Estudo recente conduzido pelo Institut Pasteur, a ivermectina. ao atuar no receptor nicotínico, reduz sintomas ligados à Peste Chinesa, diminuindo a gravidade da infecção por essa doença.


De acordo com um estudo conduzido pelo Instituto Pasteur (Institut Pasteur), a ivermectina reduz sintomas ligados à Peste Chinesa, diminuindo a gravidade da infecção por essa doença.

A ivermectina é um antiparasitário comumente usado contra parasitas como sarna, oncocercose (cegueira dos rios) ou piolhos. O medicamento é o tema de uma campanha promocional nas redes, em particular porque um estudo australiano publicado na primavera de 2020 observou uma eficácia in vitro da molécula de ivermectina no vírus chinês.

O estudo, que foi publicado no dia 12 de julho de 2021, conclui que “tomar este medicamento em doses padrão torna possível reduzir em um modelo animal os sintomas e a gravidade da infecção por SARS-CoV- 2.

Os trabalhos dos cientistas do instituto, publicados na revista da European Organization of Molecular Biology, sublinham assim que a molécula de ivermectina causa “uma limitação da inflamação do trato respiratório e dos sintomas que dela decorrem” e garante “proteção contra perda de cheiro ”.

Apesar deste avanço significativo, o tratamento parece não atuar na replicação viral. “Os modelos tratados e não tratados tinham quantidades semelhantes de carga viral na cavidade nasal e nos pulmões. Nossos resultados revelam que a ivermectina tem efeito imunomodulador e não antiviral”, explica Guilherme Dias de Melo, epidemiologista e coautor do estudo.

Hervé Bourhy, chefe de unidade do Instituto Pasteur que também participou do trabalho, acredita, no entanto, que esses “resultados proporcionam avanços significativos e […] abrem caminho para eixos de desenvolvimento para melhores tratamentos contra Covid-19 em humanos“.

De acordo com o neurobiologista Jean-Pierre Changeux, quem encabeçou a pesquisa neste instituto francês, a droga atuaria no receptor nicotínico, proteína contida em neurônios que o próprio Jean-Pierre Changeux descobriu e isolou em 1970. “Nossa hipótese é que o coronavírus bloquearia direta ou indiretamente esse receptor e que a ivermectina poderia reativá-lo ”, explicou o neurobiologista.

Apesar da negativa da OMS, o medicamento já obteve sucesso em vários países como Brasil, Líbano e África do Sul. Na Indonésia, a AFP relata que as farmácias estão enfrentando uma corrida para a ivermectina. Também na Índia, onde um coletivo de advogados de Bombaim anunciou que está abrindo uma ação contra Soumya Swaminathan, pediatra especialista em tuberculose e diretora científica da OMS. Advogados indianos a acusam de rejeitar provas em favor da ivermectina, de tweetar contra seu uso (o que eles consideram desinformação que leva à morte) e de promover laboratórios que produzem vacinas.

Fonte: L’ivermectine réduit «la gravité de l’infection» au Covid-19, selon l’institut Pasteur

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