Padre Paulo Ricardo – Solenidade de Corpus Christi (Vídeo)

Homilia do Padre Paulo Ricardo feita para a celebração da Solenidade de Corpus Christi, data em que adoramos, amamos e honramos o Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo presente na Eucaristia. Acesse aqui a descrição completa.


Descrição

A Homilia Diária de número 1497 do Padre Paulo Ricardo foi feita para a celebração da Solenidade de Corpus Christi, data em que adoramos, amamos e honramos o Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo presente na Eucaristia.

Acusam-nos, católicos, falsamente de muitas coisas: de adorar imagens, pela devoção que lhes temos; de invocar os mortos, por rezarmos aos santos; de idolatrar a Virgem Maria, por reconhecermos sua excelsa dignidade, e assim por diante. Mas uma só acusação é verdadeira e, por isso, não uma ofensa, mas uma lisonja; não um ataque à nossa fé, mas uma protestação da sua verdade: amamos e adoramos, sim, a Hóstia sagrada, porque nela cremos ter presente a Cristo inteiro, em sua divindade adorável e em sua humanidade santíssima.

Esta homilia do Padre Paulo Ricardo foi publicada originalmente em 10 de junho de 2020, mas serve perfeitamente para o Corpus Christi deste ano e os vindouros. Assista para que proclamemos juntos a fé que o próprio Cristo nos ensinou: “A minha carne é verdadeira comida, e o meu sangue, verdadeira bebida”.

O dia de Corpus Christi

O dia de Corpus Christi é a data para honrar e adorar o Santíssimo Corpo e Sangue de Jesus Cristo realmente presente na Eucaristia, sob as aparências do pão e do vinho. Sublime mistério, que excede a pobre inteligência humana, pois nossos olhos mortais não veem senão o pão e o vinho. Mas temos a certeza de que é o Corpo de Cristo, pois para Deus nada é impossível.

Corpus Christi é a manifestação pública da fé no dogma dessa presença real na Hóstia consagrada. Daí as belas procissões realizadas no mundo inteiro. No Brasil, de norte a sul, cidades enfeitam suas ruas com encantadores “tapetes” de flores para glorificar o Deus humanado.

A origem da festa de Corpus Christi remonta a uma religiosa agostiniana, Santa Juliana de Cornillon (1193–1258) [imagem abaixo], a quem Deus revelou a conveniência para a Igreja de uma celebração dedicada a glorificar o Corpo de Cristo. Esta grande devota da Eucaristia foi superiora da abadia de Mont-Cornillon de Liège (Bélgica), fundada em 1124. Neste lugar, surgiu um movimento eucarístico que incentivou várias práticas de adoração à Hóstia Consagrada, como a Exposição e a Bênção do Santíssimo Sacramento.

Em 1246, Santa Juliana pediu ao bispo de Liège, Dom Roberto de Thorote, a instituição da festa de ação de graças pela presença real, em Corpo e Alma, de Nosso Senhor na Eucaristia. O Bispo concordou com a celebração na diocese, mas não chegou a ver cumprida a solenidade, pois falecera no mesmo ano.

Somente em 1250 o Cardeal Cher, também de Liège, decidiu instituir em toda a diocese a nova festividade. Assim, a primeira celebração, com o nome de “Fête-Dieu”, foi realizada no interior da igreja de Saint-Martin, num cerimonial dirigido pelo próprio Cardeal.

A primeira procissão de Corpus Christi realizada publicamente, ocorreu em 1264 — há exatos 750 anos. Ela percorreu as ruas da cidade de Orvieto (Itália). Certamente, nos tempos atuais, a mais bela manifestação pública em honra do Santíssimo Sacramento.

Com a bula Transiturus de hoc mundo, de 11 de agosto de 1264, o Papa Urbano IV [imagem ao lado] estendeu a todo o Orbe católico a Festa de Corpus Christi, a ser celebrada publicamente de modo solene pelas ruas e praças. A data da comemoração foi fixada para a quinta-feira após o dia da Santíssima Trindade. O dia foi escolhido em memória da celebração da primeira Missa celebrada por Nosso Senhor, na última ceia com os Apóstolos, que foi na Quinta-Feira Santa, quando instituiu o incomparável Sacramento da Eucaristia.

Assim, com o fato de Nosso Senhor habitar para sempre entre nós — afim de ouvir as múltiplas súplicas dos homens e atendê-las quando necessárias para a salvação eterna deles — cumpriu-se esta promessa divina: “Eu estarei convosco até a consumação dos séculos” (Mt 28,20).

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