Descrição
Nesta homilia feita para a Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos, o Padre Paulo Ricardo, fundamentado nas Santas Escrituras e na Tradição Apostólica, faz uma meditação sobre que fazer pelas almas do Purgatório, as daqueles fiéis que, morrendo na graça de Deus, necessitam purificar-se inteiramente para comparecer à presença do Altíssimo, pois não estão ainda preparadas, devido a seus pecados e falta de amor.
Quem morre na graça de Deus sem possuir aquela caridade que nos dá entrada ao céu precisa purificar-se inteiramente no Purgatório, e são as nossas orações e penitências a sua maior fonte de ajuda e consolo. As nossas orações, assim como nossas boas obras e sacrifícios, são para elas, não só fonte de consolo, mas um auxílio efetivo, pelo qual é encurtada a demora em ver a Deus que tanto as angustia e faz sofrer.
O destino final do homem não é voltar a ser pó, mas chegar à visão eterna de Deus. Para atingi-la é preciso passar pelas trevas da morte. Por isso, celebramos o Dia de Finados. Neste dia, entramos em contato com eles, através da oração, para estarmos unidos a eles no céu, na glória de Deus.
Assista a esta homilia do Padre Paulo Ricardo que foi originalmente publicada em 1 de agosto de 2020, mas perfeitamente válida para hoje e sempre, pois não há hora que não seja fundamental rezarmos pelos Finados, e roguemos a Nosso Senhor que socorra as almas do Purgatório mais necessitadas da sua misericórdia!
A purificação necessária para a entrada no Céu
Padre Paulo Ricardo começa explicando a doutrina católica sobre o Purgatório. Segundo a Igreja, apenas as almas completamente purificadas e santificadas podem entrar na presença de Deus. Mesmo aqueles que morrem na graça de Deus, mas sem alcançar a santidade perfeita, ainda precisam de uma purificação adicional para estar prontos para o Céu. O Purgatório é, portanto, um estado de transição, onde as almas que se arrependeram sinceramente de seus pecados, mas não atingiram a plena caridade, passam por uma purificação final.
Essa necessidade de purificação revela que há uma diferença entre ser salvo e ser santo: muitos fiéis são salvos, mas não estão completamente preparados para entrar na glória celestial. É aqui que nossas orações e sacrifícios se tornam uma fonte essencial de ajuda para as almas do Purgatório, abreviando seu tempo de espera e aliviando seus sofrimentos.
O sofrimento das almas no Purgatório e a urgência da oração
Padre Paulo nos alerta para a gravidade do sofrimento no Purgatório, citando uma reflexão teológica de Santo Tomás de Aquino. Segundo o Doutor Angélico, a menor dor no Purgatório é maior do que o maior sofrimento humano já sentido na Terra, que foi a crucificação de Cristo. Esse ensinamento, ainda que seja uma meditação teológica que pode estar certa ou não, desperta em nós a urgência de agir, pois as almas do Purgatório, mesmo destinadas ao Céu, enfrentam um sofrimento intenso enquanto aguardam sua purificação.
Esse sofrimento, conforme a tradição da Igreja, não é uma punição, mas uma purificação necessária para que a alma se aproxime cada vez mais de Deus. E, por meio de nossas orações e obras de caridade, temos a oportunidade de aliviar essa dor e acelerar a chegada dessas almas ao Céu.
A Comunhão dos Santos e a intercessão pelas almas
A Comunhão dos Santos revela que os fiéis vivos, as almas do Purgatório e os santos no Céu estão unidos em Cristo como um só Corpo Místico. Por isso, ao oferecermos orações, sacrifícios e boas obras, estamos ajudando diretamente as almas que aguardam a purificação no Purgatório. Sendo generosos em nossos sufrágios, estamos vivendo plenamente essa unidade entre os vivos e os mortos, amparando aqueles que partiram antes de nós e que ainda não podem ver a Deus face a face.
Algumas práticas espirituais para aliviar as almas do Purgatório
Existem formas concretas de interceder pelas almas do Purgatório. Aqui estão listadas algumas:
- Oferecer Missas pelos falecidos – A Santa Missa é o maior ato de intercessão que podemos oferecer pelas almas. Celebrar ou mandar celebrar Missas pelos nossos entes queridos falecidos é um ato de grande caridade, pois a Eucaristia é o sacrifício perfeito de Cristo.
- Rezar o Terço e orações específicas, como a ensinada por Nossa Senhora em Fátima: “Ó meu Jesus, perdoai-nos e livrai-nos do fogo do Inferno; levai as almas todas para o Céu, principalmente as que mais precisarem.” Esse pedido é direcionado especialmente às almas mais necessitadas do Purgatório.
- Praticar obras de caridade e penitência – Sacrifícios, jejuns e atos de bondade em nome das almas do Purgatório são um meio eficaz de ajudar a reduzir o tempo de sua purificação. Essas práticas fortalecem nossa vida espiritual e demonstram a união entre a Igreja Militante (vivos) e a Igreja Padecente (almas no Purgatório).
- Buscar indulgências plenárias – Existem vários modos, mas em todos é muito lucrativo, no sentido espiritual.
A importância de rezar pelas almas esquecidas
Há a importância de rezar também pelas almas mais esquecidas, aquelas por quem ninguém reza. A Igreja ensina que há muitas almas no Purgatório cujos familiares e amigos já partiram, e que, portanto, não têm quem se lembre delas. Esses fiéis falecidos precisam de nossas preces e são muitas vezes aqueles que mais necessitam da misericórdia de Deus. Nosso papel é, então, lembrar-nos delas em nossas orações, confiando que, ao aliviar suas dores, estamos cumprindo nossa vocação de caridade e compaixão.
Uma oportunidade de amor e caridade cristã
Padre Paulo Ricardo encerra a homilia com um apelo para que aproveitemos este Dia de Finados como uma oportunidade de vivenciar a verdadeira caridade cristã. Rezar pelas almas do Purgatório é um ato de misericórdia, que reflete o amor que Cristo nos ensinou e nos une como Igreja. Que as nossas orações, sacrifícios e obras de caridade possam ser, para essas almas, o consolo e a ajuda que abreviam sua espera pela visão eterna de Deus.
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- Duração: 05:27
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- Categorias: Homilias
- Canal: Padre Paulo Ricardo
- Marcador(es): Cristianismo, Finados, Igreja Católica, Padre Paulo Ricardo
- Publicado por: Equipe Direita Realista
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