Descrição
Neste corte marcante, que é a leitura de um de seus artigos, Olavo de Carvalho (1947-2022) reflete sobre o que considera a verdadeira importância de que se comemore Natal, confrontando a superficialidade das celebrações modernas e resgatando a verdadeira essência espiritual deste evento único na história da humanidade.
Natal: mais do que uma festa, um marco cósmico
Olavo começa destacando que o Natal, em sua origem, celebra um acontecimento extraordinário: a Encarnação do Verbo Divino. Jesus Cristo, ao oferecer-se como vítima sacrificial única e definitiva, encerrou um ciclo histórico regido pela lei do sacrifício, que está profundamente entrelaçada à estrutura da existência cósmica.
A existência de tudo que não é Deus, explica Olavo, é precária, marcada por um débito ontológico que se manifesta na alma humana como culpa, a qual gera um estado constante de acusação, defesa e submissão ao mal, sentimentos que permeiam a condição humana.
Do sacrifício à Eucaristia: a revolução de Cristo
Cristo não suspendeu a lei do sacrifício, mas a cumpriu em plenitude. Com sua morte e ressurreição, Ele substituiu os sacrifícios contínuos por um único sacrifício perfeito, perpetuado na Eucaristia. Assim, a vítima única se multiplica em cada celebração eucarística, eliminando a necessidade de novas vítimas e libertando a humanidade da lógica do bode expiatório.
Olavo observa que, embora essa transformação tenha ocorrido, sua consciência não é automaticamente transmitida às gerações seguintes. A sociedade moderna perdeu de vista o significado profundo do Natal, limitando-se a gestos simbólicos vazios, como a troca de presentes, sem compreender o verdadeiro presente dado há mais de dois mil anos.
A libertação do espírito demoníaco
Olavo aprofunda a análise ao expor como a culpa, amplificada por um discurso interior de autoacusação, torna o homem vulnerável a forças demoníacas, as quais se manifestam em palavras e olhares acusadores, seja na cultura, seja no convívio social, levando muitos a buscar proteção justamente naqueles que os oprimem.
Cristo, porém, adverte que esse sacrifício aos maus e intrigantes é inútil e pecaminoso. Ele já pagou a única dívida que existia. Celebrar o Natal é recordar-se dessa verdade libertadora: não há mais autoridades legítimas que possam exigir vítimas.
O sentido prático do Natal
Olavo chama a atenção para as implicações psicológicas dessa libertação. O Salvador não é um cobrador de dívidas, mas alguém que oferece sem exigir. A compreensão dessa verdade deve nos tornar imunes às acusações e manipulações maliciosas do mundo.
Se ainda nos curvamos aos olhares críticos ou tememos os maldosos, diz Olavo, é porque não compreendemos plenamente o sentido do Natal. Cristo já pagou a dívida, libertando-nos do jugo do pecado e da malícia humana.
Conclusão: alegria e resistência
O Natal é uma celebração da vitória sobre a culpa e a opressão. É um chamado à alegria e à resistência contra as manipulações do mundo. Jesus Cristo já pagou nossa dívida, e esse é o único motivo pelo qual comemoramos o Natal. Claro que nada debatido aqui significa que estamos livres pra pecar. Que isso fique bem claro mesmo.
P.S.: este vídeo foi publicado originalmente pelo canal Daniel Mota em 25 de dezembro de 2024. Já o artigo original, “Por que celebrar o Natal”, é datado de 25 de dezembro de 2023.
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Mais informações
- Duração: 05:21
- Visualizações: 3
- Categorias: Curtos
- Canais: Olavo de Carvalho, Daniel Mota
- Marcador(es): Natal, Olavo de Carvalho
- Publicado por: Equipe Direita Realista
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