Olavo de Carvalho – Sua liberdade está em jogo

Olavo de Carvalho, afirmando que a nossa liberdade está em jogo, analisa como um aspecto do Cristianismo abriu uma porta para influências revolucionárias, seja pela nossa fraquezas ou por más intenções puramente maléficas mesmo. Acesse aqui a descrição completa.


Classificação: 0 / 5. Votos: 0

Descrição

Neste vídeo, provavelmente um trecho retirado de alguma de suas aulas do Curso Online de Filosofia, Olavo de Carvalho (1947-2022), afirmando que nossa liberdade está em jogo, analisa como um aspecto do Cristianismo abriu uma porta para influências revolucionárias, seja pela nossa fraquezas ou por más intenções puramente maléficas mesmo.

Num discurso provocativo, Olavo transita por aspectos teológicos e históricos, abordando desde a promessa da segunda vinda de Cristo até os desdobramentos culturais e ideológicos que moldaram o Ocidente moderno. Este artigo apresenta os principais pontos dessa análise, trazendo uma reflexão sobre como as ideias revolucionárias emergiram, evoluíram e impactaram a sociedade atual.

O ponto fraco do Cristianismo: a segunda vinda de Cristo

Olavo inicia destacando um aspecto que considera central: a promessa de Cristo de que voltaria, mas sem definir quando. Essa lacuna temporal deixou os cristãos em uma posição de incerteza. Ao longo da história, especialmente em momentos de opressão social, econômica e moral, essa incerteza teria gerado o desejo por uma solução imediata e, por vezes, pelo apressamento da “segunda vinda”.

Ele ressalta que essa expectativa foi um terreno fértil para o surgimento de movimentos revolucionários, os quais, muitas vezes, se apropriaram de conceitos cristãos para justificar ações que contradiziam os ensinamentos originais. Uma canalhice.

A lógica das revoluções e sua origem cristã

Ao contrário do que muitos poderiam pensar, Olavo argumenta que as revoluções não surgiram contra o Cristianismo, mas de dentro dele, identificando os movimentos taboritas, no século XV, como os primeiros exemplos de revoluções baseadas em uma interpretação cristã. Esses movimentos buscavam “eliminar o mal no mundo” e instaurar o “império dos bons”, algo que, para Olavo, foi o ponto de partida para uma série de revoluções subsequentes.

A partir dessa base, explica que as revoluções, embora assumam diferentes conteúdos ideológicos, compartilham uma mesma lógica: a concentração de poder nas mãos de uma elite iluminada que propõe reconstruir a sociedade de cima para baixo. Esta é justamente a descrição de mentalidade revolucionária usada por este filósofo brasileiro.

O Cristianismo e a tentação do “mundo melhor”

Uma das ideias mais anticristãs, segundo Olavo, é a busca por um “mundo melhor”. Ele aponta que o evangelho não promete o melhoramento do mundo, mas o contrário: que as condições neste mundo nunca serão ideais (“o mundo todo jaz sob o Maligno”, I São João, 5,19). O Cristianismo , afirma ele, não deve ser uma base para utopias, pois a tentativa de criar um paraíso terrestre frequentemente resulta em desastres históricos.

Ele usa como exemplo a Revolução Francesa e o marxismo, que prometeram mundos melhores, mas acabaram por instaurar regimes autoritários. Essas ideias utópicas têm raízes na negação da imperfeição humana e na crença estapafúrdia de que uma elite pode reconfigurar a sociedade.

O Cristianismo em uma sociedade revolucionária

Olavo encerra com um chamado à reflexão: a necessidade de reconhecer os perigos de se adaptar o Cristianismo aos moldes das ideologias modernas. Para ele, entender o verdadeiro papel da fé cristã é essencial para preservar a liberdade individual e evitar a armadilha de projetos coletivistas que acabam por anular a autonomia humana.

Conteúdo relacionado

Mais informações

Disclaimer: exceto quando explicitado na publicação, não temos nenhuma ligação com o conteúdo divulgado ou seu(s) criador(es). É também interessante notar que, apesar do nome do site, nem todo conteúdo publicado aqui pode ser rotulado como "de direita" ou de algo que o valha. Pode ser simplesmente algo interessante e/ou edificante que mereça ser arquivado ou pra realizar um simples registro histórico. Saiba mais sobre o Direita.TV aqui.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *