Descrição
Neste trecho de uma de suas aulas do Curso Online de Filosofia, Olavo de Carvalho (1947-2022) explica que o verdadeiro imaturo é aquele do qual se exige um comportamento de uma camada da personalidade posterior à que se encontra, ou seja, por isso, ninguém gosta de você. Trata-se de uma crítica incisiva à falta de autoexame, abordando temas como as Doze Camadas da Personalidade, a intelectualidade brasileira, e o respeito à verdade.
Em outras palavras, se você quiser deixar de ser um estorvo para os demais ao seu redor, vai ter que se autoexaminar e buscar crescer e se desenvolver no caminho das Doze Camadas da Personalidade. É sair do comodismo e achar que os outros tem não apenas que tolerar as suas amolações, mas também apreciá-las. É pura falta de semancol.
Enfim, no meio de sua exposição, este filósofo brasileiro acaba falando sobre temas, como a intelectualidade brasileira, não usar o nome de Deus em vão e a busca sincera pela Verdade.
Índice
- O verdadeiro imaturo: a origem do incômodo
- A verdade interior e a autenticidade intelectual
- “Não use o nome de Deus em vão”
- Crescimento moral como base para o progresso intelectual
- Amadureça e veja os outros gostarem de você
- Minutagem
- Informações e conteúdo relacionado
O verdadeiro imaturo: a origem do incômodo
Segundo Olavo, o verdadeiro imaturo não é simplesmente aquele que age como uma criança, mas sim aquele que tenta operar em uma camada de personalidade mais elevada sem ter desenvolvido plenamente as camadas anteriores, o que cria um conflito interno que transborda para as relações sociais, tornando essa pessoa um “estorvo” para os outros.
Esse desajuste é o que ele chama de “chatice”. Um chato é, essencialmente, alguém deslocado, incapaz de agir de forma condizente com o ambiente ou o nível de exigência que a situação demanda. Para superar isso, Olavo enfatiza a necessidade do autoexame: reconhecer nossas limitações, fraquezas e áreas de imaturidade para trabalhar conscientemente em nosso crescimento.
A verdade interior e a autenticidade intelectual
Olavo critica duramente a intelectualidade brasileira, que carece de compromisso com a verdade e com o autodesenvolvimento. Não basta ter um alto QI ou acumular conhecimento teórico; a verdadeira intelectualidade está fundamentada no amor pela verdade, especialmente a verdade sobre si mesmo.
Esse amor exige coragem para enfrentar os próprios defeitos e contradições, algo raro em um contexto onde se busca constantemente a aprovação externa. O filósofo argumenta que, enquanto uma pessoa não alcançar a oitava camada da personalidade – a partir da qual ela pode falar em seu próprio nome com propriedade – tudo o que disser será apenas uma repetição de ideias alheias ou convenientes.
“Não use o nome de Deus em vão”
Uma das passagens mais fortes do vídeo é a crítica ao uso leviano do nome de Deus. Olavo chama atenção para o hábito comum, especialmente entre certos grupos políticos e religiosos, de invocar o nome de Jesus ou de usar citações bíblicas para justificar ações ou discursos que carecem de base moral e espiritual.
Ele alerta que, antes de falar em nome de Deus, é preciso aprender a falar em nome próprio, o que requer maturidade, autocrítica e respeito pela verdade, elementos indispensáveis para qualquer discurso honesto.
Crescimento moral como base para o progresso intelectual
Olavo reforça que o progresso intelectual só é possível quando sustentado por uma base moral sólida, sem a qual a inteligência se torna um fingimento usado para alimentar motivações inferiores e comportamentos egocêntricos. Ele cita o exemplo da intelectualidade brasileira, que muitas vezes despreza a alta cultura e opera com base em interesses menores, resultando em uma sociedade desestruturada e superficial.
Amadureça e veja os outros gostarem de você
A mensagem final de Olavo é clara: se você deseja ser uma pessoa admirada, útil e respeitada, precisa se comprometer com um processo de autoexame e amadurecimento, reconhecendo suas limitações, abandonando ilusões e buscando um alinhamento sincero com a verdade.
Assim, como ele conclui, não se trata apenas de acumular conhecimento ou parecer virtuoso, mas de ser uma pessoa completa, capaz de contribuir positivamente para a sociedade e, mais importante, de viver em paz consigo mesma.
Minutagem
Na lista seguinte, temos os minutos onde iniciam-se os respectivos assuntos:
00:00
– a intelectualidade tem prestígio no Brasil;00:30
– autoexame para o desenvolvimento da personalidade;02:41
– o que é um chato?03:00
– não há intelectuais no Brasil;06:19
– antes da camada 8, você não fala nada em seu próprio nome;10:24
– não fale nada em nome de Jesus Cristo;11:23
– a velocidade da dupla é sempre a do mais lento;12:13
– intelectualidade não é questão de Q.I., mas de amor à Verdade, especialmente a verdade sobre si mesmo.
Informações e conteúdo relacionado
Mais informações
- Duração: 21:21
- Visualizações: 6
- Categorias: Curtos
- Canal: Olavo de Carvalho
- Marcador(es): Filosofia, Olavo de Carvalho
- Publicado por: Equipe Direita Realista
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