Descrição
Nesta live realizada originalmente a 27 de abril de 2023, Guilherme Freire discorre sobre o problema da censura, destacando suas implicações e os desafios associados à liberdade de expressão.
Freire explora como a censura pode ser utilizada como uma ferramenta de controle, limitando o acesso a informações e opiniões que divergem das narrativas dominantes. A discussão enfatiza a importância de defender a verdadeira liberdade de expressão como um direito fundamental, essencial para a manutenção de uma sociedade democrática e pluralista.
Além disso, o vídeo examina os diferentes contextos em que a censura pode ocorrer, desde o controle governamental até as políticas de moderação em plataformas de mídia social. Guilherme argumenta que, embora defenda que existam situações em que a regulamentação do discurso pode ser necessária, como no caso de discursos de ódio ou incitação à violência, é crucial encontrar um equilíbrio que proteja a liberdade individual sem comprometer a segurança e a ordem pública.
A censura como ferramenta de controle
A live parte de uma constatação prática: Guilherme e outros produtores de conteúdo vêm enfrentando restrições em plataformas digitais como o Telegram, que chegou a ser suspenso judicialmente no Brasil por arbitrariedades. A consequência direta é a necessidade de migrar para alternativas como grupos de WhatsApp e newsletters. Isso leva a crer que continuar falando a verdade, independentemente da plataforma ou do meio.
Segundo Guilherme, a censura não deve impedir a disseminação da verdade, mesmo que seja necessário recorrer a “sinais de fumaça”.
“Se tiver que fazer sinal de fumaça, a gente faz. Se tiver que levar panfleto na casa das pessoas, a gente leva. O que não pode é parar de falar a verdade.”
O PL das Fake News e o problema da verdade
Freire critica duramente o chamado “PL das Fake News”, ressaltando a contradição de uma sociedade que relativiza a verdade, mas insiste em legislar sobre o que é falso.
“Como alguém pode falar de fake news se nem acredita que a verdade existe? Como pode existir notícia falsa se a verdade é subjetiva?”
O ponto central é a pergunta de Pilatos — “O que é a verdade?” — que reaparece aqui como símbolo da confusão contemporânea, e a verdadeira questão não é sobre o que é ou não falso, mas quem decide o que pode ou não ser dito.
Quem tem o poder decide o que é falso
Segundo Freire, o grande problema da censura moderna é o controle discursivo exercido por quem detém o poder, seja estatal ou corporativo. O objetivo seria mais do que simplesmente “proteger a população”, mas também moldar a percepção do real.
“Quem tem poder diz o que é falso e o que é verdadeiro. E fingir que é outra coisa é patético.”
Isso cria uma realidade artificial onde a dissidência não é permitida — ou é neutralizada por bloqueios, desmonetização e outras formas de sanção indireta.
O discurso contra o cristianismo
Um ponto recorrente é que, segundo Freire, toda essa onda censora tem como alvo final a fé cristã — mais precisamente, o cristianismo tradicional, e não a sua versão fajuta liberal-progressista.
“O cristianismo progressista ninguém persegue. Agora o cristão que acredita mesmo nos dogmas cristãos… esse sim, é o verdadeiro alvo.”
A crítica à censura não é apenas política, mas espiritual: a perseguição às ideias conservadoras estaria profundamente enraizada no desprezo pela transcendência e pela fé.
Esperança e resistência: o herói solitário
Mesmo diante do cenário sombrio, Guilherme reitera a importância da perseverança e da clareza de valores, defendendo o arquétipo do “herói solitário”, que não depende da aprovação do sistema, mas age conforme sua consciência, mesmo em exílio.
“A realidade é sempre maior do que o discurso vazio. A falsidade nunca prospera. E enquanto o ser humano puder falar a verdade, tudo está em jogo.”
É nessa linha que ele resgata figuras como São Lourenço e outras que enfrentaram o poder temporal com fé e firmeza, recusando-se a trair suas convicções.
O papel da verdade e da ação no mundo confuso
No fim, a censura é vista como mais um capítulo da luta milenar entre a verdade e a mentira, e a vitória da verdade depende da coragem de continuar falando, estudando, se desenvolvendo e vivendo de forma coerente com valores absolutos.
“Não aceite. Não se venda. Não se desespere. Continue fazendo o que precisa ser feito.”
Uma das formas de combater este combate, segundo o argumentado na live, é engajar no aprendizado de filosofia, nas práticas espirituais e no cultivo de uma vida real e fértil, longe das ilusões do discurso progressista e das distrações da cultura do entretenimento de baixíssimo nível (o que talvez signifique perfis de fofocas, celebridades vulgares, coaches trambiqueiros etc.).
Guilherme Freire é um professor, conferencista e palestrante em filosofia brasileiro. Dentre outras ocupações, já atuou como Secretário Adjunto da Secretaria Nacional da Juventude do Governo Federal e fez parte da Secretaria do Planejamento do Governo do Estado do Paraná como coordenador de empreendedorismo.
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Mais informações
- Duração: 1:07:35
- Categorias: Comentários
- Canal: Guilherme Freire
- Marcador(es): Censura, Estatismo, Guilherme Freire
- Publicado por: Direita Realista
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