A Lista de Schindler: o passado esquecido

Vídeo sobre A Lista de Schindler — incluindo, mas não limitando-se ao filme de mesmo nome —, os trabalhadores "não essenciais", o passado esquecido e a economia totalmente subordinada ao planejamento central da época. Acesse aqui a descrição completa.


Descrição

Este vídeo publicado originalmente em 16 de abril de 2021 pelo canal Visão Libertária, parte da rede ANCAP.SU, fala sobre A Lista de Schindler — incluindo, mas não limitando-se ao filme de mesmo nome  , os trabalhadores “não essenciais” e o passado esquecido.

Trata-se da leitura de um artigo que argumenta que segundo o economista da escola austríaca, Ludwig von Mises, que era filho de judeus e escapou de Viena temendo a ascensão antissemita, a economia da Alemanha era totalmente subordinada ao planejamento central, que ordenava às empresas “o que e quanto produzir, onde comprar matérias-primas e o quanto pagar por elas, e a quem vender os produtos e por qual preço”.

Naqueles tempos, os trabalhadores eram designados para determinadas fábricas e recebiam salários decretados pelo governo. Todo o sistema econômico era regulado, nos mínimos detalhes, pelo governo. Por ter uma boa estrutura de contatos e propinas, Oskar Schindler prosperou e ganhou muito dinheiro. Entretanto, conforme se aproximava mais dos judeus, passava a sentir compaixão e piedade e se sentia mal com os maus tratos praticados pelos nazistas. Parece absurdo, mas, à época, esse tipo de sentimento era incomum, visto que a doutrinação antissemita era muito presente.

Em 1939, Schindler adquiriu uma fábrica de artigos de esmalte em Cracóvia, na Polônia, que empregava, no seu auge em 1944, cerca de 1.750 trabalhadores, dos quais 1.000 eram judeus. Suas conexões com a Abwehr o ajudaram a proteger seus trabalhadores judeus da deportação e da morte nos campos de concentração nazistas. Com o passar do tempo, teve que dar aos oficiais nazistas subornos cada vez maiores e presentes de itens de luxo, obtidos apenas no mercado negro, para manter seus trabalhadores seguros.

Em julho de 1944, a Alemanha perdia a guerra; as SS começaram a fechar os campos de concentração mais a leste e a deportar os prisioneiros restantes para o oeste. Muitos foram assassinados em Auschwitz e no campo de concentração de Gross-Rosen. Schindler convenceu o SS-Hauptsturmführer Amon Göth, comandante do campo de concentração próximo de Cracóvia-Płaszów, a permitir-lhe transferir a sua fábrica para Brněnec, no Protetorado da Boémia e Morávia, poupando assim os seus trabalhadores da morte quase certa nas câmaras de gás de Auschwitz. Usando nomes fornecidos pelo policial do gueto judeu Marcel Goldberg, o secretário de Göth, Mietek Pemper, compilou e digitou a lista de 1.200 judeus que viajaram para Brünnlitz em outubro de 1944. Schindler continuou a subornar oficiais da SS para evitar a execução de seus trabalhadores até o final da Segunda Guerra Mundial, na Europa, em maio de 1945, altura em que já tinha gasto toda a sua fortuna em subornos e compras no mercado negro de fornecimentos para os seus trabalhadores.

Schindler mudou-se para a Alemanha Ocidental após a guerra, onde foi apoiado por pagamentos de assistência de organizações humanitárias judaicas. Depois de receber um reembolso parcial das despesas de guerra, mudou-se com sua esposa Emilie para a Argentina, onde começaram a trabalhar na agricultura. Quando faliu em 1958, Schindler deixou a esposa e voltou para a Alemanha, onde fracassou em vários empreendimentos comerciais e contou com o apoio financeiro de Schindlerjuden (“Judeus Schindler”) – as pessoas cujas vidas ele salvou durante a guerra.

Schindler morreu em 9 de outubro de 1974 em Hildesheim, Alemanha, e foi enterrado em Jerusalém, no Monte Sião, possivelmente o único ex-membro do Partido Nazista a ser homenageado desta forma. Ele e sua esposa Emilie foram nomeados Justos entre as Nações pelo governo israelense em 1993.

Sinopse do filme

A Lista de Schindler (1993) é a história real e emocionante do empresário alemão Oskar Schindler, um sujeito oportunista, sedutor, simpático, comerciante no mercado negro, mas, acima de tudo, um homem que se relacionava muito bem com nazismo, tanto que era membro do Partido Nazista.

Entretanto, num gesto humanitário de extrema ousadia, Schindler salvou a vida de milhares de judeus, ao mesmo tempo em que contava com o apoio dos nazistas. Aparentando desinteresse pela política e fingindo explorar o baixo custo da mão-de-obra judia, o que Schindler fazia era empregar inocentes que de outra forma morreriam nos campos do Holocausto.

O que poderia parecer uma atitude de um homem não muito bondoso, transformou-se em um dos maiores casos de amor à vida da história, pois este alemão abdicou de toda sua fortuna para salvar a vida de mais de mil judeus em plena luta contra o extermínio.

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