Política e literatura, com Olavo de Carvalho

Entrevista cedida pelo professor e filósofo brasileiro Olavo de Carvalho a Margarita Noyes sobre a profunda influência da literatura na formação das sociedades e das ideias políticas e no futuro político de uma nação. Acesse aqui a descrição completa.


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Descrição

Entrevista sobre política e literatura cedida pelo professor e filósofo brasileiro Olavo de Carvalho (1947-2022) a Margarita Noyes, professora de inglês, empresária e uma dos responsáveis pelo curso de Inglês para Estudantes de Filosofia e criadora de conteúdo para uma nova geração de alunos do professor Olavo de Carvalho.

Este vídeo foi publicado a 31 de maio de 2019 no canal da professora Noyes e está em inglês, mas conta com legendas em português.

Em resumo, a entrevista oferece uma visão profunda sobre a influência da literatura na formação das sociedades e das ideias políticas. Olavo começa discutindo a ideia de que a literatura de uma nação reflete seu futuro político, uma observação feita pelo escritor Hugo von Hofmannsthal. Para Olavo, no Brasil, a falta de uma tradição literária conservadora torna difícil a criação de um movimento político baseado nesses valores. Ele menciona que, desde os anos 60 e 70, a literatura brasileira não reflete mais a realidade do país, distanciando-se das questões fundamentais que marcam a sociedade, como a crescente violência.

O filósofo também destaca a influência negativa da linguagem política atual, que se tornou clichê e desvinculada da realidade, especialmente nas universidades e entre grupos ideológicos. Isso leva à construção de uma linguagem que reforça a identidade de grupo em detrimento da verdade e da objetividade. No caso dos Estados Unidos, Olavo observa um fenômeno semelhante em Hollywood e na televisão, onde séries começam de maneira promissora, mas rapidamente se transformam em veículos de propaganda de justiça social, perdendo o interesse do público.

Ao falar sobre a juventude e a literatura infantil, Olavo critica a transformação das narrativas, que passaram de modelos morais claros para histórias que retratam heróis problemáticos e desrespeitosos, o que argumenta ser parte da degradação moral imposta pela revolução sexual e pelo relativismo, que tenta alinhar todos os valores ao prazer sexual.

Olavo também comenta que sua abordagem como escritor não é a de defender uma ideologia conservadora, mas sim de mostrar a verdade como ele a vê, libertando seus leitores das armadilhas da linguagem politicamente correta. Ele não se considera um líder político, mas alguém que tenta restabelecer o vínculo das pessoas com a realidade.

Ao longo da entrevista, Olavo enfatiza a importância de se desvencilhar das ideologias impostas e da artificialidade da linguagem moderna, buscando uma vida baseada na verdade e na moralidade, em vez de focada no prazer imediato ou em identidades construídas. É também reforçada a necessidade de liberdade de expressão, ao mesmo tempo em que aponta que nem tudo o que é legal é moralmente correto.

Para Olavo de Carvalho, a verdadeira educação – tanto nas universidades quanto em casa – deve se concentrar mais no exemplo de vida e no desenvolvimento moral do que no acúmulo de conhecimento técnico ou formal. Ele acredita que a sociedade brasileira precisa de uma renovação profunda nesse sentido, uma mudança que só será possível ao longo de muitas gerações.

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