Gênero: STF tirou de pauta, mas não arquivou

Ontem (4/11), o STF retirou a ideologia de gênero e pauta, mas não a arquivou. Pe. José Eduardo explica o quão grave é o momento e as falácias insidiosas de tal ideologia.


Ontem (4/11) à noite, o presidente do Supremo retirou a ADI 5668 de pauta, mas não a arquivou. Isto significa que precisamos continuar trabalhando, pois o tema voltará a qualquer momento.

A “desconstrução da heteronormatividade” (PNDH3) coincide com a educação para a “mente plenamente sexuada” (Sh. Firestone), o que significa simplesmente diluir a “complementaridade do homem e da mulher” (K. Davis) no indefinido, desconfigurando o desejo sexual para que ele se torne completamente desorientado.

Educar crianças para manipular a sua personalidade ainda em formação com o objetivo de desprogramar a sua sexualidade é algo inaceitável.

Ora, mas, sem isso, como é que a tal “performatividade de gênero” poderia dar certo? Butler entende que não existe uma “identidade como causa”, mas apenas “palavras, atos, gestos e desejo” que “produzem o efeito… na superfície do corpo, por meio do jogo de ausências significantes” (Problemas de gênero, p. 194). Na linguagem obscura de Butler, isto significa apenas que não há uma essência (há uma ausência significante) por trás das performances, que são elas mesmas vazias e caóticas, propositalmente calculadas para serem subversivas.

Diante de uma engenharia comportamental tão psicologicamente violenta, é óbvio que a alegação de “combate ao preconceito” é tão somente uma desculpa, um instrumento retórico que recobre finalidades sociologicamente muito mais profundas: em 1967, K. Davis já explicitara que a “desconstrução da complementaridade do homem e da mulher” tinha como finalidade a “redução demográfica”, em função da qual também se criou todo o lobby internacional do aborto.

Mas as nossas crianças precisam disso? As nossas famílias o querem?

Parece-me mais do que claro que o grande objetivo por detrás dessa maquinação diabólica é realmente reduzir a sociedade ao mínimo de mão-de-obra indispensável para tocar adiante o mercado, que será, este sim, o grande beneficiário de uma civilização construída tão somente sobre fundamentos econômicos.

É uma pena se os nossos ministros do STF submeterem uma matéria tão delicada à votação sem antes ouvirem cuidadosamente todas as pessoas que sabem realmente não apenas o sentido deste jogo alucinante de palavras chamado “teorias de gênero”, mas também que conhecem bem a intencionalidade absurda que existe por detrás disso tudo.

Esta não é uma mera questão jurídica, de interpretação das leis do Estado. Esconde-se por trás disso uma nova antropologia, uma nova cosmovisão, as quais, se fossem conhecidas pelos nossos ministros, causariam-lhes um enorme assombro, tal como na Noruega causou escândalo, a ponto que tiveram de fechar como agência criminosa o órgão responsável por disseminar a “ideologia de gênero” naquela sociedade.


Esta notícia foi trazida e comentada pelo Padre José Eduardo. Foi enviada em seu canal do Telegram e continua o assunto do seu artigo “Ideologia de gênero e a seriedade do momento“.

A notícia serve também como aprendizado sobre tal teoria, e ele explica o quão grave é o momento e as falácias insidiosas de tal ideologia, como pode ser visto acima.

Abaixo, segue um hangout promovido pelo Centro Dom Bosco que trata sobre ideologia de gênero que contou com a participação deste sacerdote:

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