Prager University – Deus e o sofrimento (Vídeo)

Neste vídeo da Prager University, o professor de filosofia Peter Kreeft responde, em cinco minutos, questões relacionadas a Deus e o sofrimento, chegando a conclusão de que se existe justiça, Deus existe. Acesse aqui a descrição completa.


Descrição

O sofrimento humano não é prova de que um Deus justo e todo-poderoso não deve existir? Pelo contrário, diz o professor de filosofia do Boston College, Peter Kreeft, neste vídeo da Prager University.

Em cinco minutos, Kreft responde questões como se pode o “sofrimento” existir sem um padrão objetivo pelo qual julgá-lo? Sem um padrão, não há justiça. Se não há justiça, não há injustiça. E se não há injustiça, não há sofrimento. Por outro lado, se existe justiça, Deus existe.

Este vídeo foi traduzido e legendado em português brasileiro pelos Tradutores de Direita.

Abaixo, segue uma transcrição do vídeo:

“Todas pessoas de bem ficam sentidas pelos sofrimentos de inocentes. Quando um inocente é atacado por uma doença, ou torturado, ou assassinado, nós, naturalmente nos sentimos tristes, desamparados e às vezes, raiva.

Muitas pessoas têm alegado que tal sofrimento é a prova de que Deus não existe. Seus argumentos são do tipo: Deus é todo bondoso e todo poderoso; tal Deus não permitiria sofrimento desnecessário; ainda assim, constantemente observamos sofrimento injusto.

Portanto, pelo menos uma dessas premissas sobre Deus deve ser falsa. Ou Deus não é bondoso, ou Ele não é poderoso. Ou ele simplesmente não existe.

O que há de errado com esse argumento?

Primeiro, vamos examinar o que significa quando dizemos que Deus não permitira sofrimento injusto. Existem duas categorias de sofrimento: Sofrimento causado por seres humanos, o que chamamos de males morais e sofrimento por causas naturais, por exemplo, terremotos ou câncer

Livre arbítrio explica como Deus pode ser bondoso e permitir mal moral. Porque Deus deu às pessoas livre arbítrio, elas são livres para se comportar contra a vontade de Deus. O fato de que elas fazem o mal não prova que Deus não é bondoso.

Além disso, se não existisse Deus, não haveria absolutamente nenhum padrão para o bem. Cada julgamento implica um padrão. E isso é verdade para nossos julgamentos morais também. Qual é a nossa medida para julgar se o mal é mal?

O máximo que poderíamos dizer sobre o mal — se não existisse Deus — seria que nós, em nossas preferências subjetivas, não gostamos quando pessoas fazem certas coisas para outras pessoas. Nós não teríamos nenhuma base para dizer que um ato é ‘ruim’, somente porque não gostamos dele.

Então o problema do mal humano somente existe se Deus existe.

Para sofrimentos naturais, que aparenta ser uma questão mais difícil. Nós observamos uma criança inocente sofrer, digamos, de uma doença incurável. Nós reclamamos. Compreensível. Nós não gostamos disso. Compreensível. Sentimos que isso é errado, injusto, e não deveria acontecer.

Compreensível, mas ilógico, a menos que você acredite em Deus!

Se você não acredita em Deus, seus sentimentos subjetivos são a única base pela qual você pode contestar ao sofrimento natural. OK, você não gosta disso. Mas como é o seu não gostar de algo evidência de que Deus não existe? Pense nisso. É justamente o oposto.

Nossos julgamentos de bem e mal, natural e humano, pressupõe Deus como padrão. Se não existe Deus, não existe nem bem, nem mal. Existe apenas a natureza fazendo o que faz.

Se natureza é tudo que existe, não há nenhuma necessidade de explicar porque uma pessoa sofre e outra não. Sofrimento injusto é um problema somente porque nós temos um senso de o que é justo e injusto. Mas de onde vem esse senso? Certamente, não da natureza. Não há nada disso na natureza. Natureza é apenas sobre sobrevivência.

Em outras palavras, qual o sentido de sofrimento ser ‘desnecessário ou errado?’ Como isso é determinado? Contra qual padrão? Seu padrão pessoal não significa nada. Meu padrão pessoa não significa nada.

Nós podemos falar significativamente sobre sofrimento ser ‘desnecessário’ ou errado apenas se nós temos uma crença fundamental que os padrões de certo e errado objetivamente existem.

E se esse padrão realmente existe, isso significa que há um Deus.

Além disso, o crente em Deus tem um tempo incomparavelmente mais fácil do que o ateu psicologicamente e também logicamente em lidar com os problemas de sofrimento natural.

Se você aceita que um Deus bondoso existe, é também possível acreditar que esse Deus, de alguma forma estabelece as coisas direito, se não nesse mundo, então no próximo.

Para o ateu, por outro lado, nenhum sofrimento é sempre certo. Não justiça definitiva. O mal ganha e o bom sofre. Terremotos e câncer matam. Fim de papo. Literalmente.

Se tudo que há é natural, como uma pessoa com sentimentos se mantém sã em um mundo onde tsunamis varrem cidades inteiras, homens maus torturam e matam vítimas inocentes, e doenças atacam pessoas indiscriminadamente? A resposta é: isso não é possível.

É assim que você quer viver?

Eu sou Peter Kreef, Professor de Filosofia da Boston College, para Prager University.”

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