Cinco questões acerca do aborto

Respostas a cinco questões acerca do aborto que são repetidas ad nauseam por apologistas do assassinato de bebês encontradas num folheto que teria misteriosamente aparecido em portas de colégios, universidades etc.


1. “Sou contra o aborto, mas se uma mulher quiser abortar, ela deve ter o direito”

Viver em sociedade significa que a vida do outro importa, direta ou indiretamente. Caso contrário, não haveria tantas reivindicações por direitos e solidarização para com o sofrimento e as necessidades alheias. Defender a vida diante da ameaça do aborto não é a imposição de um “achismo” sobre a liberdade do outro. Trata-se, antes de tudo, da proteção de um direito fundamental de primeira ordem (conforme a Declaração Universal dos Direitos do Homem) e anterior a todos os outros, já que se constitui em pré-requisito à existência e exercícios de todos os demais. O direito à vida é assegurado, de forma categórica, no art. 5º caput da CF/88, no art. 2º do Código Civil e no art. 4º do Pacto de São José da Costa Rica.

Se alguém te dissesse: “” Não apoia a escravidão? Não escravize, mas também nào impeça aqueles que se veem no direito de o fazer…” Você aceitaria?

2. “Deve-se legalizar o aborto para diminuir a mortalidade de mulheres nas clínicas clandestinas”

A função do estado não é auxiliar a mulher a tirar a vida de seu filho de forma “segura”, mas dar a ela condições de bem exercer sua maternidade — por meio de uma gestação e posterior criação — para, com isso, salvaguardar ambas as vidas. Ademais, caso a mulher saia viva da prática do aborto, segundo famoso estudo realizado pela Bowling Green State University [1], o risco de abuso no consumo de maconha aumenta 200%; o de álcool, 110%; o de cair em depressão, 37%; os problemas de ansiedade, 34%; suicídio, 42% [2].

  1. “Aborto y Salud Mental: Síntesis quantitaiva y análisis de investigaciones publicadas entre 1995-2009.”
  2. David M. Ferguson – Professor of Phychology at the University of Otago.

3. “O feto é um amontoado de células”

Não existe um marco de transição do “não ser” ao “ser” durante o desenvolvimento fetal. A Embriologia Humana [1] demonstra que o bebê dita seu próprio desenvolvimento desde a concepção, guiado pelo código genético, até o momento da sua morte, seja intra ou extrauterina. Estabelecer critérios de demarcação do início da vida que não sejam o da concepção significa permitir definições relativas, como, por exemplo, atividade cerebral e cardíaca, que poderiam ser aplicados inclusive a adultos vítimas de coma ou que fazem uso de marca-passo.

E se o estado definisse que você não merece viver ou que não é um ser humano? Não foi o que aconteceu com o nazismo?

  1. University of New South Wales – Timeline human development embriology.

4. “Não há como saber se é ou não uma vida”

A partir desse argumento, a única opção racional seria a de não abortar. Diante da possibilidade de ser ou não uma vida, apenas um perverso aceitaria uma ação que jogasse com o risco de estar assassinando alguém.Se voc6e estivesse com uma arma apontada pra cabeça do seu filho e você não soubesse se há ou não uma bala na arma, você ainda assim dispararia para jogar com a possibilidade de estar descarregada?

“A liberdade não é somente um direito que se reclama para si próprio: ela é também um dever que se assume em relação aos outros.”

5. “Meu corpo, minhas regras.”

Quando o bebê deixaria de ser parte do corpo da mulher? Até o instante antes de nascer” Se o bebê fosse parte do corpo da mulher, o aborto seria uma mutilação. Tanto isso não é verdade, que todos os órgãos da mulher permanecem após o procedimento. Se não é uma mutilação, o bebê é outra vida, com outro corpo, outro DNA e, assim, a mulher que o abriga não pode ser senhora absoluta das regras. E mesmo que o aborto fosse uma mutilação, não se mutila pessoas só por gosto, mesmo que o paciente o queira.

E aquela história de que a “liberdade de um deve ser limitada para preservar a do outro”, aqui não se aplica?


Esta publicação traz respostas a cinco questões acerca do aborto que são repetidas ad nauseam pelos apologistas do assassinato de bebês inocentes encontradas num folheto sem registro de autoria que, segundo a fonte, teria misteriosamente aparecido numa cidade brasileira em portas de colégios, universidades etc.

O texto original encontra-se reproduzido aqui ipsis litteris, sem adaptações ou observações nossas.

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  • Categorias: Artigos
  • Marcador(es): Aborto
  • Publicado por: Equipe Direita Realista

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