José Monir Nasser – 1984, de George Orwell

Esta obra continua sendo um alerta poderoso sobre a natureza do poder e a importância da liberdade individual.


Temos aqui a palestra completa, ou seja, suas duas partes, ministrada pelo saudoso professor e economista José Monir Nasser (1957 – 2013) sobre 1984, onde ele aborda principalmente os aspectos culturais sobre o extremamente importante romance distópico de autoria do escritor britânico George Orwell.

Publicado em 1949, 1984 é uma das obras mais icônicas de Orwell. Este romance distópico apresenta um futuro totalitário onde o estado, liderado pelo Partido, exerce controle absoluto sobre todos os aspectos da vida dos cidadãos. A narrativa segue Winston Smith, um membro do Partido que começa a questionar a opressiva regime e a manipulação da verdade. Com temas como vigilância, censura e a luta pela verdade, 1984 se estabeleceu como um importante comentário sobre a política e a liberdade individual, influenciando debates culturais e filosóficos ao longo das décadas, bem como outras obras. Inclusive, há uma adaptação em um filme de mesmo nome lançado em 1984, dirigido por Michael Radford e estrelado por John Hurt.

George Orwell, pseudônimo de Eric Arthur Blair, foi um escritor, jornalista e ensaísta político britânico, conhecido por sua crítica incisiva aos regimes totalitários e pela obra-prima objeto desta palestra, a qual explora as consequências devastadoras do totalitarismo, da vigilância em massa e da repressão social. O livro critica a Nova Ordem, um regime opressor que persegue qualquer forma de pensamento dissidente, refletindo o governo da União Soviética, mas com paralelos a vários outros regimes contemporâneos.

Orwell, que lutou ao lado dos comunistas na Guerra Civil Espanhola e testemunhou as atrocidades cometidas pelo seu próprio lado contra os anarquistas, ficou profundamente chocado com a corrupção e a violência da turminha do autoritarismo. Essas experiências influenciaram sua visão crítica da política e da sociedade. Em 1984, apresenta conceitos como Duplipensar e Novilíngua, e instituições como o Ministério do Amor, para ilustrar a manipulação da verdade e o controle social. Também ressalta o papel de dominar o uso da linguagem como forma de dominação. Segundo Orwell, “a imagem do futuro é um coturno estampado em um rosto humano para sempre”, e exorta que as pessoas não deixem isso acontecer.

Orwell era também um legítimo antifascista, o que significa que era fervorosamente contrário ao extremismo e ao uso de violência gratuita e censura, divergindo das práticas e ideologias de grupos como o Antifa. Alguns afirmam que o trabalho de Orwell pode ser considerado como profético, mas a verdade é que ele conhecia os bastidores. De qualquer forma, seus escritos, incluindo 1984, continuam a ser uma reflexão poderosa sobre a natureza do poder e a importância da liberdade individual.

A seguir, temos as duas partes da palestra, as quais juntas somam mais de três horas de duração:

Parte 1

Parte 2


Estes vídeos foram providenciados pelo canal Mental Food, onde foram publicados originalmente em 17 de maio de 2018.

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